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DATA DA PUBLICAÇÃO 31/01/2017 | Setecidades
Estado persiste com ações preventivas contra dengue
 Estado persiste com ações preventivas contra dengue Foto: Denis Maciel/DGABC
Foto: Denis Maciel/DGABC
A ameaça de aumento no número de casos de dengue ainda preocupa o Estado, conforme ficou claro em reunião com representantes dos 645 municípios realizada na manhã de ontem, na Capital. Porém, o modus operandi para combater a proliferação do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, continua o mesmo. O secretário estadual de Saúde, David Uip, chamou a atenção para a mobilização com os agentes de Saúde, modelo já utilizado, e o desenvolvimento de vacina.

“Primeiro, temos cerca de 50 mil agentes no Estado trabalhando aos sábados. E eles são treinados para orientar a população sobre os cuidados necessários. Também queremos ampliar as parcerias entre as instituições públicas e privadas para fazer o trabalho de prevenção”, disse o secretário.

Em relação à vacina, que está em desenvolvimento no Instituto Butantã, ainda não há prazo para que esteja à disposição da população. O medicamento promete ter eficácia maior do que a que hoje é distribuída na rede particular e tem índice de imunização em cerca de 70%. “Está sendo aplicada (a vacina do Butantã) em 4.500 voluntários e praticamente se encerra agora. Já esta em fase final. É uma vacina muito promissora, com um índice superior a 80% de imunização. Se isso se confirmar, vamos poder disponibilizar para todo o Brasil e o mundo”, explicou o secretário estadual.

Para David Uip, o País teve oportunidade de acabar com o mosquito no passado, mas que hoje essa não é a prioridade. “Não tivemos competência para isso. Hoje, não temos ambição de acabar com o Aedes. Queremos fazer a prevenção da melhor forma e a mais intensa possível, que é a vacina.”

Na região, há no momento 140 casos suspeitos de dengue, conforme dados do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. Os números estão bem abaixo se comparados com as primeiras três semanas de 2016, com 921 análises.

Os casos de chikungunya somam quatro em investigação, enquanto em 2016 eram 50. O zica tem um caso suspeito, contra quatro no ano passado.

Segundo o professor responsável pela disciplina de Infectologia da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) Hélio Vasconcellos Lopes, a redução não é motivo para baixar a guarda, principalmente por causa das chuvas. “Apesar de no ano passado as temperaturas estarem mais elevadas, com esse tempo você vai no quintal e tem água parada e ambiente possível para os ovos do Aedes. A relação de clima com a proliferação é influenciada bastante por períodos chuvosos.”

Em São Bernardo, cidade com maior número de casos em investigação (69), a administração lançou recentemente o programa São Bernardo Contra a Dengue, que visa mobilizar a comunidade no combate ao mosquito transmissor.

Em Santo André, são realizadas ações de Educação e Saúde em parceria com o Estado, com visitas dos agentes a imóveis aos sábados. O mesmo modelo de combate ao mosquito é desenvolvido em Mauá e em Ribeirão Pires.

“Nós temos 150 agentes fazendo esse trabalho aos sábados, que recebem R$ 120 mediante relatório com endereços visitados. É um trabalho rotineiro no controle de epidemias. Acredito que a população esteja mais consciente sobre sua parte no combate à dengue”, afirmou a secretária de Saúde de São Caetano, Regina Maura Zetone.

Apesar de elogiar as ações, o infectologista afirmou que a fiscalização dos agentes de Saúde é item básico nas campanhas, mas que é preciso muito mais. “É importantíssimo, mas é obrigatório. Por exemplo, a falta de urbanização, esgoto a céu aberto, tudo que as prefeituras deveriam fazer nas cidades e por falta de dinheiro ou de vontade não fazem, gera um ambiente propício ao mosquito.”

Febre amarela já matou seis pessoas em São Paulo

A Secretaria estadual de Saúde informou ontem que foram registradas seis mortes por febre amarela silvestre no Estado. Dois casos são autóctones (contraídos na cidade), que ocorreram em Batatais e Américo Brasiliense, e os outros quatro, importados de Minas Gerais, sendo notificados em Paulínia, Santana do Parnaíba e Capital (dois).

No Grande ABC não há casos da doença confirmados ou em análise, segundo as prefeituras. No Estado, são 17 sob análise.

O secretário estadual de Saúde, David Uip, afirmou que a maior preocupação em relação à doença são os municípios em área de mata, sobretudo na região Noroeste do Estado. “Mas devem se vacinar apenas pessoas com perfil extremo, como grávidas e idosos. Não é uma vacina para todos tomarem a qualquer momento”, afirmou ele.

Segundo a Pasta, entre meados do ano passado e janeiro de 2017 foram enviadas ao Estado, pelo Ministério da Saúde, 2 milhões de doses da vacina.

Uma das principais preocupações da Secretaria de Saúde é que o aedes Aegipty atue como um vetor da febre amarela, que também é transmitida pelo mosquito.

“O aedes pode transmitir esse vírus. Por isso vamos continuar firmes no combate, em busca de focos. Em relação à febre amarela, a situação é mais complicada em áreas de mata.”

Por Yara Ferraz - Diário do Grande ABC
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