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DATA DA PUBLICAÇÃO 24/07/2009 | Setecidades
Escolas de Diadema adiam volta às aulas em razão da gripe suína
Diadema é a primeira cidade do Grande ABC a alterar o calendário de aulas na rede pública por causa da gripe suína. A Prefeitura anunciou ontem que a volta dos alunos será adiada em dois dias, de segunda-feira (27) para quarta-feira (29).

A medida foi tomada um dia após a confirmação de que uma menina moradora do bairro Campanário morreu por causa da gripe suína. A morte da garota de 1 ano e meio obrigou a Secretaria de Saúde do município a promover entrevista coletiva explicando os procedimentos adotados durante o tratamento.

A surpresa ficou por conta da presença do pai da criança, Edson Coelho Nascimento, 31 anos. Ele apareceu pouco antes do início da entrevista com a secretária Aparecida Linhares Pimenta, e reafirmou aquilo que já havia antecipado quarta-feira ao Diário, questionando o atendimento dado à filha. "Foi um descaso total e é claro que ocorreram erros. O que vocês acham? Quero que sirva de alerta."

A garota passou por diversas unidades de saúde do município entre quarta-feira e sábado, quando morreu. Apenas nas últimas horas de vida os médicos suspeitaram que poderia ter ocorrido a contaminação, apesar da febre persistente e de um quadro de insuficiência respiratória na madrugada de sexta para sábado. "Perguntei se não era a nova gripe, mas a médica disse que isso não pegava em criança pequena."

Nascimento reclama da falta de orientação e afirma que só recebeu atenção na manhã de ontem, depois que o caso ganhou notoriedade. Foi recomendada a quarentena para ele e a mulher. E só.

A secretária de Saúde mais uma vez defendeu procedimentos e afirmou que o quadro da paciente não sugeria a possibilidade de contaminação. "Pelos prontuários, não houve falha", disse.

Críticas - Familiares e vizinhos do local onde a menina morava demonstravam indignação no fim tarde de ontem. Queixavam-se do descaso das autoridades sanitárias, que até aquele momento não tinham passado por lá.

O sobrado de três pisos abriga também a família do irmão de Edson, o servente de pedreiro Daniel Coelho, 29 anos. Ele tem uma filha com a mesma idade da sobrinha infectada pelo H1N1. "Elas brincavam juntas e eram cuidadas pela minha cunhada."

A filha de Daniel tem tosse desde o início da semana e já passou duas vezes por serviços de atendimento do município. O pai afirma que ela não recebeu medicação, assim como também não os demais integrantes da família.

Na rua como tantas de Diadema, todos lembram da menina saudável e brincalhona. O oposto exato da expressão apreensiva e indignada nos rostos dos moradores.


Por William Cardoso - Diário do Grande ABC
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