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DATA DA PUBLICAÇÃO 16/10/2011 | Saúde e Ciência
Especialista orienta como lidar com horário de verão
Especialista orienta como lidar com horário de verão  O tempo, na visão do surrealista Salvador Dali. Imagem: Reprodução
O tempo, na visão do surrealista Salvador Dali. Imagem: Reprodução
Todo mês de outubro, os brasileiros recebem uma notícia já corriqueira: o início do horário de verão do País, que afeta os estados do Sul, Sudeste e Centro Oeste, além do Distrito Federal. Isso significa dormir e acordar uma hora mais cedo em algumas regiões, fato que exige certa adaptação do ser humano. De acordo com o médico Arnaldo Lichtenstein, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, o melhor sono ocorre duas a três horas depois de escurecer.

O hormônio regulador do sono, a "melatonina", acionado pela falta de luz, é alterado com a mudança de horário. "Para se adaptar ao novo horário, o ideal é evitar situações estimulantes no final da tarde ou na parte da noite", afirma, explicando que quanto mais estímulo maior a dificuldade do organismo em relaxar. Ele observa que outros hormônios, como o cortisol e o hormônio do crescimento, também sofrem variações durante o dia.

Evitar o consumo de café ou chá preto é uma das dicas dadas pelo médico do HC. "Exercícios físicos muito extenuantes também devem ser evitados", observa, citando ainda outras atitudes que podem prejudicar o descanso, tais como se alimentar demais no jantar, ir dormir sem comer, tomar banho muito frio ou muito quente, e ler livros ou ver filmes muito estimulantes nas horas que antecedem o sono. "O horário de verão não é única instância que desequilibra o organismo. Novos turnos de trabalho ou viagens internacionais podem agir da mesma forma", lembra.

Problemas cardíacos - Para manter a saúde, esses cuidados com o sono devem ser constantes o ano todo. "Dificuldade de dormir ou de acordar podem predispor o paciente a problemas cardíacos. O infarto, por exemplo, costuma ocorrer algumas horas depois de acordar e, principalmente, na segunda-feira, dia que o estresse comumente aumenta", diz Lichtenstein. Ele lembra que o bom ambiente de sono envolve local silencioso, escuro e arejado, e ressalta que uma boa dica para os dias que antecede à mudança é dormir a cada dia alguns minutos mais cedo.

Segundo o médico, outra dúvida comum é quanto aos horários das medicações. "A orientação é seguir o horário do relógio", diz. E complementa com outra orientação: "Aproveite o final de tarde e início de noite mais claros para fazer atividades prazerosas e caminhadas".

O horário de verão brasileiro terá início neste domingo, dia 16 de outubro, à 0h (meia-noite de sábado), quando os relógios deverão ser adiantados uma hora.

Horário de verão foi criado nos anos 1930

Aplicada pela 41ª vez desde sua criação, em 1931, o horário de verão tem o objetivo de proporcionar o melhor aproveitamento da luz natural, reduzindo o consumo de energia entre as 18h e as 20h. Segundo o Ministério de Minas e Energia, a desconcentração da demanda reduz o risco de problemas nas linhas de transmissão, nas subestações e no sistema de distribuição que poderiam afetar o fornecimento de energia elétrica.

Este ano, devido ao carnaval de 2012, o horário de verão vai se estender até 26 de fevereiro de 2012, totalizando uma semana a mais que nos últimos anos. O motivo é que o terceiro domingo de fevereiro do ano que vem, quando os relógios deveriam ser atrasados em uma hora, será feriado de carnaval. Pelo Decreto nº 6.558, que regulamenta a medida, quando a data coincide com o feriado do carnaval, o encerramento é adiado para o domingo seguinte.

Após oito anos, a Bahia voltará a aderir à iniciativa, a pedido do governador Jaques Wagner. Ao anunciar a adesão estadual à iniciativa, Wagner disse que a decisão serve para evitar os transtornos causados a Bahia pela diferença de horários com o Sul, Sudeste e Centro-Oeste. “A decisão é muito mais para ficarmos alinhados ao horário de Brasília do que de economia de energia”, disse o governador, uma vez que, segundo ele próprio, a economia resultante do adiantamento da hora é pequena.

Segundo o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner, a expectativa do governo federal é que haja uma redução entre 4,5% e 5% da demanda de energia no horário de pico, entre o fim da tarde e o início da noite. Em 2010, a economia foi de 4,4%.

Nos últimos dez anos, a medida possibilitou uma redução média de 4,6% na demanda por energia no horário de maior consumo. Isso significa que, no horário de maior pico, deixaram de ser consumidos cerca de 2 mil megawatts anuais, ou duas vezes a carga no horário de pico da cidade de Belo Horizonte ou 75% da demanda em Curitiba.

Por ABCD Maior - Redação, com Agência Brasil
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