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Abusando do humor na autobiografia
DATA DA PUBLICAÇÃO 14/04/2014 | Cultura
Estreia: ''Capitão América 2'' atualiza a identidade do super-herói
Personagem enfrenta vilão surpreendente e ligado ao seu próprio passado.

Herói questiona métodos da agência de espionagem para a qual trabalha.


Nada menos que admirável o trabalho que a Marvel tem realizado a partir de seu universo de heróis e vilões, do qual a sequência "Capitão América 2 - O soldado invernal" faz parte. Dos quadrinhos para as telas de cinema, televisão e computadores, os estúdios criaram um mosaico bem estruturado em que todas as suas produções estão conectadas.

A primeira grande fase do projeto da Marvel, que teve início com "Homem de Ferro" (em 2008) e terminou com "Os vingadores" (2012), segue em frente com os sucessos "Homem de Ferro 3", "Thor - O mundo sombrio" e, agora, "Capitão América 2 - O soldado invernal".

Segunda fase essa que inclui também a série de TV, "Agents of S.H.I.E.L.D" (canal Sony Brasil) e a série de curtas-metragens que pode ser vista na Internet, "Marvel one shot".

Embora siga cronologicamente as sequências de "Homem de Ferro" e "Thor", "Capitão América 2..." não pode ser considerado uma mera continuação. Foi realizado pelos irmãos diretores Anthony e Joe Russo (da série de TV "Community") seguindo o ideal da Marvel de que cada um dos personagens deve ter uma história isolada, mas que dialogue com as demais.

Isso quer dizer que é possível assistir a este filme sem acompanhar o restante do universo Marvel? Possivelmente. Porém, é inegável que a falta de contexto interfere no entendimento do que se vê na tela.

Além disso, perde-se a oportunidade de reconhecer o bom trabalho dos roteiristas de interligar as complexas tramas.

Exemplo maior disso é a relação entre a agência de espionagem S.H.I.E.L.D, liderada por Nick Fury (Samuel L. Jackson) e o Capitão América (Chris Evans).

Steve Rogers tem a ver com moral e valores de uma época (ele foi criado na década de 1940 para exortar o patriotismo americano em meio à Segunda Guerra Mundial). Uma das questões que domina o filme, portanto, é como ele, hoje, trabalha para uma agência cujas atividades podem ser vistas como subversivas e antiéticas, como mostrado em "Os vingadores".

Bebendo em referências como "Os três dias do condor" (de Sydney Pollack, 1975), o roteiro constrói toda a primeira parte da produção para o espectador entender e apoiar o código moral do protagonista. Quando conquista a audiência, o Capitão América passa a ser colocado em situações de risco.

A primeira e mais evidente é a aparição de células da temível organização Hidra na linha de frente da S.H.I.E.L.D - os fãs dos quadrinhos vão perceber a rápida aparição do famoso vilão Barão Wolfgang von Strucker (Thomas Kretschmann).

A segunda, que dá nome ao filme, é a arma secreta dos vilões e um dos personagens mais interessantes dos HQs, o tal Soldado Invernal (Sebastian Stan), que se saberá depois (caso não se conheça os quadrinhos) que faz parte do passado do Capitão América.

Por fim, há o conflito entre o herói e a própria agência de espionagem. Ele acredita em democracia, transparência e direitos, conceitos muito distantes das práticas de terror, repressão e pânico nas quais a S.H.I.E.L.D se arvora. Trabalho friamente enaltecido pelo seu grande comandante, Alexander Pierce (Robert Redford, que só aceitou o convite para o papel a pedido dos netos, fãs da Marvel).

Para ajudá-lo a enfrentar literalmente todos, o Capitão América contará com a perícia da Viúva Negra (Scarlett Johansson), que surpreende ao roubar as cenas, do veterano de guerra Sam Wilson (Anthony Mackie), que se tornará o Falcão, e da agente Hill (Cobie Smulders), vista em "Os vingadores" e "Agents of S.H.I.E.L.D.".

Mais do que um filme sobre como viver no mundo moderno, os irmãos Russo criam um suspense político que, apesar da fantasia (estamos falando de um mundo que se prepara para crises com alienígenas), não deixa de fazer críticas nada sutis ao estilo americano de enfrentar as crises com o resto do planeta.

A dureza dos conflitos, porém, é atenuada pelo humor encontrado, não só aqui, mas em todas as produções Marvel. A comédia é um ponto forte desse universo, que funciona como elemento agregador, assim como facilita a assimilação das tramas.

É preciso lembrar que o espectador deve ficar até o final dos créditos para assistir as duas cenas extras que o convidam para os aguardados "Guardiões da galáxia" (estréia marcada para agosto de 2014) e "Vingadores 2 - A era de Ultron" (maio de 2015). Sem esquecer que "Capitão América 3" já tem data de estreia definida, em maio de 2016.

Com espetaculares efeitos especiais, "Capitão América 2 - O soldado invernal" chega aos cinemas de todo o Brasil nas versões 35mm, 2D, 3D, 4D, Imax e Atmos, em cópias dubladas e legendadas.

* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

Por Rodrigo Zavala - Cineweb, via Reuters*
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