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DATA DA PUBLICAÇÃO 25/12/2011 | Educação
Escolas da Região investem em alimentação saudável
Escolas da Região investem em alimentação saudável Na Emeb do Jardim das Acácias as crianças aprendem desde cedo o valos dos alimentos naturais e da comida saudável. Foto: Luciano Vicioni
Na Emeb do Jardim das Acácias as crianças aprendem desde cedo o valos dos alimentos naturais e da comida saudável. Foto: Luciano Vicioni
Frutas, saladas e sucos ganham espaço na merenda oferecida por institituições de ensino do ABCD

Salgadinhos, refrigerantes e doces são unanimidade na preferência das crianças. No entanto, essas opções estão mais escassas em algumas escolas do ABCD com a introdução de cardápios saudáveis como alternativa aos alimentos industrializados, ricos em sal, gorduras e conservantes.

Instituições como o Colégio Stocco, de Santo André, apostam nessas mudanças. No lugar de frituras, chicletes e refrigerantes, salgados assados, frutas da época, sucos e chás. A mudança aconteceu há um ano e rendeu o certificado de Cantina Saudável, da Sociedade de Cardiologia de São Paulo.

O diretor da escola, Roberto Belmonte Júnior, explica que as alterações foram gradativas e com a conscientização de pais e alunos. No início, houve protestos e estudantes chegaram a tentar entrar na escola com refrigerantes. Alguns pais também reclamaram da mudança, alegando interferência da escola na educação dos filhos. “Aos poucos, eles foram se convencendo de que seria melhor para os jovens”, afirmou o diretor.

As alunas Júlia Tiemi, 11 anos, Giovana Martins Athayde, 10, e Angelina Betti Tavano, 10, são algumas das estudantes que gostaram do novo cardápio. “É melhor porque são coisas que não engordam tanto”, argumentou Júlia.

Exemplo municipal -Nem só escolas particulares se preocupam em oferecer uma alimentação saudável aos alunos. Em São Bernardo, a aposta para melhorar as refeições servidas de segunda a sexta-feira para 80 mil estudantes da rede pública é a aquisição de produtos provenientes da agricultura familiar como frutas, mel e arroz orgânico.

Com isso, a Prefeitura cumpre a lei federal 11.947 que determina o gasto mínimo de 30% dos recursos repassados aos municípios pelo Fundo Nacional de Educação na aquisição de produtos da agricultura ou do empreendedor familiar.

A secretária de Educação, Cleuza Repulho, destaca que existe preocupação em escolas localizadas em regiões de maior vulnerabilidade social. “São Bernardo já tem casos de obesidade infantil. Por isso, fazemos um trabalho em conjunto com a Secretaria de Saúde para garantir que essas crianças estejam saudáveis.”

Na Emeb Francisco Mieli, no Jardim das Acácias, além da merenda convencional, os alunos têm contato direto com os alimentos cultivados em uma horta. No projeto Comer Comer, iniciativa de um grupo de professoras, alunos de dois e três anos também realizam semanalmente a degustação de frutas, verduras e legumes e a cada 15 dias participam da feitura de receitas como patês e bolos.

A coordenadora da Emeb, Andrea Chiarelli Cilento, frisa que a mudança nos hábitos das crianças é visível. “Aumentou o consumo de alimentos da merenda regular como patê de sardinha e salpicão, e muitos pais relataram que os filhos mudaram os hábitos também em casa.”

Comida industrializada ainda prevalece

Alimentos naturais dificilmente entram nos cardápios da maioria das escolas públicas estaduais. O integrante da Apeoesp de Mauá (Sindicato dos Professores), Douglas Quintino, detalha os problemas enfrentados pelos alunos.

“Grande parte dos alimentos é enlatada, até mesmo a salada”, afirmou. O profissional disse ainda que os estudantes que podem compram nas cantinas, mas aqueles com menor condição financeira têm a merenda como única opção.

A estudante Daniela Neres, 16, é aluna da escola estadual José Carlos Antunes, Vila Luzita, em Santo André, e conta que frutas são raras no cardápio. Além disso, as opções nem sempre são bem aceitas. “Tem dia que é macarrão com molho, arroz com feijão; outro é leite com bisnaguinha”, reclamou a estudante.

A Secretaria Estadual de Educação afirmou que “o serviço de merenda das escolas, executado de forma centralizada ou descentralizada, preza pela qualidade e variedade nutricional” e que, os produtos enlatados adquiridos “são especificados de modo a não conter nenhum conservante, característica que tem de ser atestada por meio de laudos exigidos no recebimento dos lotes”.

Em outras escolas, a merenda não é gratuita, caso da Escola Técnica Estadual Júlio de Mesquita, em Santo André. No local, há apenas um restaurante que cobra R$ 6 por refeição.

Apesar de protestos, Michelle Rosa, 16, presidente do grêmio estudantil, disse que a cantina continua a única opção aos estudantes, incluindo aqueles que cursam o período integral. “A cantina tem muita fritura e batata frita praticamente todo dia”, frisou.

O Centro Paula Souza, responsável pela escola, justificou que a cantina oferece prato-feito de boa qualidade e com custo baixo. Afirma ainda que foi solicitado à Secretaria de Educação a possibilidade de incluir os alunos para receberem a merenda, como nas escolas estaduais.

Por Rosângela Dias - ABCD Maior
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