DATA DA PUBLICAÇÃO 27/10/2013 | Educação
Enem exige mais atenção dos candidatos
Foto: Orlando Filho/DGABC
A primeira prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) exigiu mais conhecimento por parte dos alunos, comenta o professor de Matemática e coordenador do Singular Anglo, Marcel Xavier de Souza. Segundo o especialista, o exame, geralmente conhecido por quantidade grande de questões que cobram interpretação de texto, passou a exigir mais conteúdo dos candidatos, a exemplo das provas dos principais vestibulares do País.
Apesar de abordar apenas conteúdos do Ensino Médio, a avaliação exigiu concentração e atenção por parte dos alunos. “Foi uma prova cansativa e que manteve a característica de abordar temas atuais, apesar de nenhuma questão falar sobre as manifestações deste ano”, diz Souza.
No Grande ABC, além de trânsito lento no entorno dos locais de prova, foi possível observar muita correria entre os candidatos para chegar antes do fechamento dos portões. No entanto, alguns jovens tiveram de voltar para casa com a frustração de ter chegado atrasado e não poder participar do exame. Caso do estudante Isleyk Vieira de Lima, 20 anos, que chegou ao local do exame, no Centro Universitário Fundação Santo André, poucos segundos depois de o relógio marcar 13h. “Não me conformo. Fiz dois meses de cursinho para nada”, lamenta o estudante, que deseja cursar Direito.
Com medo dos imprevistos, a estudante Giulia Manocchi, 17, se programou e chegou com quase uma hora de antecedência. Acompanhada pela família e pelo namorado, a jovem veio preparada para o exame com água, barra de cereal, fruta e um lanchinho. “Vou começar pelas matérias que tenho mais dificuldade, como Química”, revela a moradora de Santo André, que deseja cursar Bacharelado em Ciência e Humanidades na UFABC (Universidade Federal do ABC).
Essa é segunda vez que a dona de casa Irailda dos Santos Sá, 35, tenta prestar o Enem. No ano passado, ela só conseguiu comparecer ao exame no sábado, já que, no domingo, não tinha com quem deixar os filhos. Ontem, a moradora de Santo André deixou as crianças com a madrinha de uma delas para encarar a prova, vista como oportunidade de mudar de vida e ingressar na faculdade de Psicologia.
BRASIL
Cerca de 7,1 milhões de pessoas em todo o País se inscreveram para a prova. O Ministério da Educação eliminou 24 candidatos que postaram fotos do exame na internet. Hoje serão aplicados testes de Linguagens e Matemática, além de redação. Os portões serão fechados às 13h. (com agências)
Pais e candidatos reclamam de falta de informações e poucos monitores
A dificuldade em identificar os prédios do Centro Universitário Fundação Santo André foi a principal reclamação observada no início da tarde de ontem. Tanto estudantes que chegaram atrasados e ficaram de fora da prova quanto os pais de alunos que conseguiram chegar a tempo foram unânimes em observar a falta de placas com informações sobre o local e poucos monitores para auxiliar os candidatos.
“Os jovens já chegam aqui com uma pressão psicológica grande e a tensão aumenta à medida que ficam perdidos procurando o prédio correto e não encontram ajuda”, destaca a bancária Rusia Maria da Silva, 44 anos, mãe da jovem treineira Karoline Ferreira, 15. Ambas relatam ter chegado ao espaço com meia hora de antecedência e encontrado dificuldade para encontrar o local exato do exame.
Para a analista Eva Neves, 43, faltou estrutura. “Sabemos que teria um volume intenso de pessoas, mas não vi esquema de trânsito especial e tampouco informantes”, observa a mãe do estudante Gustavo, 17. Segundo ela, só foi possível chegar ao local a tempo porque os dois saíram de casa com duas horas de antecedência.
Apesar de abordar apenas conteúdos do Ensino Médio, a avaliação exigiu concentração e atenção por parte dos alunos. “Foi uma prova cansativa e que manteve a característica de abordar temas atuais, apesar de nenhuma questão falar sobre as manifestações deste ano”, diz Souza.
No Grande ABC, além de trânsito lento no entorno dos locais de prova, foi possível observar muita correria entre os candidatos para chegar antes do fechamento dos portões. No entanto, alguns jovens tiveram de voltar para casa com a frustração de ter chegado atrasado e não poder participar do exame. Caso do estudante Isleyk Vieira de Lima, 20 anos, que chegou ao local do exame, no Centro Universitário Fundação Santo André, poucos segundos depois de o relógio marcar 13h. “Não me conformo. Fiz dois meses de cursinho para nada”, lamenta o estudante, que deseja cursar Direito.
Com medo dos imprevistos, a estudante Giulia Manocchi, 17, se programou e chegou com quase uma hora de antecedência. Acompanhada pela família e pelo namorado, a jovem veio preparada para o exame com água, barra de cereal, fruta e um lanchinho. “Vou começar pelas matérias que tenho mais dificuldade, como Química”, revela a moradora de Santo André, que deseja cursar Bacharelado em Ciência e Humanidades na UFABC (Universidade Federal do ABC).
Essa é segunda vez que a dona de casa Irailda dos Santos Sá, 35, tenta prestar o Enem. No ano passado, ela só conseguiu comparecer ao exame no sábado, já que, no domingo, não tinha com quem deixar os filhos. Ontem, a moradora de Santo André deixou as crianças com a madrinha de uma delas para encarar a prova, vista como oportunidade de mudar de vida e ingressar na faculdade de Psicologia.
BRASIL
Cerca de 7,1 milhões de pessoas em todo o País se inscreveram para a prova. O Ministério da Educação eliminou 24 candidatos que postaram fotos do exame na internet. Hoje serão aplicados testes de Linguagens e Matemática, além de redação. Os portões serão fechados às 13h. (com agências)
Pais e candidatos reclamam de falta de informações e poucos monitores
A dificuldade em identificar os prédios do Centro Universitário Fundação Santo André foi a principal reclamação observada no início da tarde de ontem. Tanto estudantes que chegaram atrasados e ficaram de fora da prova quanto os pais de alunos que conseguiram chegar a tempo foram unânimes em observar a falta de placas com informações sobre o local e poucos monitores para auxiliar os candidatos.
“Os jovens já chegam aqui com uma pressão psicológica grande e a tensão aumenta à medida que ficam perdidos procurando o prédio correto e não encontram ajuda”, destaca a bancária Rusia Maria da Silva, 44 anos, mãe da jovem treineira Karoline Ferreira, 15. Ambas relatam ter chegado ao espaço com meia hora de antecedência e encontrado dificuldade para encontrar o local exato do exame.
Para a analista Eva Neves, 43, faltou estrutura. “Sabemos que teria um volume intenso de pessoas, mas não vi esquema de trânsito especial e tampouco informantes”, observa a mãe do estudante Gustavo, 17. Segundo ela, só foi possível chegar ao local a tempo porque os dois saíram de casa com duas horas de antecedência.
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