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DATA DA PUBLICAÇÃO 20/04/2009 | Cultura
''Está sendo um soco no estômago'', diz Bruno Gagliasso sobre Tarso
"Capricha aí na sua reportagem, porque é um assunto que pode ajudar muita gente". É o pedido que faz Bruno Gagliasso logo após a entrevista ao G1, no qual falou por mais de uma hora sobre seu atual personagem, Tarso, um jovem que sofre de esquizofrenia. Destaque da novela "Caminho das Índias", o ator tem protagonizado cenas impactantes que mostram a evolução da doença, quando não tratada de maneira correta.

"Imagina o que é você sofrer de um mal e não ter consciência? É o que acontece com o Tarso e com milhares de pessoas na vida real", diz Bruno. "Ele ouve vozes, vê coisas saindo do teto. Deve ser algo apavorante!".

Para mostrar os estágios da esquizofrenia, a autora Glória Perez tem escrito cenas fortes para Bruno. Em um surto, o personagem já agrediu uma criança, vagou sem rumo e aos prantos por uma estrada e finalmente foi internado ao atirar pedras em passantes. "As pessoas têm vindo conversar comigo, algumas até choram. Sei que está sendo um soco no estômago, mas a intenção é mesmo chamar a atenção para o problema, acabar com o preconceito e mostrar que o esquizofrênico não é um maluco sem cura".

O ator adianta que até o final de "Caminho das Índias" Tarso ainda deve passar por maus bocados. Mas um final feliz aguarda o personagem. "A ideia é provar que tratamento psicológico e medicação adequada garantem uma vida normal a quem tem o problema", esclarece. "Por enquanto, a família do Tarso não quer aceitar que ele sofre de uma doença mental. É essencial que os parentes e amigos apoiem, entendam."

Antes mesmo de aceitar o convite para interpretar o papel, Bruno já estava mergulhado no drama de Tarso. No início de 2008 ele estreou a peça "Um certo Van Gogh", de João Fonseca. Para viver o pintor holandês, fez pesquisas sobre transtornos mentais e conversou com pacientes de instituições psiquiátricas.

"Fiquei surpreso ao perceber que a esquizofrenia é mais comum do que se imagina. Quando contava para as pessoas, sempre tinha alguém que mencionava que a mãe ou um irmão sofria da doença", diz Bruno. "Descobri até que um amigo próximo era esquizofrênico, tomava remédios e nunca havia me contado nada."

Jovens problemáticos

Bruno coleciona papéis de jovens problemáticos desde a estreia em novelas, em "Chiquititas" (1999). Em "Celebridade" (2003), interpretou Inácio, um rapaz que sofria crises de catatonismo e era acusado pela mãe de ser o culpado pela morte do irmão. Já em "América" (2005), foi um garoto homossexual que tentava a todo custo esconder sua opção da família conservadora.

"Amo fazer papéis que tenham algo a dizer", opina. "Tenho a sorte de ser um ator de 27 anos e já ter vivido esses tipos de personagens. Tem gente que com 30 anos de carreira ainda não encarou um desafio assim".

Carioca de Laranjeiras, atualmente morando na Barra da Tijuca, Bruno é avesso à badalação do mundo das celebridades. Não gosta de falar sobre vida pessoal, mas seu namoro recente com a empresária Helena Bordon, filha da diretora da Daslu, Donata Meirelles, tem rendido notas em colunas de fofoca.

"Tenho consciência de que na profissão que escolhi vou ficar mais exposto em certas fases, não tem jeito. Mas nem por isso deixo de me incomodar", diz ele. "Às vezes ficam uns paparazzi de plantão na porta da minha casa, mas não vou brigar, ficar nervoso. Só não dou atenção, cada um no seu quadrado".

Assim que terminarem as gravações de "Caminho das Índias", ele planeja tirar férias e fazer cinema. "Há três anos emendo novelas; recebi alguns convites para fazer filmes, mas não tinha como nem ao menos avaliar. Quem sabe ano que vem?", empolga-se.

Por Dolores Orosco - G1, em São Paulo / Foto: Divulgação
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