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DATA DA PUBLICAÇÃO 18/03/2016 | Setecidades
Estado arquiva proposta para construção de rodovia na região
Estado arquiva proposta para construção de rodovia na região Foto: André Henriques/DGABC
Foto: André Henriques/DGABC
Apresentada em 2014 pela empreiteira Contern, por meio de MIP (Manifestação de Interesse da Iniciativa Privada), a proposta de estudos para construção de outra rodovia no Grande ABC, que daria acesso à Baixada Santista, foi arquivada pelo governo estadual em decorrência de entraves encontrados nos estudos de viabilidade. O projeto, que recebeu o nome provisório de ViaMar, tinha como objetivo desafogar o SAI (Sistema Anchieta-Imigrantes) com estrada de 36 quilômetros que ligaria Ribeirão Pires ao Porto de Santos. Hoje o sistema recebe, em média, 70 mil veículos por dia.

Conforme o Estado, a falta de consistência do estudo foi um dos critérios primordiais para que o Conselho Gestor do Programa de Parcerias Público-Privadas pedisse o arquivamento do projeto no ano passado. Uma das justificativas foi que o plano não apresentava “soluções técnicas e econômicas necessárias para a sua implantação”. O arquivamento da proposta foi publicada no Diário Oficial no dia 22 de agosto.

Com obras orçadas em cerca de R$ 14 bilhões, o projeto previa ligação entre o acesso do Rodoanel Leste – localizado na divisa entre Ribeirão Pires e Suzano – até a porção continental de Santos, próximo aos bairros Estuário e Saboó.

A proposta era que a Contern aplicasse cerca de R$ 4 bilhões na construção, enquanto o restante dos custos ficaria a cargo de Estado e União.

Para diminuir os impactos ambientais na Serra do Mar, o estudo projetava a construção do maior túnel rodoviário do País, com 22 quilômetros de extensão. Atualmente a galeria com a maior extensão tem 3.150 metros e fica na Imigrantes.

Além da rodovia com três faixas de rolamento em cada sentido, o projeto também incluía a construção de ferrovia, dutos para transporte de líquidos e duas plataformas de logística.

Na época, a proposta previa, inclusive, redução de preço final de mercadorias. A justificativa para tal afirmação era que, com a construção da rodovia, empresas poderiam fazer mais entregas em um mesmo espaço de tempo, diminuindo o custo operacional desses fornecedores.

Na avaliação do professor de Engenharia da FEI (Fundação Educacional Inaciana) Creso Peixoto, especialista em Transportes, o arquivamento do projeto precisa ser analisado com cautela, tendo em vista, “que o estudo proposto indica recapacitação do Sistema Anchieta-Imigrantes, já em processo de saturação.” Na visão do especialista, “uma proposta deste tipo, na qual se prevê a construção conjunta da ferrovia e dutovia, tende a abrir horizontes nacionais para projetos de maior relevância e de acordo com as condições econômicas”, portanto, precisa ser visto com bons olhos pelo governo.

Já para o arquiteto e urbanista Cândido Malta, também professor da USP (Universidade de São Paulo), o arquivamento da proposta pode ser vista como uma “estratégia para analisar essas questões e trabalhar com um cenário de meta, já pensando na demanda futura”, destaca.

Apesar do arquivamento da proposta, o Estado diz estar empenhando esforços na elaboração de projetos similares ao ViaMar. O governo garante realizar “estudos para a implantação de outras alternativas de acesso à Baixada Santista” e reforça que a desistência da proposta apresentada em 2014 se limita ao “estudo apresentado pela empresa Contern por meio da MIP.”

Embora não estipule data para apresentação desses possíveis projetos, o Estado afirma que, assim que estiverem prontos, todos “serão submetidos a audiência e consulta pública.”

Empresa estuda viabilidade do projeto

Embora o projeto ViaMar tenha sido engavetado pelo Conselho Gestor do Programa de Parcerias Público-Privadas, a empreiteira Contern – responsável por apresentar a proposta para o Estado através da MIP (Manifestação de Interesse da Iniciativa Privada) – ainda estuda maneiras de viabilizar a construção da rodovia que ligaria o Grande ABC ao Porto de Santos.

De acordo com a empresa, desde o arquivamento da proposta grupos de especialistas e técnicos estudam e debatem o projeto com o objetivo de tirá-lo do papel e o tornar uma obra efetiva. O fato poderia, inclusive, contribuir diretamente com a geração de empregos e a economia do País, “que neste momento precisa de alternativas para voltar a crescer de forma sustentável”.

Para isso, a empresa segue realizando debates, nos quais apresenta a proposta para órgãos federais e empresas sediadas em Santos com o intuito de esclarecer detalhes e somar contribuições. A partir disso, serão feitas adequações e itens de melhoria no plano conceitual.

A empresa afirma que o escopo do projeto será mantido, assim como sua localização, idealizada por equipe de ambientalistas para gerar o menor impacto ambiental e com pontos de intersecção mais apropriados, tanto no Rodoanel Leste quanto na região do Porto de Santos.

Em nota, a empresa diz que a obra, além de ser fundamental para melhorar a logística portuária, tem a previsão de gerar cerca de16 mil empregos. O prazo previsto de execução da primeira etapa de intervenções é de quatro a cinco anos.

Por Daniel Macário - Diário do Grande ABC
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