DATA DA PUBLICAÇÃO 18/10/2008 | Setecidades
Estado de saúde de Eloá se agrava; Naiara passa bem
Piorou neste sábado o estado de saúde da estudante Eloá Cristina da Silva, 15 anos, baleada na cabeça nesta sexta-feira no desfecho de um seqüestro que durou quatro dias. De acordo com os médicos do Centro Hospitalar de Santo André, ela começou a ser retirada do coma induzido em razão de não ter apresentado a melhora esperada após a cirurgia. A intenção é saber como a garota reage sem os medicamentos.
"Após a cirurgia ela foi induzida ao coma, pois apresentava alguns reflexos neurológicos favoráveis. Hoje ela não apresenta", afirmou o neurocirurgião Marco Túlio Setti em entrevista coletiva concedida à imprensa por volta das 9h deste sábado.
A gravidade do caso, segundo o médico, é muito grande. Em uma escala de coma que varia de 3 (menores chances de sobrevivência) a 15 (maiores chances), ela está no mais baixo patamar.
O médico explicou que a bala atravessou toda a cabeça de Eloá e que não há resposta de atividade cerebral. "O projétil entrou pela região frontal do lado direito e fez uma trajetória descendente em direção ao cerebelo", explanou. De acordo com ele, embora as chances sejam grandes, ainda é cedo para falar em morte cerebral.
Um novo boletim médico será divulgado somente às 17h, caso não haja nenhuma intercorrência anterior a este horário.
Naiara - A estudante Naiara Vieira, 15 anos, também baleada no desfecho do seqüestro, está consciente e passa bem. Ainda ontem, ela quis saber notícias de Eloá. "Dissemos que estamos cuidando dela", informou a diretora do hospital, Rosa Maria Pinto de Aguiar.
Segundo o médico Gabriel Pastore, ela se alimenta sem o axílio de sonda e não terá seqüelas significativas. "Acredito que ela não precise de uma segunda cirurgia. Deve apenas ter que reabilitar o dente que perdeu", informou. A previsão é que a estudante, que está em unidade de terapia semi-intensiva, tenha alta hospitalar num prazo de sete a dez dias.
A polícia esteve com Naiara para saber detalhes da ação do seqüestrador, mas a menina ainda não tem condições de "responder a esse tipo de questionamento", de acordo com Rosa Aguiar.
Família - Os pais de Eloá permanecem no centro Hospitalar de Santo André. A mãe da garota, que chegou a ir para casa ontem, estava em atendimento por volta das 9h30 de hoje devido a um problema não divulgado. Já o pai da estudante permanece na unidade, já recuperado da crise de hipertensão pela qual fora acometido ontem.
A ação - O mais longo caso de cárcere privado registrado no Estado de São Paulo terminou de forma trágica nesta sexta-feira. Quatro dias após Lindemberg Fernandes Alves invadir o apartamento da família de Eloá e fazê-la refém junto com Naiara, policiais do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) invadiram o imóvel sem conseguir preservar a integridade física das garotas.
Por volta das 18h10, quando a imprensa aguardava uma entrevista coletiva de Eduardo José Félix, comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, um forte estrondo foi ouvido dentro do prédio. Em seguida, os policiais invadiram o cativeiro pela porta da frente e pela janela do quarto e, na seqüência, um novo clarão foi visto no interior do imóvel.
Câmeras de emissoras de televisão filmaram toda a ação. Naiara, com o rosto sujo de sangue, foi a primeira a deixar o local. Em seguida, um policial saiu do apartamento carregando Eloá no colo, enrolada em um lençol.
Algumas dúvidas ainda envolvem o desfecho do episódio. A polícia garante que só entrou no apartamento depois de ouvir barulhos de tiro lá dentro. Jornalistas que estavam na região, porém, afirmam apenas ter escutado disparos depois da invasão.
A verdadeira autoria dos tiros que atingiram as adolescentes deverá ser conhecida após exames periciais e depois do depoimento de Naiara.
O seqüestro - Lindemberg invadiu o apartamento da família de Eloá por volta das 13h30 da última segunda-feira, quando ela fazia trabalho escolar com outros três colegas. Dois deles (dois garotos) foram soltos no mesmo dia, e Naiara acabou libertada na terça-feira, com a contrapartida da polícia de que a energia elétrica no imóvel - que havia sido cortada - seria restabelecida.
Na quinta-feira, Naiara surpreendeu a todos ao retornar ao apartamento para ajudar nas negociações com Lindemberg. Depois disso ela não voltou mais a ser solta, apesar de a polícia afirmar que ela não estava mais na condição de refém.
