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DATA DA PUBLICAÇÃO 02/03/2013 | Setecidades
Estrada-parque pode ser solução para o Montanhão
Estrada-parque pode ser solução para o Montanhão Estrada-parque permitiria que Montanhão ficasse aberta sem isolar as famílias do Bairro Baraldi, ao mesmo tempo em que garantiria preservação ambiental. Foto: arquivo ABCD MAIOR
Estrada-parque permitiria que Montanhão ficasse aberta sem isolar as famílias do Bairro Baraldi, ao mesmo tempo em que garantiria preservação ambiental. Foto: arquivo ABCD MAIOR
Semasa quer reforma da via, vigilância e câmeras na área que liga Sto. André e S. Bernardo

Após a briga judicial que permitiu o abre e fecha da estrada do Montanhão nos últimos anos, o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) busca uma solução mais diplomática para a preservação do Parque do Pedroso, unidade de conservação do município. A ideia é transformar o local, que liga os municípios de Santo André e São Bernardo, em uma estrada-parque, o que permitirá que a via permaneça aberta sem isolar as famílias do Bairro Baraldi, em São Bernardo, e garantirá a preservação ambiental da área.

De acordo com o superintendente do Semasa, Sebastião Ney Vaz, a proposta de transformar a estrada do Montanhão em estrada-parque consiste na reforma da via, na vigilância 24 horas do local e em tornar a área um espaço de ecoturismo. “Vamos colocar guardas de motos para monitorar a área e instalar câmeras de segurança, além de agendar visitas da população”, destacou.

A proposta é integrar turismo, desenvolvimento socioambiental e preservação. “Todos saem ganhando. As famílias de São Bernardo não ficarão isoladas e Santo André conseguirá preservar a área onde há nascentes”, disse.

Fechamento - A expectativa é que o projeto integre a população e o meio ambiente para que tenha fim a ação civil pública que corre na Justiça desde 1992 para fechar a estrada. Na ocasião, o Ministério Público pediu que acessos clandestinos ao Parque do Pedroso fossem fechados para garantir a preservação.

A estrada do Montanhão tem início no Jardim Silvina, em São Bernardo, cruza o Parque do Pedroso, em Santo André, e termina no Bairro Baraldi, onde é usada por 220 famílias para acessar o Centro de São Bernardo.

Procurada, a Prefeitura de São Bernardo destacou que não conhece o projeto do Semasa.

Promotor sugere que projeto passe por debates

Apesar de ainda não estar sabendo da proposta do Semasa, o promotor público de Meio Ambiente de Santo André, José Luiz Saikali, classificou a ideia como diferente e sugeriu que o projeto passe por debate e estudos. “Na ação foi acertada outra coisa (o fechamento da estrada), mas, se o Semasa quiser mudar, é preciso incluir o projeto no processo, até porque a situação jurídica ainda está pendente”, afirmou.

Desta forma, antes que o projeto possa sair do papel, o Semasa teria de conseguir autorização da Justiça. “Para fazer a estrada-parque é preciso que o juiz dê o crivo para isso. Se isso não acontecer, implica em descumprimento da ação”, explicou Saikali.

O promotor público de São Bernardo, Jairo Edward de Luca, também revelou desconhecer o projeto, mas lembrou que, após o julgamento do habeas corpus de São Bernardo para reabertura da via, a Prefeitura se comprometeu a colaborar com a fiscalização do Parque do Pedroso, com a instalação de ecoponto no início da estrada e com a instalação de câmeras de monitoramento e de portais nas divisas do parque com o município.

“Recentemente visitei o local e constatei que nada foi instalado, até o momento, apesar de o trecho de Santo André estar aparentemente preservado”, observou Luca.

Santo André pode ter a 3ª estrada-parque do Estado

A estrada-parque no Montanhão ainda é apenas um projeto, mas se o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) conseguir tirar do papel a ideia, Santo André terá a terceira estrada-parque do Estado de São Paulo. As outras duas ficam em Itu, Interior do Estado, e a outra em Guarujá, no Litoral, na Serra do Guararu.

De acordo com a Ong (Organização Não Governamental) SOS Mata Atlântica, que contribuiu com a abertura das duas estradas-parques, as vias funcionam como museu de percurso ao permitir a sensibilização dos visitantes com a conservação de áreas de grande importância natural e cultural. Em ambas as estradas, a Ong conta com o apoio das prefeituras.

Na estrada-parque de Itu, a primeira reconhecida oficialmente no País, busca-se a proteção de um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica da bacia do Médio Tietê, na APA (Área de Proteção Ambiental) Rio Tietê e Cabreúva-Jundiaí, onde também se localiza a chamada rodovia dos Romeiros, símbolo de peregrinação regional. Já na estrada-parque da Serra do Guararu, entre o Perequê e o canal de Bertioga, o cenário se compõe de praias, manguezais, patrimônio arqueológico e o trecho de Mata Atlântica mais preservada da região.

Por Claudia Mayara - ABCD Maior
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