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DATA DA PUBLICAÇÃO 22/10/2011 | Setecidades
EMTU quer fim de integração gratuita
EMTU quer fim de integração gratuita Terminal Piraporinha: preço da eletrificação pode ser repassado ao usuário. Foto: Luciano Vicioni
Terminal Piraporinha: preço da eletrificação pode ser repassado ao usuário. Foto: Luciano Vicioni
Se depender da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), a integração gratuita entre trólebus e ônibus municipais de Diadema, realizada desde a década de 1990 nos terminais Diadema e Piraporinha, e no terminal de São Mateus, na Capital, está com os dias contados. A empresa não quer renovar os contratos anuais de prestação de serviços, enquanto as prefeituras não aceitarem cobrar dos usuários a tarifa integral de R$ 2,90 ou uma sobretaxa de R$ 1 entre o embarque e desembarque dos veículos municipais e intermunicipais.

De acordo com o prefeito de Diadema, Mário Reali, a cidade não quer aceitar a proposta, mas o prefeito da Capital, Gilberto Kassab, já teria acordado instalar a cobrança de R$ 1 no terminal de São Mateus. O novo recurso, argumenta a EMTU, servirá para pagar a manutenção do sistema elétrico do Corredor ABD, que liga São Mateus, na zona Leste da Capital, passa pelo ABCD e segue até Jabaquara, na zona Sul. Até então, alguns trechos do sistema operavam apenas com ônibus a diesel. “A conta deles não está fechando, então querem cobrar a diferença nas tarifas. Mas não vamos aceitar isso”, afirmou Reali.

Para o secretário Municipal de Transportes de Diadema, Ricardo Perez, a EMTU e a Metra, operadora do sistema, deveriam ter embutido o custo da eletrificação da rede no contrato de operação, ao invés de passar a conta para os usuários. “Se eles (EMTU e Metra) pagam o diesel dos veículos que circulam no corredor, que é muito mais caro que o sistema elétrico, como agora não é possível mais pagar?”, questionou.

O presidente da Câmara, Laércio Soares (PCdoB), ressaltou que o fim da integração gratuita é um desejo antigo da empresa. “Sempre que Diadema vai renovar os contratos, a EMTU tenta forçar essa situação”, lembrou.

O assunto se arrasta há dois meses, porém, uma reunião definitiva entre Prefeitura, EMTU e o secretário estadual de Desenvolvimento Metropolitano, Edson Aparecido, promete pôr fim ao problema. “Estamos pesquisando para saber se podemos fazer juridicamente algo a respeito”, revelou o prefeito. Ainda não há previsão para o início da cobrança.

Contramão - O deputado estadual Carlos Grana (PT) acredita que a decisão da EMTU é desastrosa e segue na contramão das políticas públicas de mobilidade urbana da Região Metropolitana de São Paulo. “Esse tipo de comportamento fará com que o usuário gaste muito mais ou então fuja do transporte público e dê preferência ao veículo particular. E o que queremos é justamente o contrário”, argumentou.

Grana irá sugerir que Reali articule os oito deputados estaduais da Região para interceder a favor de Diadema junto à empresa e ao governo estadual. “Estamos lutando para implantar o bilhete único na Região Metropolitana de São Paulo e não precisamos desse tipo de retrocesso”, avaliou.
Procurada por dois dias, a EMTU não se manifestou sobre o assunto até o fechamento desta edição.

Revoltados - Quem utiliza ônibus municipais e desembarca nos terminais Diadema e Piraporinha consegue usar outras linhas intermunicipais e trólebus pagando uma tarifa (R$ 2,80). Quem depende dos ônibus e trólebus gasta R$ 5,70 para ir e voltar.

Se a integração gratuita acabar e for cobrado R$ 1 na ida e volta, essa conta poderá aumentar para R$ 7,70, ou chegar a R$ 11,40, se for cobrada a passagem integral.

A funcionária pública Maria do Socorro, 37 anos, ficou revoltada com a notícia. “Faço tratamento da coluna na Capital e há dias em que vou lá duas vezes. Já acho absurdo ter de pagar o metrô. Precisamos de integração, e não de mais taxas”, criticou.

Para a auxiliar administrativa Daniela Mendes Silva, 32 anos, que usa ônibus e trólebus diariamente para trabalhar, a decisão da EMTU é absurda. “Sem filas ou organização, pegar um trólebus, de manhã, no terminal Piraporinha, é uma luta. Então se temos um transporte precário porque precisamos pagar mais caro por isso?”, questionou.

Por Claudia Mayara - ABCD Maior
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