DATA DA PUBLICAÇÃO 11/02/2011 | Geral
Espera para recarga de Bilhete Único chega a quase meia hora no Metrô de SP
Vai usar o Metrô de São Paulo nos horários de pico e está com pressa? É melhor já ter crédito no Bilhete Único. Ou se prepare para enfrentar filas de até 25 minutos, conforme a reportagem do R7 constatou em cinco estações. A procura pela recarga do bilhete a três dias do aumento da passagem, de R$ 2,65 para R$ 2,90, pode ter provocado falhas na quinta-feira (10).
O R7 visitou na quarta-feira (2) as estações Barra Funda, Sé, Tietê, Paraíso e Consolação entre 14h e16h30, e das 17h às 19h30 (horário de pico). Em nenhuma delas houve reforço no efetivo de atendentes do Bilhete Único durante a hora do rush.
A estação Paraíso foi a que registrou a mais longa espera. Fora horário de pico não havia filas no guichê. Porém, após as 17h, 31 pessoas formavam uma fila única (a velocidade média de atendimento era de 50 segundos). O tempo estimado para o atendimento chegava a 25 minutos. Apesar de ter três guichês, apenas duas atendentes trabalhavam.
A maior fila foi a da Barra Funda, onde se localiza o terminal rodoviário e há conexão com trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens). Por volta das 19h30, 56 pessoas esperavam o atendimento. O tempo médio de atendimento era de 15 segundos - a demora estimada, de 14 minutos. Um dos fatores que pode ter contribuído para a velocidade maior em relação à estação Paraíso pode ser a quantidade de atendentes. A Barra Funda tinha três, enquanto que a estação Paraíso contava com dois.
O tempo de espera na fila não agradava o casal Claudio Marcelo dos Santos e Débora Salles. Irritado com a demora, ele tentava convencer a mulher a comprar uma passagem unitária. Na ocasião, a demora do atendimento nos guichês do Metrô de venda de passagens unitárias era de cinco minutos.
O encarregado de lanchonete Rodrigo Ligeiro, que recarrega o Bilhete Único a cada 15 dias, reclama da falta de atendentes nos guichês. Nos dias úteis, Ligeiro viaja da Sé, na região central da capital paulista, onde trabalha, para Guaianazes, zona leste, onde mora.
– Sempre que você reclama, eles dizem que estão em horário de folga e cumprindo a carga horária. Levo mais tempo na fila do que na viagem.
Para estimar a demora média, o R7 contou a quantidade de pessoas atendidas em cinco minutos para tirar um tempo médio de atendimento. Depois, esse número era multiplicado pela quantidade de pessoas na fila. Quando a fila era “zerada”, o cálculo era desconsiderado, já que a quantidade de atendimentos diminuiria, o que aumentaria a média e a estimativa de tempo.
"Taxa de conveniência"
Alguns postos autorizados de recarga do bilhete próximos de estações se aproveitam da demora nas filas nas estações para cobrar uma "taxa de conveniência" de R$ 0,50, segundo informaram dois usuários do Metrô que preferem não se identificar.
A cobrança é ilegal. O Metrô disse desconhecer e não admitir a prática que, segundo os passageiros, é comum nas regiões de Itaquera e São Miguel, na zona leste da cidade.
Outra reclamação apontada pelos usuários é o horário de atendimento dos postos de recarga, que é menor que o do Metrô. Os postos de recarga ficam abertos das 5h30 às 23h30, enquanto os trens circulam, no geral, das 4h40 à 0h15.
Por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa, o Metrô disse ter "plena consciência das questões levantadas pela reportagem" e que "está tomando todas as providências para proporcionar melhor atendimento". Segundo o Metrô, a empresa responsável pela recarga do Bilhete Único recebe sanções sempre que é detectada demora de atendimento que "ultrapasse o tempo estimado em contrato". O R7 questionou qual seria o tempo estipulado, mas não obteve resposta.
"Quanto a nem todos os guichês estarem ocupados por atendentes, verificaremos o ocorrido", diz a nota. O Metrô diz que estuda a ampliação do horário de recarga.
Queixas
Passageiros podem dirigir suas reclamações ao Metrô pelo e-mail ouvidoria@metrosp.com.br ou pelo site. A ouvidoria ainda faz atendimento pessoal na rua Augusta, 1.626, 3º andar, de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h e das 13h às 16h, exceto feriados.
O Metrô ainda disponibiliza uma central de informações pelo telefone 0800-7707722. A ligação é gratuita.
O R7 visitou na quarta-feira (2) as estações Barra Funda, Sé, Tietê, Paraíso e Consolação entre 14h e16h30, e das 17h às 19h30 (horário de pico). Em nenhuma delas houve reforço no efetivo de atendentes do Bilhete Único durante a hora do rush.
A estação Paraíso foi a que registrou a mais longa espera. Fora horário de pico não havia filas no guichê. Porém, após as 17h, 31 pessoas formavam uma fila única (a velocidade média de atendimento era de 50 segundos). O tempo estimado para o atendimento chegava a 25 minutos. Apesar de ter três guichês, apenas duas atendentes trabalhavam.
A maior fila foi a da Barra Funda, onde se localiza o terminal rodoviário e há conexão com trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens). Por volta das 19h30, 56 pessoas esperavam o atendimento. O tempo médio de atendimento era de 15 segundos - a demora estimada, de 14 minutos. Um dos fatores que pode ter contribuído para a velocidade maior em relação à estação Paraíso pode ser a quantidade de atendentes. A Barra Funda tinha três, enquanto que a estação Paraíso contava com dois.
O tempo de espera na fila não agradava o casal Claudio Marcelo dos Santos e Débora Salles. Irritado com a demora, ele tentava convencer a mulher a comprar uma passagem unitária. Na ocasião, a demora do atendimento nos guichês do Metrô de venda de passagens unitárias era de cinco minutos.
O encarregado de lanchonete Rodrigo Ligeiro, que recarrega o Bilhete Único a cada 15 dias, reclama da falta de atendentes nos guichês. Nos dias úteis, Ligeiro viaja da Sé, na região central da capital paulista, onde trabalha, para Guaianazes, zona leste, onde mora.
– Sempre que você reclama, eles dizem que estão em horário de folga e cumprindo a carga horária. Levo mais tempo na fila do que na viagem.
Para estimar a demora média, o R7 contou a quantidade de pessoas atendidas em cinco minutos para tirar um tempo médio de atendimento. Depois, esse número era multiplicado pela quantidade de pessoas na fila. Quando a fila era “zerada”, o cálculo era desconsiderado, já que a quantidade de atendimentos diminuiria, o que aumentaria a média e a estimativa de tempo.
"Taxa de conveniência"
Alguns postos autorizados de recarga do bilhete próximos de estações se aproveitam da demora nas filas nas estações para cobrar uma "taxa de conveniência" de R$ 0,50, segundo informaram dois usuários do Metrô que preferem não se identificar.
A cobrança é ilegal. O Metrô disse desconhecer e não admitir a prática que, segundo os passageiros, é comum nas regiões de Itaquera e São Miguel, na zona leste da cidade.
Outra reclamação apontada pelos usuários é o horário de atendimento dos postos de recarga, que é menor que o do Metrô. Os postos de recarga ficam abertos das 5h30 às 23h30, enquanto os trens circulam, no geral, das 4h40 à 0h15.
Por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa, o Metrô disse ter "plena consciência das questões levantadas pela reportagem" e que "está tomando todas as providências para proporcionar melhor atendimento". Segundo o Metrô, a empresa responsável pela recarga do Bilhete Único recebe sanções sempre que é detectada demora de atendimento que "ultrapasse o tempo estimado em contrato". O R7 questionou qual seria o tempo estipulado, mas não obteve resposta.
"Quanto a nem todos os guichês estarem ocupados por atendentes, verificaremos o ocorrido", diz a nota. O Metrô diz que estuda a ampliação do horário de recarga.
Queixas
Passageiros podem dirigir suas reclamações ao Metrô pelo e-mail ouvidoria@metrosp.com.br ou pelo site. A ouvidoria ainda faz atendimento pessoal na rua Augusta, 1.626, 3º andar, de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h e das 13h às 16h, exceto feriados.
O Metrô ainda disponibiliza uma central de informações pelo telefone 0800-7707722. A ligação é gratuita.
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