DATA DA PUBLICAÇÃO 10/03/2013 | Cidade
Encontro só de minas em Mauá mostra cenário feminino do graffiti
No domingo, cinquenta grafiteiras, entre meninas da Região e de outros estados, vão colorir os muros do Zaíra, em Mauá. Foto: Divulgação
Evento promovido pelo Coletivo Comunidade Viva traz um dia inteiro de atividades artísticas no Jardim Zaíra
Neste domingo (10/03), a mulherada tem encontro marcado em Mauá. O primeiro encontro de graffiti feminino Só Minas, realizado pelo Coletivo Comunidade Viva, promoverá um dia com intervenções artísticas variadas e totalmente feitas por mulheres. Tratando-se de uma festa de graffiti, não poderia ser realizada em outro lugar a não ser ruas e vielas da cidade, ambiente natural dessa arte que nasceu e se criou nas quebradas.
Os números são expressivos: 50 grafiteiras; quatro grupos femininos de rap; apresentação de maracatu feminino; apresentação de dança afro; apresentação de dança flamenca; discotecagem; exposição de livros e venda de alimentos vegan. Durante todo o domingo as ações acontecerão simultaneamente ao graffiti.
De acordo com a organizadora do evento, a grafiteira Letícia Bezerra, conhecida como Leela, este é o primeiro encontro de mulheres grafiteiras na Região, mas tem tudo para acontecer outras vezes, inclusive em outros lugares. “Virão meninas de várias cidades e estados, nós de Mauá fazemos um intercâmbio de ideias e interagimos via redes sociais, mas principalmente através dos eventos”, disse.
Qualquer pessoa pode participar do Só Minas, é só chegar. É uma oportunidade de entretenimento e conhecimento para uma região carente como o Jardim Zaíra, em Mauá. “No começo a comunidade fica um pouco resistente, mas com o tempo começa a participar. Teremos arte em várias linguagens, é diversão para periferia e também autoafirmação, pois é um tipo de arte que fala diretamente com a realidade das pessoas”, destacou Leela, que mora no Zaíra.
Entre as presenças confirmadas estão quatro meninas do Coletivo Effêmera, que se dedica à arte contemporânea das ruas e também à história das mulheres no graffiti.
Por um mundo um pouco mais colorido
Para Leela, um grande diferencial das mulheres grafiteiras é que são muito compromissadas e interessadas. Por isso, apesar de serem minoria, conquistaram respeito com muito empenho. “Não sentimos preconceito no meio do graffiti, às vezes ele vem da família, que não entende muito o propósito dessa arte, mas quando percebem que é uma atividade profissional começam a compreender”, contou, acrescentando que nos desenhos das meninas é comum ver cores bem femininas como o rosa e o lilás, além de motivos delicados. Mas isso não é regra, algumas gostam de desenhos mais combativos, e todas elas sabem que cada uma tem seu estilo e não precisa se parecer com um desenho masculino para ser respeitado.
Comunidade Viva
O projeto comunitário Comunidade Viva foi fundado há dez anos por grafiteiros de Mauá com a finalidade de apoiar e promover iniciativas artísticas. Trata-se de um ponto de cultura itinerante que ensina e apresenta grafitti, circo, música e maracatu. Um dos projetos vinculados ao Coletivo mais conhecido é o Ocupação Graffiti, iniciativa mensal que integra a arte com a comunidade e oferece oficinas culturais. “O Ocupação Graffiti está suspenso desde novembro de 2012 por falta de apoio e patrocínio. É uma pena, porque a procura é muito grande, principalemente por parte das crianças, adolescentes e até mesmo das meninas. O importante é que não paramos de vez, fazemos ações isoladas, como o Só Minas, e aguardamos poder voltar à ativa”, contou Leela.
Serviço:
Só Minas
O evento Só Minas será realizado no domingo (10/03) a partir das 10h. Local: avenida Presidente Castelo Branco (viela Antonio Morgon) ao lado do supermercado Zaíra, Jardim Zaíra 4, em Mauá. Participação gratuita.
Neste domingo (10/03), a mulherada tem encontro marcado em Mauá. O primeiro encontro de graffiti feminino Só Minas, realizado pelo Coletivo Comunidade Viva, promoverá um dia com intervenções artísticas variadas e totalmente feitas por mulheres. Tratando-se de uma festa de graffiti, não poderia ser realizada em outro lugar a não ser ruas e vielas da cidade, ambiente natural dessa arte que nasceu e se criou nas quebradas.
Os números são expressivos: 50 grafiteiras; quatro grupos femininos de rap; apresentação de maracatu feminino; apresentação de dança afro; apresentação de dança flamenca; discotecagem; exposição de livros e venda de alimentos vegan. Durante todo o domingo as ações acontecerão simultaneamente ao graffiti.
De acordo com a organizadora do evento, a grafiteira Letícia Bezerra, conhecida como Leela, este é o primeiro encontro de mulheres grafiteiras na Região, mas tem tudo para acontecer outras vezes, inclusive em outros lugares. “Virão meninas de várias cidades e estados, nós de Mauá fazemos um intercâmbio de ideias e interagimos via redes sociais, mas principalmente através dos eventos”, disse.
Qualquer pessoa pode participar do Só Minas, é só chegar. É uma oportunidade de entretenimento e conhecimento para uma região carente como o Jardim Zaíra, em Mauá. “No começo a comunidade fica um pouco resistente, mas com o tempo começa a participar. Teremos arte em várias linguagens, é diversão para periferia e também autoafirmação, pois é um tipo de arte que fala diretamente com a realidade das pessoas”, destacou Leela, que mora no Zaíra.
Entre as presenças confirmadas estão quatro meninas do Coletivo Effêmera, que se dedica à arte contemporânea das ruas e também à história das mulheres no graffiti.
Por um mundo um pouco mais colorido
Para Leela, um grande diferencial das mulheres grafiteiras é que são muito compromissadas e interessadas. Por isso, apesar de serem minoria, conquistaram respeito com muito empenho. “Não sentimos preconceito no meio do graffiti, às vezes ele vem da família, que não entende muito o propósito dessa arte, mas quando percebem que é uma atividade profissional começam a compreender”, contou, acrescentando que nos desenhos das meninas é comum ver cores bem femininas como o rosa e o lilás, além de motivos delicados. Mas isso não é regra, algumas gostam de desenhos mais combativos, e todas elas sabem que cada uma tem seu estilo e não precisa se parecer com um desenho masculino para ser respeitado.
Comunidade Viva
O projeto comunitário Comunidade Viva foi fundado há dez anos por grafiteiros de Mauá com a finalidade de apoiar e promover iniciativas artísticas. Trata-se de um ponto de cultura itinerante que ensina e apresenta grafitti, circo, música e maracatu. Um dos projetos vinculados ao Coletivo mais conhecido é o Ocupação Graffiti, iniciativa mensal que integra a arte com a comunidade e oferece oficinas culturais. “O Ocupação Graffiti está suspenso desde novembro de 2012 por falta de apoio e patrocínio. É uma pena, porque a procura é muito grande, principalemente por parte das crianças, adolescentes e até mesmo das meninas. O importante é que não paramos de vez, fazemos ações isoladas, como o Só Minas, e aguardamos poder voltar à ativa”, contou Leela.
Serviço:
Só Minas
O evento Só Minas será realizado no domingo (10/03) a partir das 10h. Local: avenida Presidente Castelo Branco (viela Antonio Morgon) ao lado do supermercado Zaíra, Jardim Zaíra 4, em Mauá. Participação gratuita.
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