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DATA DA PUBLICAÇÃO 02/02/2015 | Economia
Empresas da Região investem em sistemas de reutilização de água
Empresas da Região investem em sistemas de reutilização de água Sistema de tratamento da petroquímica Brasken, em Mauá, transforma a água de esgoto (à esquerda) em produto utilizado na refrigeração de equipamentos (à direita). Foto: Divulgação
Sistema de tratamento da petroquímica Brasken, em Mauá, transforma a água de esgoto (à esquerda) em produto utilizado na refrigeração de equipamentos (à direita). Foto: Divulgação
Dependendo do processo produtivo, a economia chega a 10 bilhões de litros durante o ano

Diante da crise hídrica que atinge a Grande São Paulo, muitas empresas passam a investir em sistemas de reutilização de água para reduzir o consumo e contribuir na economia dos recursos hídricos. No caso da petroquímica Braskem, em Mauá, quase 10 bilhões de litros de água deixaram de ser captados apenas utilizando água de reuso durante o ano.

Para chegar a estes resultados, a empresa consome 65% da capacidade do Aquapolo – projeto que produz água de reuso para fins industriais -, o que reduz a demanda por água potável utilizada, principalmente, nas torres de resfriamento. “Como a indústria não precisa de água potável em vários dos seus processos, como na produção de vapor através de caldeiras e sistemas de resfriamento, utilizamos esgoto tratado como insumo para essas ações”, explica Mario Pino, gerente de sustentabilidade da Braskem. Todo o sistema gerou investimento da ordem de R$ 364 milhões em 2012.

Outra petroquímica que depende da utilização de água durante o processo produtivo é a Basf, que na unidade de São Bernardo produz tintas. A meta da companhia é diminuir o consumo hídrico em 50%. Para alcançar o resultado, a empresa tem modernizado os processos e sensibilizado os funcionários sobre o uso consciente de água nas atividades cotidianas.

“A Região ainda é muito dependente do setor automotivo que não utiliza água na montagem dos veículos, mas seus fornecedores podem ser afetados. Por exemplo, na pintura das partes que compõe o carro, a empresa que faz a tinta pode sofrer com o abastecimento e acaba afetando o restante da produção”, alerta o diretor do Grupo de Meio Ambiente da Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), de São Bernardo, Luiz Roberto Tambolato.

Nos shoppings, as alternativas de abastecimento estão voltadas para a reutilização da água nos processos operacionais como descargas em vasos sanitários e resfriamento de ar-condicionado. No caso do Grand Plaza, em Santo André, que possui fluxo de público mensal de 1,5 milhão de pessoas, foram investidos R$ 5 milhões, em parceria com a General Water, para ter autossuficiência na captação de água por meio de um sistema de reuso. O volume de esgoto a ser tratado e reutilizado corresponde mensalmente a 8,3 milhões de litros, suficiente para abastecer uma comunidade de 300 mil pessoas.

“O empreendimento acaba economizando duas vezes: primeiro na conta de água e esgoto, segundo na compra de água, que chegam a 50% caso a operação fosse com autarquias de abastecimento”, disse Sergio Luiz Oliva Nascimento, diretor de operações da General Water.

Estratégias para reduzir o consumo são urgentes para as academias, que têm registrado aumento no número de banhos dentro das instalações porque os alunos querem economizar nas próprias residências. Na unidade da academia Bio Ritmo de São Caetano, a conscientização dos clientes por meio de comunicação visual foi intensificada por banhos mais rápidos e atenção com torneiras abertas.

O gerente Alexandre dos Santos Leite conta que uma das piscinas da unidade foi desativada no final do ano passado e os cerca de 300 mil litro de água está sendo utilizada na limpeza da academia. “O processo de encerramento das atividades na piscina começou em junho e, desde então, começamos a perceber redução de 20% no consumo de água”, afirma.

Falta de água também prejudica plantações e encarece alimentos

A falta de chuvas em todo o Estado e as limitações em relação à irrigação das hortas têm gerado impactos significativos nos preços dos alimentos que abastecem o ABCD desde o início do ano passado. De acordo com levantamento da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) divulgado nesta quinta-feira (29/01), o ritmo de aumento no valor desembolsado na compra do conjunto de itens básicos da cesta básica continua crescendo e no mês de janeiro fechou a R$ 470, o que representa aumento de 3,95% em relação ao mês anterior.

O engenheiro agrônomo da Craise, Fábio Vezzá de Benedetto, avalia que o grupo de alimentos hortifrutigranjeiro é o que mais sofre variações de preços. “Devido aos fatores climáticos, principalmente o calor extremo e a crise hídrica, estes itens apresentam maior impacto e vemos o reflexo disso nos preços praticados junto ao consumidor”, afirma.

Neste mês, dos seis itens que apresentaram aumento no valor, quatro são deste grupo. O quilo da batata teve o maior impacto, com 68,65% de aumento, seguido pelo quilo da cebola (14,40%), do tomate (13,45%) e alface (9,26%) em custos adicionais.

Por Iara Voros - ABCD Maior
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