DATA DA PUBLICAÇÃO 18/11/2015 | Cidade
Escolas de Mauá e Ribeirão Pires são ocupadas por estudantes
Ocupação em Mauá começou na noite de segunda-feira (16/11) com apoio dos pais. Foto: Andris Bovo
Com as duas novas adesões, já são 10 escolas ocupadas por alunos e pais apenas no ABCD
A onda de ocupações em escolas estaduais atingidas pela "reorganização" criada pelo governo estadual chegou a Mauá e Ribeirão Pires. Até o momento, dez escolas do ABCD estão ocupadas por estudantes contrários ao novo modelo educacional. Em ambas as escolas os estudantes estão se revezando em turnos para sempre ter alunos na ocupação e com cadeados nos portões para garantir a entrada e saída dos jovens.
Em Mauá, a E. E. Maria Elena Colônia foi ocupada por estudantes por volta das 22h de segunda-feira (16/11). O Conselho Tutelar foi chamado pela polícia, sob alegação de que os jovens não poderiam dormir no local por serem menores de idade. Os pais dos alunos foram chamados e decidiram passar a noite com os estudantes na unidade. Cerca de 70 pessoas permaneceram na escola durante toda a noite.
A água do prédio foi cortada e o acesso para a cozinha foi fechado. Para evitar que os estudantes fiquem sem comer, um pai de aluno cedeu a casa para que a comida seja preparada e levada até a unidade ocupada. “Vamos ficar aqui até que a dirigente de ensino volte atrás no fechamento do noturno da escola, assim como aconteceu em outras cidades do Estado”, revelou um funcionário que preferiu não se identificar.
A partir da reorganização escolar, as 15 salas do período noturno da escola Colônia serão fechadas. “Temos três escolas na região que vão perder o noturno e os alunos das três serão encaminhados para uma única escola”, relatou um funcionário sobre a superlotação que acabará afetando outras escolas da região. Um termo de responsabilidade deixado pela direção da escola com os alunos também chama a atenção para que os mesmos tenham cuidado com os ratos que andam pelo pátio da escola.
APOIO
O ato também é apoiado pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto). “A reorganização não prejudica apenas o movimento deles porque somos pais de família e não lutamos apenas por moradia, mas também por melhorias na educação, saúde e educação”, salientou Mateus Bazilio, 21 anos, integrante do grupo. Os jovens programaram atividades culturais no local ao longo desta terça-feira (17/11).
RIBEIRÃO
Em Ribeirão Pires, a ocupação atingiu a escola Santinho Carnavale, uma das seis escolas que serão fechadas no ABCD devido à reorganização escolar do Estado. Além dessa, há outras duas escolas da cidade na lista das unidades que serão fechadas pelo governo estadual a partir de 2016.
“Antes de ocuparmos a escola, fizemos uma assembleia com a comunidade que está nos apoiando. Eles estão trazendo comida e nos ajudando no que podem”, destacou Natalia Cristina Lino, 16 anos, estudante do 1º ano do Ensino Médio. Ao contrário de outras escolas ocupadas, a unidade tem água e luz normalmente. Em outros prédios, a água e a energia elétrica foram cortadas pelo Estado.
De acordo com os alunos, o Conselho Tutelar e a PM também estiveram na unidade, mas não houve problemas. “A PM entrou, pediu para ver se não tínhamos feito pichações ou qualquer vandalismo dentro da escola, mas como estamos bem organizados, eles foram embora”, destacou Natalia. A ideia dos alunos é permanecer acampados na escola até que o Estado reverta a decisão de fechamento da unidade.
ABCD
Além das novas adesões, outras seis escolas estão ocupadas em Santo André (Américo Brasiliense, João Galeão Carvalhal, José Augusto de Azevedo Antunes, Valdomiro Silveira, Adib Chammas e Oscavo de Paula e Silva), e duas em Diadema (E.E.Diadema e Délcio de Souza Cunha).
A onda de ocupações em escolas estaduais atingidas pela "reorganização" criada pelo governo estadual chegou a Mauá e Ribeirão Pires. Até o momento, dez escolas do ABCD estão ocupadas por estudantes contrários ao novo modelo educacional. Em ambas as escolas os estudantes estão se revezando em turnos para sempre ter alunos na ocupação e com cadeados nos portões para garantir a entrada e saída dos jovens.
Em Mauá, a E. E. Maria Elena Colônia foi ocupada por estudantes por volta das 22h de segunda-feira (16/11). O Conselho Tutelar foi chamado pela polícia, sob alegação de que os jovens não poderiam dormir no local por serem menores de idade. Os pais dos alunos foram chamados e decidiram passar a noite com os estudantes na unidade. Cerca de 70 pessoas permaneceram na escola durante toda a noite.
A água do prédio foi cortada e o acesso para a cozinha foi fechado. Para evitar que os estudantes fiquem sem comer, um pai de aluno cedeu a casa para que a comida seja preparada e levada até a unidade ocupada. “Vamos ficar aqui até que a dirigente de ensino volte atrás no fechamento do noturno da escola, assim como aconteceu em outras cidades do Estado”, revelou um funcionário que preferiu não se identificar.
A partir da reorganização escolar, as 15 salas do período noturno da escola Colônia serão fechadas. “Temos três escolas na região que vão perder o noturno e os alunos das três serão encaminhados para uma única escola”, relatou um funcionário sobre a superlotação que acabará afetando outras escolas da região. Um termo de responsabilidade deixado pela direção da escola com os alunos também chama a atenção para que os mesmos tenham cuidado com os ratos que andam pelo pátio da escola.
APOIO
O ato também é apoiado pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto). “A reorganização não prejudica apenas o movimento deles porque somos pais de família e não lutamos apenas por moradia, mas também por melhorias na educação, saúde e educação”, salientou Mateus Bazilio, 21 anos, integrante do grupo. Os jovens programaram atividades culturais no local ao longo desta terça-feira (17/11).
RIBEIRÃO
Em Ribeirão Pires, a ocupação atingiu a escola Santinho Carnavale, uma das seis escolas que serão fechadas no ABCD devido à reorganização escolar do Estado. Além dessa, há outras duas escolas da cidade na lista das unidades que serão fechadas pelo governo estadual a partir de 2016.
“Antes de ocuparmos a escola, fizemos uma assembleia com a comunidade que está nos apoiando. Eles estão trazendo comida e nos ajudando no que podem”, destacou Natalia Cristina Lino, 16 anos, estudante do 1º ano do Ensino Médio. Ao contrário de outras escolas ocupadas, a unidade tem água e luz normalmente. Em outros prédios, a água e a energia elétrica foram cortadas pelo Estado.
De acordo com os alunos, o Conselho Tutelar e a PM também estiveram na unidade, mas não houve problemas. “A PM entrou, pediu para ver se não tínhamos feito pichações ou qualquer vandalismo dentro da escola, mas como estamos bem organizados, eles foram embora”, destacou Natalia. A ideia dos alunos é permanecer acampados na escola até que o Estado reverta a decisão de fechamento da unidade.
ABCD
Além das novas adesões, outras seis escolas estão ocupadas em Santo André (Américo Brasiliense, João Galeão Carvalhal, José Augusto de Azevedo Antunes, Valdomiro Silveira, Adib Chammas e Oscavo de Paula e Silva), e duas em Diadema (E.E.Diadema e Délcio de Souza Cunha).
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