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DATA DA PUBLICAÇÃO 24/07/2015 | Turismo
Engarrafamento em balneário do Pará irrita turistas nas férias escolares
 Engarrafamento em balneário do Pará irrita turistas nas férias escolares Praia do Atalaia, em Salinas, vira ponto de encontro de motoristas (Foto: Tarso Sarraf / O Liberal)
Praia do Atalaia, em Salinas, vira ponto de encontro de motoristas (Foto: Tarso Sarraf / O Liberal)
Banhistas das praias do Atalaia e Farol Velho dividem espaço com carros.

Fiscalização é feita pela Secretaria de Segurança Pública e Detran.


O empresário Adauto José Souto mora em Belém e, diferente de muitos paraenses que aproveitam as altas temperaturas do mês de julho nos balneários do estado, decidiu passar as férias em Minas Gerais. O motivo, segundo ele, é a irritação provocada pelo tráfego de veículos nas praias de Salinópolis, ou Salinas, como é mais conhecida pelos veranistas a cidade que fica a 214 km da capital.

"Não gosto muito de ir para Salinas por causa dos carros que ficam nas praias. Deveriam fazer um grande estacionamento nas proximidades, porque os veículos incomodam demais as pessoas. Além disso, há risco de acidentes. Eu já vi alguns carros colidindo nas praias de Salinas", disse.

O tráfego de veículos é liberado nas praias do Atalaia e Farol Velho, onde banhistas disputam espaço com carros e motocicletas. Segundo o universitário Pedro Braga Silva, este é o maior problema do balneário. "Os carros em si não impedem a minha diversão, o que impede é a falta de organização na praia. Sempre passei as férias em Salinas, e este sempre foi o grande problema", disse.

Mudança de hábito
O servidor público Breno Peck é frequentador assíduo das praias de Salinas, mas em 2015 preferiu ficar em casa. "Vou todo santo julho. Este ano eu não fui, dentre outros motivos, pela praia ser assim e eu não querer expor meu filho pequeno, que acabou de aprender a engatinhar e sai por aí sem aviso, a este tipo de risco", explica.
Tem muito engarrafamento e [o motorista] ainda arrisca atropelar alguém. E quem anda a pé pode não aproveitar a praia direito"
Breno Peck, servidor público

De acordo com o servidor, a presença de carros na faixa de areia é um risco para motoristas e pedestres. "Para quem dirige, é arriscado entrar num lugar errado, tem muito engarrafamento e ainda arrisca atropelar alguém. E quem anda a pé pode não aproveitar a praia direito", conta.

A alternativa para quem faz questão de apreciar o litoral, segundo Peck, é mudar hábitos. "Das últimas vezes em que fui, fiz esquema de vovô: levantei antes das 8h pra chegar na praia umas 9h15, e saí lá pelas 13 ou 14h, sendo que voltei de Salinas às 8h de um domingo. Frequentar praia esse horário não garante [tranquilidade], mas ao menos aumentam as chances de evitar conviver com porres, porres ao volante, música ruim alta, lixo, pessoas mal educadas que não só atrapalham o descanso como também colocam a gente em risco".

Fiscalização de trânsito
O ordenamento do trânsito nas praias de Salinas é feito pela Secretaria de Segurança Pública do Pará em parceria com o município e o Departamento Estadual do Trânsito (Detran). Segundo o coronel Hilton Benigno, que coordena a operação, o principal desafio é ordenar o fluxo de veículos na areia. "Devido ao elevado número de veículos no período de férias fizemos uma parceria com barraqueios para criar um corredor de tráfego", explica.

Por este corredor passam carros e motos. Os quadriciclos, de acordo com o coronel, só podem transitar em um local isolado para evitar acidentes. "Eles têm uma área específica desde 2014. Temos circulação de carros e motos, e não permitimos a entrada de veículos na maré cheia, porque é um risco [atolar]. Divulgamos a tábua de marés amplamente, e temos os bombeiros para atuar em caso de risco", disse.

Lei seca na areia e no asfalto
Segundo o coronel Hilton, o tráfego de veículos na areia também causa outra preocupação nos agentes de segurança pública: evitar que pessoas que beberam na praia voltem para a cidade dirigindo. Motoristas flagrados na fiscalização podem ser multados em cerca de R$ 2 mil e, além da infração, responder a processo criminal.

"A lei seca é o principal da operação. Felizmente observamos uma mudança na cultura da saída das praias, mas ainda assim até o dia 21 fizemos mais flagrantes que no ano passado: foram cerca de 40, contra 38 em 2014. Mas os testes negativos também aumentaram, o que é bom. A nossa intenção não é estar lá para prender, fazer auto de infração, multar. É educar para os motoristas não combinarem bebida e direção. E temos sido implacáveis: as fiscalizações iniciam na madrugada e vão até 8, 9h da manhã seguinte, quando ainda tem gente na praia", disse o coronel.

Por G1 - PA
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