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DATA DA PUBLICAÇÃO 06/03/2015 | Educação
Estado deixa 28 mil professores desempregados
Estado deixa 28 mil professores desempregados Como resultado do fechamento, além de salas superlotadas, está a demissão de professores da rede estadual de ensino. Foto: Andris Bovo
Como resultado do fechamento, além de salas superlotadas, está a demissão de professores da rede estadual de ensino. Foto: Andris Bovo
Cortes se deram após fechamento de três mil salas em todo o Estado

As três mil salas de aula fechadas pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) na rede estadual de educação, além de resultar em turmas superlotadas e aumento na fila de espera por vaga, geraram desemprego de aproximadamente 28 mil professores temporários. No ABCD, foram cortadas 300 salas, que poderiam atender 12 mil alunos. Os dados são da Apeoesp (Sindicato de Professores da Rede Estadual de São Paulo).

É o caso da professora de História, Tatiane Nunes, que há quatro anos presta serviço ao governo do Estado e pela primeira vez não conseguiu atribuição de aula. No ano passado, Tatiane, que mora e trabalhava em Mauá, dava 20 aulas por semana; em 2015, não conseguiu nenhuma.

“Eu sou vítima do sistema falido da educação pública estadual. Não darei aulas pois muitas salas fora fechadas. Enquanto isso, a qualidade do ensino caiu, porque as salas estão superlotas e muitas turmas com aula vaga. Os professores que estão na rede não dão mais conta de educar com tanto problema”, avaliou a Tatiane.

Na avaliação da Apeoesp, o fechamento das salas de aulas e a “duzentena” (que obriga professores temporários a ficar 200 dias sem trabalhar na rede de ensino após ter contrato vencido com o governo Estadual) são os grandes responsáveis pelo alto índice de desemprego na categoria.

“As subsedes estão enviando oficios para as Diretorias de Ensino para que informem quantos professores estão na ‘duzentena’. Enquanto isso, estamos na luta para a reabertura de turmas, por aumento no salários dos educadores e também por melhores condições de trabalho”, afirma o diretor regional da Apeoesp, Andre Sapanos.

Região - Nas sete cidades do ABCD foram fechadas cerca de 300 salas de aula, o que representa 10% do total de turmas canceladas no estado de São Paulo. O governador Geraldo Alckmin, por meio de nota encaminhada pela Secretaria de Educação, justificou que atende a demanda e cumpre com a legislação quanto aos número de alunos na sala de aula. Entretanto, após o fechamento de salas de aulas, é comum encontrar turmas com cerca de 60 alunos.

Greve - Os professores do ABCD já declararam apoio à greve a partir do dia 13 de março, quando será realizada uma assembleia geral com a categoria para decretar a paralisação.

O ato será realizado na avenida Paulista. Entre as cobranças que são feitas pelos educadores ao governador está a garantia da distribuição de água nas escolas, reajuste salarial de 75%, a reabertura das salas de aula fechadas no início do período letivo e o fim da carência para contratação os professores eventuais.

Em nota, a secretaria de Educação do Estado afirmou que, entre suas prioridades, está o “aumento do quadro de professores concursados”. Por isso, completa, somente em 2014, contratou 38 mil profissionais aprovados em concurso público. No entanto, sobre os temporários, se limitou a dizer que mantém quadro de docentes para “suprir determinadas ausências”.

Por Karen Marchetti - ABCD Maior
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