DATA DA PUBLICAÇÃO 07/03/2013 | Economia
Estoques de carros zero dão salto em fevereiro
Foto: Divulgação - Diário Online
Os estoques de carros parados nos pátios das montadoras e, principalmente, nas concessionárias deram um salto em fevereiro, ao passar de 29 dias em janeiro para 39 dias. Esse é tempo calculado como necessário para a comercialização do atual volume estocado (310.312 veículos).
Esse aumento ocorreu por causa do baixo ritmo das vendas em fevereiro, quando houve retração de 24,5% nos licenciamentos em relação a janeiro. Ao mesmo tempo, no mês passado, com o menor número de dias úteis e o feriado do Carnaval - que normalmente faz cair o volume vendido -, também diminuiu a quantidade de carros produzidos (queda de 17,9%).
Os dados foram divulgados ontem pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Apesar dos números fracos do setor no mês passado, o presidente da associação, Cledorvino Belini, ressaltou que, observada a média diária de vendas (o volume comercializado dividido pelo número de dias úteis), os estoques estão sob controle, ficando, nos dois primeiros meses do ano, em apenas 18 dias. "Em abril e maio (de 2012) eram 43 dias e a média diária vinha caindo", afirma.
Outros dados também ajudam a manter o otimismo no setor. O primeiro bimestre também teve recorde de licenciamentos de carros zero (546,6 mil), com alta de 5,6% em relação ao mesmo período de 2012. A produção de carros, por sua vez, também registrou forte crescimento (18,4%) em relação aos dois meses iniciais do ano passado.
O levantamento da Anfavea mostra ainda que, mesmo se contabilizados apenas os dados de fevereiro, a situação não está ruim. Pela média diária, as vendas estão um pouco abaixo (7,7%) das de janeiro, mas estão no mesmo nível das do segundo mês de 2012.
MARÇO - As perspectivas para este mês são favoráveis. Para Belini, a tendência é de aquecimento na procura, sobretudo a partir da segunda quinzena do mês, já que as montadoras e as redes de concessionárias devem lançar campanhas promocionais para aproveitar o fato de que o desconto no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos carros será menor em abril.
Gradualmente, o imposto vai voltar no segundo semestre deste ano ao patamar normal - sem o incentivo do governo, a alíquota para os carros populares é de 7%. No primeiro trimestre, o IPI está em 2%, e vai subir, do mês que vem até junho, para 3,5%.
O presidente da Anfavea acrescenta que há bons indicadores para o crescimento do mercado, mesmo que venha a ocorrer uma subida da Selic (a taxa básica de juros), por parte do Banco Central, nos próximos meses: a inadimplência está caindo e há disponibilidade de crédito.
EMPREGOS - As montadoras ampliaram as contratações em fevereiro. Foram criadas cerca de 700 vagas no mês passado. Atualmente o setor emprega 131.726 pessoas, o que é 5,6% mais do que há 12 meses. Para Belini, o programa Inovar Auto, do governo federal, que se destina a aumentar a competitividade da cadeia produtiva do setor, vai obrigar as fabricantes a nacionalizarem mais peças (ou seja, produzirem localmente), o que pode estimular o emprego nos fornecedores.
Esse aumento ocorreu por causa do baixo ritmo das vendas em fevereiro, quando houve retração de 24,5% nos licenciamentos em relação a janeiro. Ao mesmo tempo, no mês passado, com o menor número de dias úteis e o feriado do Carnaval - que normalmente faz cair o volume vendido -, também diminuiu a quantidade de carros produzidos (queda de 17,9%).
Os dados foram divulgados ontem pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Apesar dos números fracos do setor no mês passado, o presidente da associação, Cledorvino Belini, ressaltou que, observada a média diária de vendas (o volume comercializado dividido pelo número de dias úteis), os estoques estão sob controle, ficando, nos dois primeiros meses do ano, em apenas 18 dias. "Em abril e maio (de 2012) eram 43 dias e a média diária vinha caindo", afirma.
Outros dados também ajudam a manter o otimismo no setor. O primeiro bimestre também teve recorde de licenciamentos de carros zero (546,6 mil), com alta de 5,6% em relação ao mesmo período de 2012. A produção de carros, por sua vez, também registrou forte crescimento (18,4%) em relação aos dois meses iniciais do ano passado.
O levantamento da Anfavea mostra ainda que, mesmo se contabilizados apenas os dados de fevereiro, a situação não está ruim. Pela média diária, as vendas estão um pouco abaixo (7,7%) das de janeiro, mas estão no mesmo nível das do segundo mês de 2012.
MARÇO - As perspectivas para este mês são favoráveis. Para Belini, a tendência é de aquecimento na procura, sobretudo a partir da segunda quinzena do mês, já que as montadoras e as redes de concessionárias devem lançar campanhas promocionais para aproveitar o fato de que o desconto no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos carros será menor em abril.
Gradualmente, o imposto vai voltar no segundo semestre deste ano ao patamar normal - sem o incentivo do governo, a alíquota para os carros populares é de 7%. No primeiro trimestre, o IPI está em 2%, e vai subir, do mês que vem até junho, para 3,5%.
O presidente da Anfavea acrescenta que há bons indicadores para o crescimento do mercado, mesmo que venha a ocorrer uma subida da Selic (a taxa básica de juros), por parte do Banco Central, nos próximos meses: a inadimplência está caindo e há disponibilidade de crédito.
EMPREGOS - As montadoras ampliaram as contratações em fevereiro. Foram criadas cerca de 700 vagas no mês passado. Atualmente o setor emprega 131.726 pessoas, o que é 5,6% mais do que há 12 meses. Para Belini, o programa Inovar Auto, do governo federal, que se destina a aumentar a competitividade da cadeia produtiva do setor, vai obrigar as fabricantes a nacionalizarem mais peças (ou seja, produzirem localmente), o que pode estimular o emprego nos fornecedores.
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