DATA DA PUBLICAÇÃO 26/06/2014 | Cultura
Estreia: ''Paixão inocente'' é exemplar típico do cinema independente
Guy Pearce interpreta músico casado que sente atração por estudante.
Diretor Drake Doremus usa elenco competente em narrativa previsível.
Não é nenhuma surpresa que o drama “Paixão inocente” tenha sido exibido no Festival Sundance – o longa, de Drake Doremus, tem todas as credenciais estéticas e temáticas mais óbvias do cinema independente americano. Logo na primeira cena, o diretor, que assina o roteiro com Ben York Jones, deixa claro que seu filme foi feito para Sundance.
Nesse sentido, o longa é sintomático da conjuntura atual do cinema independente americano: o impasse num mesmo registro, sempre mais do mesmo.
Enquanto as gerações anteriores – Wes Anderson, Spike Jonze e colegas – começam a se reinventar, Doremus e seus contemporâneos insistem na surrada fotografia esmaecida, câmera tremida, narrativa metida a séria e o batido tema do desmantelamento da família americana. Afinal, “Beleza americana”, que segue mais ou menos na mesma pegada, foi feito há mais de dez anos.
Aqui, Guy Pearce (“Amnésia”) é um professor de música de uma escola secundária, num subúrbio não muito longe de Nova York. Sua grande frustração foi ter abandonado a carreira como músico – por isso, ainda mantém um trabalho na Orquestra Sinfônica de NY, o que ele chama de trabalho de meio período, e sua mulher, Megan (Amy Ryan), de hobby.
A chegada de uma estudante de intercâmbio, Sophie (Felicity Jones), que se hospeda na casa da família, será o ponto de ruptura e exposição de que a felicidade doméstica não é tão real quanto parece. Doremus mostra as pequenas rachaduras que, aos poucos, se instalam como fraturas.
Embora tenha um elenco competente, “Paixão inocente” é um filme construído em cima de suas obviedades, dos personagens que agem de forma esquemática e da narrativa que trilha caminhos previsíveis.
* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb
Diretor Drake Doremus usa elenco competente em narrativa previsível.
Não é nenhuma surpresa que o drama “Paixão inocente” tenha sido exibido no Festival Sundance – o longa, de Drake Doremus, tem todas as credenciais estéticas e temáticas mais óbvias do cinema independente americano. Logo na primeira cena, o diretor, que assina o roteiro com Ben York Jones, deixa claro que seu filme foi feito para Sundance.
Nesse sentido, o longa é sintomático da conjuntura atual do cinema independente americano: o impasse num mesmo registro, sempre mais do mesmo.
Enquanto as gerações anteriores – Wes Anderson, Spike Jonze e colegas – começam a se reinventar, Doremus e seus contemporâneos insistem na surrada fotografia esmaecida, câmera tremida, narrativa metida a séria e o batido tema do desmantelamento da família americana. Afinal, “Beleza americana”, que segue mais ou menos na mesma pegada, foi feito há mais de dez anos.
Aqui, Guy Pearce (“Amnésia”) é um professor de música de uma escola secundária, num subúrbio não muito longe de Nova York. Sua grande frustração foi ter abandonado a carreira como músico – por isso, ainda mantém um trabalho na Orquestra Sinfônica de NY, o que ele chama de trabalho de meio período, e sua mulher, Megan (Amy Ryan), de hobby.
A chegada de uma estudante de intercâmbio, Sophie (Felicity Jones), que se hospeda na casa da família, será o ponto de ruptura e exposição de que a felicidade doméstica não é tão real quanto parece. Doremus mostra as pequenas rachaduras que, aos poucos, se instalam como fraturas.
Embora tenha um elenco competente, “Paixão inocente” é um filme construído em cima de suas obviedades, dos personagens que agem de forma esquemática e da narrativa que trilha caminhos previsíveis.
* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Cultura
25/09/2018 | Encontro com o passado
21/09/2018 | ''Sou muito feminino, isso é uma grande qualidade'', diz Chay Suede a Pedro Bial
20/09/2018 | Avril Lavigne lança Head Above Water, música sobre a doença a qual sofre
As mais lidas de Cultura
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda