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DATA DA PUBLICAÇÃO 14/12/2016 | Setecidades
Especialistas afastam risco de crise hídrica, mas cobram economia
Especialistas afastam risco de crise hídrica, mas cobram economia Foto: Nario Barbosa/DGABC
Foto: Nario Barbosa/DGABC
As chuvas têm enchido os mananciais, o que deixa a população aliviada em se ver livre da maior crise hídrica do Estado nos últimos 80 anos, cujo ápice foi em 2014. No entanto, especialistas avaliam que a situação não deve ser vista com conformidade.

O Sistema Rio Grande, que atende os municípios de Diadema, São Bernardo, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e 70% de Santo André, operava ontem com 87,7% de sua capacidade, volume que, segundo a Sabesp (Companhia de Abastecimento do Estado de São Paulo), é suficiente para abastecer as cinco cidades. Na mesma data, em 2014, o volume era de 64%.

Já o Sistema Cantareira, que abastece São Caetano e o que mais sofreu com a crise hídrica, operava ontem com 74,7% de sua capacidade de armazenamento. Em 2014, o volume era de apenas 7,4%. O Rio Claro, responsável por 30% do abastecimento de Santo André e também de Mauá, contava ontem com 79,8%. O reservatório com o nível mais baixo era Alto Tietê, com 42,6%.

Apesar dos índices, os especialistas frisam que é preciso ficar sob alerta. “Deu uma recarregada nos mananciais, mas com a proximidade do verão aumenta o consumo de água e tudo depende das condições de chuva. Se tivermos períodos mais secos como aconteceu, tudo isso colabora com a redução do nível de armazenamento disponível”, ressalta a professora do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade Metodista de São Paulo Viviane Pereira Alves.

“Nós, da Região Metropolitana, temos de lembrar que o abastecimento de água para uma população de 22 milhões de habitantes será sempre um desafio, tendo em vista o porte de água necessário”, salienta o professor de Engenharia Hídrica da Universidade Mackenzie Antônio Eduardo Giansante. “Vamos sempre precisar ficar atentos, cuidando da nossa água, pois sem ela não tem vida, não tem cidade”, completa.

Os especialistas reforçam a necessidade de investimento no combate à perda de água. Estudo do Instituto Trata Brasil que analisa a situação do saneamento básico nas 100 maiores cidades do País apontou que a cada dez grandes municípios, sete perdem 30% ou mais de toda a água tratada. Até o ano passado, Mauá superava a média brasileira (37%), com índice de 41% de perdas.

“Necessita de manutenção adequada das redes, da troca de tubulações antigas, e tudo isso com urgência”, fala Viviane. “É preciso aprofundar os planos de combate às perdas. Nossas redes precisam, paulatinamente, serem trocadas por materiais mais novos, mesmo que isso cause perturbação na vida da população”, destacou Giansante.

Santo André registra queixas de falta d’água

Moradores de alguns bairros de Santo André se queixam da falta constante de água, mesmo após o fim da crise hídrica. Parque João Ramalho, Jardim Alzira Franco e Jardim Ana Maria são alguns deles.

“Quase todos os dias, a partir da tarde, não tem água. Fim de ano poderá ser complicado, com visitas de Natal, louças para lavar, comida para fazer”, fala a administradora Silvia Prado, 48 anos. “Ficamos sem água de domingo, na hora do almoço, até segunda, às 11h”, conta o funcionário público Ednei de Rossi, 44, do Jardim Ana Maria.

O superintendente do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), Sebastião Ney Vaz Junior, diz que a falta de água “não tem relação com a crise hídrica”, mas que a questão “está relacionada com a forma operacional de como a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) envia água para Santo André”. “Após o Estado anunciar o fim da crise hídrica, a falta de água aconteceu em Santo André porque a Sabesp só mandava água para a cidade a partir da 22h”.

A Sabesp afirma que até 2013, antes da crise hídrica, a companhia produzia 70 mil litros de água por segundo para a Grande São Paulo. Hoje, a produção está em 60 mil litros por segundo, 15% a menos. “O valor de diminuição é proporcional à redução no repasse a Santo André, que antes recebia 2.200 litros por segundo e atualmente recebe 2.100 litros por segundo. O volume é suficiente para o abastecimento da população e cabe à empresa local realizar a distribuição de água aos clientes”, conclui a Sabesp.

Por Vanessa de Oliveira - Diário do Grande ABC
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