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DATA DA PUBLICAÇÃO 28/03/2012 | Informática
Empresas cultivam ''exército voluntário'' digital
São 200 mil no Facebook, 300 mil no LinkedIn e 25 mil no Twitter. Na rede interna (corporativa), há nada menos do que 400 mil perfis e 17 mil blogs.

Eles se declaram IBMers, membros da 'nação' surgida em torno de uma das mais antigas empresas de tecnologia do mundo.

A IBM é o exemplo mais vigoroso da adoção do"social business", um dos temas do Fórum Mundial de Mídia Social, que ocorre nesta semana em Londres.

O conceito implica mais peso para o fator humano e para a coletividade nos processos decisórios das companhias. Na prática, coloca sobre a mesa do executivo, ao lado de planilhas de análise de concorrência e números de faturamento, as opiniões e ideias de consumidores e funcionários.

"O 'social business' envolve mais transformações culturais do que tecnológicas", afirma Delphine Rémy-Boutang, gerente de marketing para mídia social da IBM e diretora executiva da consultoria The Social Bureau. "É uma abordagem estratégica de longo prazo para formatar uma cultura de negócio, algo que depende fortemente da liderança corportativa e inclui processos, gestão de risco, controle financeiro e análise de negócio."

Outra gigante no mercado de tecnologia, a Dell tem canais diretos com consumidores há cerca de duas décadas. Em 1996, desenvolveu fóruns de discussão no site da empresa. Seis anos atrás, criou a primeira equipe de trabalho de campo on-line, que conversa com blogueiros e usuários de redes sociais de todo o mundo, gerando troca de informações e estreitando o relacionamento com pessoas que, não raro, saem em defesa da marca.

Hoje, o centro de comando de monitoramento da Dell registra cerca de 22 mil menções da marca ao dia. "Os maiores desafios são saber lidar com um grande volume de conversas e direcionar as ideias coletadas para os lugares certos da empresa", considera Kerry Bridge, diretora de mídia social da companhia. "Estrutura e treinamento são a chave."

O IdeaStorm e o XPS 13 são algumas das plataformas criadas pela empresa para incentivar o crowd-sourcing (criação coletiva, em tradução livre). O primeiro, nascido em 2007, já recebeu mais de 16 mil ideias, 480 delas implementadas após votação dentro da própria comunidade.

Funcionários
Vetar comentários, ainda que extraoficialmente, sobre a empresa nas redes sociais ainda é algo comum - mas ineficaz, destacam especialistas.

"A mídia social é um campo aberto, e para estar nele você deve abolir a ideia de controle", resume Lauren Gerstner, gerente global de comunicações e estratégia de mídia social da Nokia Care, divisão de atendimento da fabricante finlandesa de celulares.

Na empresa, funcionários são orientados sobre como agir nas redes sociais. "Incentivamos a atuação nas redes, a transparência quanto ao vínculo com a Nokia e a contribuição com o conhecimento que eles detêm", afirma Lauren.

O treinamento, além de evitar deslizes, pode trazer ganhos à empresa. "Temos mais de 5.000 funcionários treinados para lidar com as mídias sociais, e muitos deles veem o que se diz nesses canais como parte de seu trabalho", diz Kerry Bridge, da Dell.

Delphine relata que, já em 1997, a IBM recomendou aos funcionários que usassem a internet, em um tempo no qual a regra era restringir o acesso à web. Atualmente, a companhia mantém um programa educativo sobre redes sociais.

Por Mary Persia - Enviada Especial a Londres
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