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DATA DA PUBLICAÇÃO 28/09/2011 | Turismo
Equador investe US$ 2,5 mi em fazenda que marcou luta indígena
A fazenda equatoriana Pesillo, construída em terrenos do conquistador Francisco Pizarro e também berço do movimento para a libertação indígena no início do século 20, será restaurada depois de décadas de abandono para resgatar seu valor simbólico e social.

Construído no século 17, o casarão no local deixou de ser imponente e foi abandonado há muito tempo, porém, sua deterioração se agravou após um terremoto na região em 1987. A reforma desta verdadeira joia arquitetônica deve custar ao governo equatoriano mais de US$ 2,5 milhões.

"São múltiplos os propósitos dessa reforma. A iniciativa irá melhorar a qualidade de vida dos indígenas e dos camponeses da região, além da recuperação de todo o valor histórico e patrimonial", disse María Fernanda Espinosa, ministra coordenadora de Patrimônio do Equador.

Após a fase de reconstrução, o espaço deverá apresentar aos moradores um centro médico, salas de oficinas de capacitação, uma área administrativa, um museu, um armazém e também um hotel, que também irá gerar empregos para os locais.

Em um estilo colonial, renascentista e românico, o casarão possui três pátios, além de várias salas e cômodos. Ao todo, Pesillo conta com uma área de 12 mil metros quadrados, sobre terrenos que pertenceram a Pizarro, que no século 16 se impôs sobre o Império Inca.

Ordem católica

A fazenda era administrada pela ordem católica dos Pais Mercedários e foi moradia de "duas memoráveis mulheres indígenas que lutavam pelo direito às terras e à educação dos indígenas, verdadeiras referências nas lutas em toda América Latina", segundo Espinosa.

Trata-se de Tránsito Amaguaña e Dolores Cacuango, que no início do século 20 combateram a exploração indígena. Por isso, a historiadora María Elena Porras destaca a relevância histórica do lugar, onde segundo ela "originou os movimentos indígenas" equatorianos.

A restauração "constitui o acúmulo de muitos benefícios, culturais e sociais, influenciando diretamente 5.000 pessoas da comunidade e 20 mil pessoas de toda a região", explicou Oswaldo Echevarría, um habitante de Pesillo que participou da elaboração do projeto.

"Devemos reabilitar todas as estruturas, os materiais que compõem os pisos, coberturas e os muros, já que muitos deles estavam destruídos. Isso sem falar nos problemas de infiltração e engenharia", afirmou Joaquín Moscoso, diretor de Projetos do Ministério de Patrimônio.

Êxodo

Além da recuperação simbólica do lugar, vários moradores de Pesillo esperam que a obra incentive os jovens a permanecerem na região. Geralmente, os mais jovens desejam deixar o local em busca de melhores oportunidades.

"Como não há trabalho, muitos jovens acabam emigrando ao lado de seus companheiros", disse o morador Toribio Compues, que deseja que o casarão de Pesillo seja transformado em um centro educativo e universitário.

"Os habitantes de Pesillo esperam que o casarão também comporte serviços médicos, centros esportivos e parques", concluiu Juan Lechón, outro morador, que afirmou que a proposta será, sobretudo, "muito boa para o turismo".

Por Martí Quintana, da Efe, em Pesillo (Equador) - Folha Online
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