DATA DA PUBLICAÇÃO 12/03/2013 | Cidade
Escola perde horta premiada e quadra
A comunidade escolar da reconhecida EE Professora Therezinha Sartori, em Mauá, protesta contra as obras que a Secretaria de Estado da Educação realiza no local. A unidade de ensino, localizada na Vila Noêmia, região central, abrigará a sede da diretoria regional de ensino do município e, com isso, perderá, além de espaços esportivos, premiada horta educativa.
O canteiro de obras foi instalado em meados de fevereiro na área lateral da escola onde funcionava sala de leitura, duas quadras esportivas - sendo uma coberta - e a horta sustentável, que já rendeu prêmios estudantis e aguarda visita de representantes da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
"O projeto da horta deveria ser usado como modelo para outras escolas em vez de ser destruído", observa pai de alunos do 6º ano do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio, o professor Osvaldo Pacheco, 46.
Pais, alunos e professores afirmam que não foram consultados sobre as mudanças realizadas e destacam o descontentamento com a falta de diálogo com o Estado. O grupo explica que é contra a construção de sede da diretoria regional de ensino em Mauá, que hoje ocupa prédio alugado na Vila Bocaina, mas a favor do incentivo a práticas que garantam a qualidade no ensino.
"Há outros espaços públicos na mesma rua, mas escolheram justo a área da escola. Geralmente a diretoria é instalada em prédios escolares desativados", destaca professora da escola que preferiu não se identificar.
A unidade tem cerca de 3.000 alunos e foi a segunda melhor colocada entre as escolas estaduais do Grande ABC no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) de 2011, com nota 5,8. A média da cidade foi 4,4. Além disso, acumula participações e vitórias em concursos, como é o caso da primeira edição do Desafio de Redação promovido pelo Diário, em 2007, e tem fila de espera de cerca de 8.000 jovens que desejam vaga na instituição.
Para os alunos, que estão mobilizados em páginas da internet com abaixo-assinado e manifestações contrárias à perda do espaço, é triste ver o trabalho sendo desrespeitado. Tapumes impedem, inclusive, o acesso à horta e a quadra coberta já foi posta abaixo. "Usamos parte dos vegetais plantados na horta na merenda e vamos ter educação física no estacionamento", comenta estudante do 6º ano.
Pai de aluna do 2º ano do Ensino Médio e ex-estudante da escola, o administrador de empresas Paulo Rogério Pessoni, 34 anos, comenta ainda que o investimento feito pelo Estado poderia ser utilizado para melhorias no espaço, que ainda não oferece acessibilidade.
CETESB
As obras demandam ainda transferência da estação de avaliação de qualidade do ar da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) na cidade de Mauá, instalada em área da escola. Apesar de revelar já ter identificado outro local para os medidores, a Cetesb não informou onde será instalado o instrumento por estar em tratativas junto à Prefeitura.
O Secretaria de Estado da Educação informa que obra tem conclusão prevista para o primeiro semestre de 2014 e conta investimento de R$ 7,7 milhões. A escola foi escolhida, segundo o Estado, em razão do espaço disponível e de sua localização central.
A secretaria ressalta que o projeto não trará prejuízos à comunidade escolar e que a horta será remanejada para outra área da escola, sem, no entanto, dar prazos e especificar o local.
O canteiro de obras foi instalado em meados de fevereiro na área lateral da escola onde funcionava sala de leitura, duas quadras esportivas - sendo uma coberta - e a horta sustentável, que já rendeu prêmios estudantis e aguarda visita de representantes da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
"O projeto da horta deveria ser usado como modelo para outras escolas em vez de ser destruído", observa pai de alunos do 6º ano do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio, o professor Osvaldo Pacheco, 46.
Pais, alunos e professores afirmam que não foram consultados sobre as mudanças realizadas e destacam o descontentamento com a falta de diálogo com o Estado. O grupo explica que é contra a construção de sede da diretoria regional de ensino em Mauá, que hoje ocupa prédio alugado na Vila Bocaina, mas a favor do incentivo a práticas que garantam a qualidade no ensino.
"Há outros espaços públicos na mesma rua, mas escolheram justo a área da escola. Geralmente a diretoria é instalada em prédios escolares desativados", destaca professora da escola que preferiu não se identificar.
A unidade tem cerca de 3.000 alunos e foi a segunda melhor colocada entre as escolas estaduais do Grande ABC no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) de 2011, com nota 5,8. A média da cidade foi 4,4. Além disso, acumula participações e vitórias em concursos, como é o caso da primeira edição do Desafio de Redação promovido pelo Diário, em 2007, e tem fila de espera de cerca de 8.000 jovens que desejam vaga na instituição.
Para os alunos, que estão mobilizados em páginas da internet com abaixo-assinado e manifestações contrárias à perda do espaço, é triste ver o trabalho sendo desrespeitado. Tapumes impedem, inclusive, o acesso à horta e a quadra coberta já foi posta abaixo. "Usamos parte dos vegetais plantados na horta na merenda e vamos ter educação física no estacionamento", comenta estudante do 6º ano.
Pai de aluna do 2º ano do Ensino Médio e ex-estudante da escola, o administrador de empresas Paulo Rogério Pessoni, 34 anos, comenta ainda que o investimento feito pelo Estado poderia ser utilizado para melhorias no espaço, que ainda não oferece acessibilidade.
CETESB
As obras demandam ainda transferência da estação de avaliação de qualidade do ar da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) na cidade de Mauá, instalada em área da escola. Apesar de revelar já ter identificado outro local para os medidores, a Cetesb não informou onde será instalado o instrumento por estar em tratativas junto à Prefeitura.
O Secretaria de Estado da Educação informa que obra tem conclusão prevista para o primeiro semestre de 2014 e conta investimento de R$ 7,7 milhões. A escola foi escolhida, segundo o Estado, em razão do espaço disponível e de sua localização central.
A secretaria ressalta que o projeto não trará prejuízos à comunidade escolar e que a horta será remanejada para outra área da escola, sem, no entanto, dar prazos e especificar o local.
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