Lindemberg teria invadido o imóvel por estar inconformado com o fim do relacionamento do Eloá, que durou quase três anos. Na quarta-feira, em entrevista por telefone à jornalista Sônia Abrão, ele advertiu que se a polícia entrasse na casa ele mataria a ex-namorada.
"Após a cirurgia ela foi induzida ao coma, pois apresentava alguns reflexos neurológicos favoráveis. Hoje ela não apresenta", afirmou o neurocirurgião Marco Túlio Setti em entrevista coletiva concedida à imprensa por volta das 9h deste sábado.
A gravidade do caso, segundo o médico, é muito grande. Em uma escala de coma que varia de 3 (menores chances de sobrevivência) a 15 (maiores chances), ela está no mais baixo patamar.
O médico explicou que a bala atravessou toda a cabeça de Eloá e que não há resposta de atividade cerebral. "O projétil entrou pela região frontal do lado direito e fez uma trajetória descendente em direção ao cerebelo", explanou. De acordo com ele, embora as chances sejam grandes, ainda é cedo para falar em morte cerebral.
Um novo boletim médico será divulgado somente às 17h, caso não haja nenhuma intercorrência anterior a este horário.
Naiara - A estudante Naiara Vieira, 15 anos, também baleada no desfecho do seqüestro, está consciente e passa bem. Ainda ontem, ela quis saber notícias de Eloá. "Dissemos que estamos cuidando dela", informou a diretora do hospital, Rosa Maria Pinto de Aguiar.
Segundo o médico Gabriel Pastore, ela se alimenta sem o axílio de sonda e não terá seqüelas significativas. "Acredito que ela não precise de uma segunda cirurgia. Deve apenas ter que reabilitar o dente que perdeu", informou. A previsão é que a estudante, que está em unidade de terapia semi-intensiva, tenha alta hospitalar num prazo de sete a dez dias.
A polícia esteve com Naiara para saber detalhes da ação do seqüestrador, mas a menina ainda não tem condições de "responder a esse tipo de questionamento", de acordo com Rosa Aguiar.
Família - Os pais de Eloá permanecem no centro Hospitalar de Santo André. A mãe da garota, que chegou a ir para casa ontem, estava em atendimento por volta das 9h30 de hoje devido a um problema não divulgado. Já o pai da estudante permanece na unidade, já recuperado da crise de hipertensão pela qual fora acometido ontem.
A ação - O mais longo caso de cárcere privado registrado no Estado de São Paulo terminou de forma trágica nesta sexta-feira. Quatro dias após Lindemberg Fernandes Alves invadir o apartamento da família de Eloá e fazê-la refém junto com Naiara, policiais do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) invadiram o imóvel sem conseguir preservar a integridade física das garotas.
Por volta das 18h10, quando a imprensa aguardava uma entrevista coletiva de Eduardo José Félix, comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, um forte estrondo foi ouvido dentro do prédio. Em seguida, os policiais invadiram o cativeiro pela porta da frente e pela janela do quarto e, na seqüência, um novo clarão foi visto no interior do imóvel.
Câmeras de emissoras de televisão filmaram toda a ação. Naiara, com o rosto sujo de sangue, foi a primeira a deixar o local. Em seguida, um policial saiu do apartamento carregando Eloá no colo, enrolada em um lençol.
Algumas dúvidas ainda envolvem o desfecho do episódio. A polícia garante que só entrou no apartamento depois de ouvir barulhos de tiro lá dentro. Jornalistas que estavam na região, porém, afirmam apenas ter escutado disparos depois da invasão.
A verdadeira autoria dos tiros que atingiram as adolescentes deverá ser conhecida após exames periciais e depois do depoimento de Naiara.
O seqüestro - Lindemberg invadiu o apartamento da família de Eloá por volta das 13h30 da última segunda-feira, quando ela fazia trabalho escolar com outros três colegas. Dois deles (dois garotos) foram soltos no mesmo dia, e Naiara acabou libertada na terça-feira, com a contrapartida da polícia de que a energia elétrica no imóvel - que havia sido cortada - seria restabelecida.
Na quinta-feira, Naiara surpreendeu a todos ao retornar ao apartamento para ajudar nas negociações com Lindemberg. Depois disso ela não voltou mais a ser solta, apesar de a polícia afirmar que ela não estava mais na condição de refém.
Lindemberg teria invadido o imóvel por estar inconformado com o fim do relacionamento do Eloá, que durou quase três anos. Na quarta-feira, em entrevista por telefone à jornalista Sônia Abrão, ele advertiu que se a polícia entrasse na casa ele mataria a ex-namorada.
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