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DATA DA PUBLICAÇÃO 11/11/2014 | Setecidades
Estação de tratamento custará R$ 75 milhões
O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) já definiu as empresas que construirão mais uma ETA (Estação de Tratamento de Água) na cidade, com proposta que possibilitará economia de R$ 5 milhões no projeto. Consórcio formado pelos grupos Capellano e Construtami apresentou planejamento no valor de R$ 75 milhões para fazer com que o município possa elevar de 150 para 500 litros por segundo o volume do recurso produzido (passando dos atuais 6% para 25% de água gerada em solo andreense). Em outubro, foi assinado com o Ministério das Cidades contrato de financiamento de R$ 80 milhões para a obra.

A ideia é que a construção comece ainda neste ano. “Estamos na fase de recurso das demais participantes da licitação, período de cinco dias úteis, mas, passado isso, a gente faz todo o processo de homologação, assina o contrato com a empresa e, imediatamente, dá a ordem de serviço. Até o fim deste mês a gente consegue fazer a assinatura do contrato”, disse o superintendente do Semasa, Sebastião Ney Vaz Júnior. A partir do início dos trabalhos, o prazo de conclusão é de dois anos.

A ETA será instalada no bairro Recreio Borda do Campo. “Ela estará localizada onde vamos captar a água, ou seja, no braço da Represa Billings, local estrategicamente escolhido porque é muito fácil, a água já está ali”, falou Ney Vaz.

A Prefeitura terá contrapartida de R$ 9 milhões, valor a ser gasto com desapropriação de um clube. Atualmente, a cidade conta com a ETA Guarará.

SEMINÁRIO

Na tarde de ontem, Santo André sediou o 8º Seminário de Tecnologia em Saneamento Ambiental, promovido pela Regional São Paulo da Assemae (Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento), em parceria com o Semasa.

O tema central do evento, que ocorreu no Teatro Municipal, foi a Segurança Hídrica e a Gestão de Serviços de Saneamento Básico em São Paulo, uma vez que o Estado vive a pior crise hídrica de sua história, causada pelo longo período de estiagem.

“São Paulo consome mais água do que tem. Temos que fazer todo o esforço para que mude os hábitos de consumo da população, porque não é possível a gente conviver com um consumo crescente de água. É preciso repensar nossos costumes a atividades, se elas estão condizentes com aquilo que estamos vivendo hoje”, disse o presidente da Assemae, Silvio José Marques.

“Antes tinha desperdício e maior abundância de água, mas hoje não tem abundância e, se desperdiçar, está cometendo um crime.”

Mesmo diante dos alertas e do cenário, ainda há gente que insiste em lavar o carro com a mangueira, como o Diário flagrou ontem. Porém, em contrapartida, muitos adotaram o balde e reutilizam água para fazer as atividades cotidianas.

Água de reúso é uma das saídas para crise

Durante o 8º Seminário de Tecnologia em Saneamento Ambiental, realizado ontem em Santo André, a água de reúso foi abordada como uma alternativa para enfrentar a crise hídrica que o Estado de São Paulo vivencia.

A água de reúso é obtida através do tratamento avançado do esgoto gerado pelos imóveis conectados à rede coletora de esgoto. Pode ser utilizada em processos que não requerem água que seja potável, mas sanitariamente segura, gerando a redução de custos e garantindo o uso racional. “É uma grande saída. Muitas empresas utilizam o recurso para lavagem de pátio, feiras, que são coisas mais simples. Hoje há tecnologia de membranas filtrantes, cujo resultado final é 99,9% de pureza, a água sai melhor do que está no rio”, falou o presidente da Assemae (Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento), Silvio José Marques.

Na última semana, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), anunciou que vai utilizar água de reúso para produzir o recurso potável. Duas estações serão equipadas com reatores biológicos de membranas, que fazem uma ultrafiltração e têm capacidade para remover partículas sólidas com tamanho correspondente a um diâmetro 1.000 vezes mais fino que um fio de cabelo.

Depois das membranas, será empregado o processo de osmose por foto-oxidação, que vai eliminar bactérias e vírus. Como última etapa, a água é submetida à desinfecção final, com emprego de radiação ultravioleta associada ao peróxido de hidrogênio.

As estações vão abastecer diretamente as bacias dos sistemas Guarapiranga e Alto Cotia e têm previsão de entrega para dezembro de 2015.

Por Vanessa de Oliveira - Diário do Grande ABC
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