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DATA DA PUBLICAÇÃO 29/10/2013 | Cidade
Equipamento da USP vai medir os poluentes do Polo Petroquímico
Equipamento da USP vai medir os poluentes do Polo Petroquímico Até o momento as pesquisas realizadas apontam o aumento de doenças autoimunes, como tireoidite Foto: Amanda Perobelli
Até o momento as pesquisas realizadas apontam o aumento de doenças autoimunes, como tireoidite Foto: Amanda Perobelli
Empresas petroquímicas garantem que fumaça emitida não faz mal para a saúde, mas especialistas e ambientalistas discordam

Não é de hoje que o fogo no flare (chaminé) do Polo Petroquímico do ABC incomoda e preocupa moradores e ambientalistas sobre o impacto da queima na saúde humana e ambiental dos bairros próximos das empresas. Na última quarta-feira (23/10), a fumaça preta voltou a assustar. Apesar da desconfiança da população, as empresas petroquímicas garantem que o procedimento é totalmente inofensivo por seguir rigorosas normas internacionais de segurança. Uma parceria com a USP (Universidade de São Paulo) vai ajudar a monitorar a poluição naquela região.

“Nos próximos meses vamos instalar um equipamento para medir e verificar quais poluentes são liberados no ar pelas petroquímicas e que a população está respirando”, explicou Maria Ângela Zaccarelli Marino, pesquisadora e professora de Endocrinologia da Faculdade de Medicina do ABC. A medição será realizada em parceria com o Laboratório de Poluição Atmosférica da USP. “A ideia é identificar esses agentes no ar e depois no sangue, urina ou gordura dos moradores, de modo a provar o que causa as doenças”, argumentou.

Após 20 anos de pesquisas, a suspeita de Maria Ângela é que o uso dos solventes clorados, como o tricloroetileno, durante o processo de queima das petroquímicas, seja um dos responsáveis pelo alto índice de moradores doentes na região do polo, nas divisas entre Santo André, Mauá e São Paulo.

TIREOIDITE

Até o momento as pesquisas realizadas apontam o aumento de doenças autoimunes, como tireoidite, diabete tipo 1 e artrite reumatóide em moradores de bairros vizinhos ao polo. De acordo com o CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica), de São Paulo, a quantidade de pessoas com estas doenças nos jardins Sônia Maria e Silvia Maria, em Mauá; Parque Capuava, em Santo André; e Parque São Rafael, na Capital, chegou a 46%, enquanto em outros bairros, longe das petroquímicas, o índice foi de 2,9%.

Advogado ambientalista estuda mover ação popular

Uma ação popular será ajuizada em Mauá no final de novembro, contra o Polo Petroquímico do ABC e técnicos da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) pelo advogado ambientalista Virgilio Alcides de Farias, membro do MDV (Movimento de Defesa da Vida) no ABCD.

A ideia é que o documento pressione as petroquímicas e o órgão ambiental a apresentar para a sociedade os problemas ambientais causados pela atividade e soluções, durante as renovações das licenças ambientais, que atualmente são realizadas sem a participação da sociedade.

“A lei prevê a participação popular, mas isso não ocorre na prática atualmente. Se a atividade não é poluente, como as petroquímicas dizem, então esse será o momento para apresentar os dados à população”, avaliou Farias.

Além da participação popular, a ação pedirá um estudo ambiental independente para verificar se o polo polui ou não e como essa atividade afeta ou não a saúde e o meio ambiente. “A população não confia na Cetesb e no polo, então o estudo precisa ser feito por outros órgãos, quem sabe alguma entidade internacional”, comentou o ambientalista.

Por Claudia Mayara - ABCD Maior
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