DATA DA PUBLICAÇÃO 03/10/2011 | Economia
Estado quer menos matemática e português
Os alunos do Ensino Médio da rede estadual de ensino poderão ter grade curricular diferente a partir de 2012. A Secretaria de Educação do Estado analisa a redução das aulas de português e matemática e maior carga horária de matérias como sociologia, filosofia e física. A alteração está em fase de debate, mas profissionais da educação afirmam que as mudanças poderão afetar ainda mais a qualidade do ensino público.
O assunto estará na pauta dos representantes das escolas estaduais nesta sexta-feira (30/09), quando será discutido o desempenho das instituições no Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo). Alexandre José Ferraz, direteor da subsede da Apeoesp em Santo André, é contrário à redução da carga em matérias fundamentais para a formação dos estudantes. “Jogar uma matéria contra a outra é discussão que não melhora a qualidade de ensino”, disse.
A reorganização do currículo contará com a inclusão do ensino de espanhol e a possibilidade de o aluno do 3º ano optar por uma grade diferenciada. “Para a melhoria no ensino, defendemos medidas como a redução de alunos por turma e criação de um 4º ano no Ensino Médio”, salientou Ferraz.
Prejuízo - Professores das áreas que seriam afetadas criticam a alteração. A coordenadora do curso de Letras da Fundação Santo André, Márcia Tomsic, discorda do argumento do Estado para justificar a proposta. O objetivo da mudança seria tornar o currículo mais atrativo.
Para a professora, a formação básica dos estudantes seria afetada. “Português e matemática deveriam ser vistas como instrumentos para todas as outras matérias. Hoje vemos alunos formados no Ensino Médio que têm dificuldades para ler e entender os textos.”
Coordenador do curso de Licenciatura em Matemática da Fundação Santo André, Vanderlei Mariano frisa a necessidade de reformulação no ensino público. Para o docente, é importante o aumento de aulas para matérias como Física.
Mariano ressalta ainda a dificuldade que os estudantes enfrentam para assimilar conteúdos da área de exatas. “No último Saresp, 57% dos alunos não atingiram o mínimo necessário de matemática. Se assim já está ruim, imagine se diminuírem as aulas”, argumentou o docente.
Vestibular - Para o especialista em educação e presidente nacional do Instituto Henfil, Mateus Prado, antes de levantar a discussão sobre a carga, é preciso discutir o conteúdo em sala de aula.
“Não adianta mudar a grade, é preciso definir conteúdos mínimos para que o aluno possa estar preparado para aprender o que precisa. Não adianta ensinar uma equação superdifícil para o aluno, se ele sai da escola sem saber regra de três. As escolas públicas têm um currículo enorme, apesar de não ser cumprido. Se você reduzir, seria mais fácil ensinar o que é realmente necessário e fazer com que fique mais justa a concorrência no vestibular de alunos de escola pública e privada.”
A reformulação na grade voltará a ser discutida em outubro, quando acontece uma nova rodada de reunião entre representantes regionais de ensino e o secretário estadual de Educação, Herman Voorwald.
O assunto estará na pauta dos representantes das escolas estaduais nesta sexta-feira (30/09), quando será discutido o desempenho das instituições no Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo). Alexandre José Ferraz, direteor da subsede da Apeoesp em Santo André, é contrário à redução da carga em matérias fundamentais para a formação dos estudantes. “Jogar uma matéria contra a outra é discussão que não melhora a qualidade de ensino”, disse.
A reorganização do currículo contará com a inclusão do ensino de espanhol e a possibilidade de o aluno do 3º ano optar por uma grade diferenciada. “Para a melhoria no ensino, defendemos medidas como a redução de alunos por turma e criação de um 4º ano no Ensino Médio”, salientou Ferraz.
Prejuízo - Professores das áreas que seriam afetadas criticam a alteração. A coordenadora do curso de Letras da Fundação Santo André, Márcia Tomsic, discorda do argumento do Estado para justificar a proposta. O objetivo da mudança seria tornar o currículo mais atrativo.
Para a professora, a formação básica dos estudantes seria afetada. “Português e matemática deveriam ser vistas como instrumentos para todas as outras matérias. Hoje vemos alunos formados no Ensino Médio que têm dificuldades para ler e entender os textos.”
Coordenador do curso de Licenciatura em Matemática da Fundação Santo André, Vanderlei Mariano frisa a necessidade de reformulação no ensino público. Para o docente, é importante o aumento de aulas para matérias como Física.
Mariano ressalta ainda a dificuldade que os estudantes enfrentam para assimilar conteúdos da área de exatas. “No último Saresp, 57% dos alunos não atingiram o mínimo necessário de matemática. Se assim já está ruim, imagine se diminuírem as aulas”, argumentou o docente.
Vestibular - Para o especialista em educação e presidente nacional do Instituto Henfil, Mateus Prado, antes de levantar a discussão sobre a carga, é preciso discutir o conteúdo em sala de aula.
“Não adianta mudar a grade, é preciso definir conteúdos mínimos para que o aluno possa estar preparado para aprender o que precisa. Não adianta ensinar uma equação superdifícil para o aluno, se ele sai da escola sem saber regra de três. As escolas públicas têm um currículo enorme, apesar de não ser cumprido. Se você reduzir, seria mais fácil ensinar o que é realmente necessário e fazer com que fique mais justa a concorrência no vestibular de alunos de escola pública e privada.”
A reformulação na grade voltará a ser discutida em outubro, quando acontece uma nova rodada de reunião entre representantes regionais de ensino e o secretário estadual de Educação, Herman Voorwald.
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