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DATA DA PUBLICAÇÃO 29/08/2012 | Saúde e Ciência
Equipe do Hospital do Rim de São Paulo fará palestra sobre doação de órgãos
Organizado pelo Comitê de Bioética do Complexo Hospitalar de São Caetano, evento em 31 de agosto será gratuito e aberto à comunidade

O Comitê de Bioética do Complexo Hospitalar de São Caetano-FUABC organiza em 31 de agosto (sexta-feira) palestra sobre captação e doação de órgão. O evento estará sob responsabilidade da Organização de Procura de Órgãos (OPO) do Hospital do Rim e Hipertensão, da Capital, cuja administração está a cargo da Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM). A participação é gratuita e o público-alvo são médicos, enfermeiros, assistentes sociais e profissionais de saúde envolvidos no atendimento a pacientes críticos – potenciais doadores de órgãos.

A iniciativa do Comitê de Bioética objetiva capacitar e orientar equipes sobre a importância da identificação precoce de possíveis doadores. Dessa forma, indiretamente a ação busca aumentar o número de notificações de morte encefálica e, consequentemente, de doadores de órgãos.

O evento em parceria com a Unifesp-EPM é gratuito e terá início às 11h no auditório do Hospital Maria Braido-FUABC (Rua São Paulo, 1.840 - Bairro Olímpico). Não é necessária inscrição prévia.

Trabalho minucioso: A morte encefálica caracteriza-se quando o tronco cerebral deixa de funcionar. Nessa circunstância, o médico assina o atestado de óbito e o paciente é considerado morto. Cabe à família decidir pela doação ou não dos órgãos.

O procedimento começa quando há identificação do paciente como potencial doador, que só ocorre quando há suspeita de morte encefálica. A partir dessa averiguação, é aberto protocolo específico composto por testes para confirmação da morte encefálica. Todos os procedimentos têm que apresentar resultado positivo para morte encefálica. Se um teste der negativo, o paciente não poderá ter os órgãos transplantados.

Com os testes iniciais positivos, espera-se seis horas e os exames são refeitos por outra equipe de atendimento. A condição se confirmando, o paciente é submetido à última etapa antes de passar de potencial doador para doador efetivo. Trata-se de exame complementar, normalmente o Doppler Transcraniano, cuja função é verificar se existe fluxo sanguineo no cérebro. Se o sangue não estiver chegando ao cérebro, a morte encefálica é caracterizada.

Cerca de 50% dos potenciais doadores identificados acabam por se tornar doadores, o que demonstra elevado grau de conscientização das famílias. “O maior desafio é aumentar as notificações de morte encefálica pelas equipes de saúde. Por essa razão, cursos de capacitação, palestras e demais eventos nesse sentido são sempre bem-vindos”, destaca a psicóloga Rosely Perrone, Secretária do Comitê de Bioética e coordenadora do Serviço de Psicologia Hospitalar do Complexo Hospitalar de São Caetano.

Comitê de Bioética: A fim de explorar o tema em diversas frentes, o Complexo de São Caetano mantém desde maio de 2010 Comitê de Bioética para discussões periódicas sobre questões éticas relacionadas à vida e à morte, como em casos de recém-nascidos com malformações incompatíveis com a vida, bebês sem prognóstico, pacientes testemunhas de Jeová que não autorizam transfusões de sangue e derivados, pacientes com doenças terminais, aplicação de cuidados paliativos e doação de órgãos, assim como o comportamento das equipes de atendimento frente aos familiares.

O Comitê de Bioética é interdisciplinar e multissetorial, composto por médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas e outros profissionais da saúde, além de membros da área jurídica e representantes da comunidade. No grupo de entidades gerenciadas pela FUABC, além do Complexo Hospitalar de São Caetano, contam com comitês de bioética o Hospital da Mulher de Santo André e o Hospital Estadual Mário Covas. O grupo FUABC mantém ainda consultoria terceirizada sobre o tema, comandada pelo especialista na área e ex-professor da Faculdade de Medicina do ABC Dr. Drauzio Viegas.

Por Informações à Imprensa com Eduardo Nascimento - Comunicação Fundação do ABC
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