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DATA DA PUBLICAÇÃO 07/05/2012 | Política
Estado não quer fazer parque às margens da represa Billings
Estado não quer fazer parque às margens da represa Billings  Área abrigada teria parque, mas fica alagada em época de cheia da Billings. Foto: Luciano Vicioni
Área abrigada teria parque, mas fica alagada em época de cheia da Billings. Foto: Luciano Vicioni
Dersa, empresa do governo do Estado, quer realizar apenas projeto paisagístico e sem autorização da Prefeitura de São Bernardo

A negociação entre Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A. - empresa do governo estadual) e Prefeitura de São Bernardo sobre a construção do parque Billings regrediu à estaca zero. Na área em que foram aterrados mais de 500 metros do braço da represa, no Jardim Canaã, para a passagem do trecho Sul do Rodoanel, a Dersa quer a implantação do parque, mas a Prefeitura não aceita a intervenção e exige outras obras de compensação ambiental. Sem acordo, a estatal quer substituir o parque por projeto paisagístico, algo que independe da autorização municipal para sair do papel.

Desde o início, moradores do bairro e ambientalistas são contrários ao parque. A justificativa está no fato de a área alagar em épocas de cheia da represa Billings, o que inviabilizaria a estrutura do parque no local em alguns períodos do ano. A Prefeitura só se manifestou contra após analisar o projeto da Dersa, em setembro do ano passado. Desde então, o impasse se arrasta entre as partes.

São Bernardo pede que os R$ 40 milhões previstos para o parque sejam investidos em outras obras de compensação, como limpeza e instalação de tanques para plantas medicinais, viveiros e hortas. A Dersa não aceita. A construção do parque está prevista em convênio assinado entre a estatal e a Prefeitura em abril de 2010.

Sem poder implantar o parque Billings, que depende de aprovação da Prefeitura, a estatal optou pelo projeto paisagístico elaborado pelo arquiteto Ruy Ohtake. Atualmente o documento encontra-se em análise na Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental).

Procurada, a Prefeitura de São Bernardo disse que não comentaria o assunto por ainda estar negociando com a Dersa.

Processos - Já em relação ao parque Riacho Grande, a situação também é grave, pois de acordo com a Dersa há processos judiciais em 28% dos imóveis envolvidos. A área de preservação, na estrada Pedra Branca, região do Montanhão, tem 222 hectares e foi doada pela estatal como compensação ambiental do trecho Sul do Rodoanel. O investimento previsto para a área é de R$ 23 milhões.

Outro problema está no plano de manejo do local. A princípio, a estimativa da estatal paulista era finalizar o documento em outubro de 2010, depois o prazo foi esticado para dezembro do ano passado, porém até agora o plano não foi finalizado. Apesar disso, a Dersa informou que a legislação prevê até cinco anos, após a criação da Unidade Conservacional, para a realização do plano.
A Prefeitura garante que só receberá o parque após a estatal finalizar o plano de manejo. A Dersa explicou que, após a transferência, caberá à Prefeitura a gestão da área, bem como decretar sua criação.

Estatal descumpre compensação

Milhares de árvores foram derrubadas, a represa Billings foi aterrada e bairros ficaram isolados no ABCD para que o trecho Sul do Rodoanel cortasse a Região. Já faz dois anos que o anel viário foi inaugurado, mas o impasse entre a Dersa e as prefeituras do ABCD para as obras de compensação ambiental e urbanas persistem. Atrasos, adiamentos e falta de informações, por parte do Estado, fazem com que nada seja entregue ou cumprido no prazo estabelecido.

São Bernardo e Mauá foram os municípios da Região mais impactados pelo trecho Sul e ainda hoje carregam cicatrizes das obras. Entre os principais problemas estão a alteração constante de cronograma e o adiamento das intervenções sem esclarecimentos, o que faz com que a compensação ambiental demore a sair do papel. Os problemas são tantos que o MP (Ministério Público) de São Paulo investiga as obras.

Até o momento, nenhum dos parques previstos na lista de compensação foi entregue. Projetos de melhorias de ruas e bairros foram esquecidos. E a recomposição florestal, que deveria ser algo simples, se complicou. Das 633 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, previstas para São Bernardo em convênio assinado entre Dersa e Prefeitura, apenas 44 mil tinham sido plantadas na cidade até 2011, mas sofrem com problemas de manutenção. Das intervenções, apenas o viveiro foi entregue, com oito meses de atraso.

Por Claudia Mayara - ABCD Maior
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