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DATA DA PUBLICAÇÃO 15/07/2015 | Política
Empresa fantasma de lobista da Lava Jato fica no Grande ABC
Empresa fantasma de lobista da Lava Jato fica no Grande ABC Foto: Estadão Conteúdo
Foto: Estadão Conteúdo
Apontado na Operação Lava Jato como operador do PMDB no esquema de corrupção montado na Petrobras, o lobista Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, é sócio majoritário da Technis Planejamento e Gestão em Negócios Ltda, com sede em Ribeirão Pires. A equipe do Diário esteve no local e, apesar do vínculo, o proprietário jamais foi visto no escritório. Preso há oito meses na carceragem da Polícia Federal no Paraná, ele é acusado de ser o elo entre os desvios da estatal e peemedebistas, intermediando pagamentos da propina. A empresa, com registro de atividade de consultoria empresarial, teve o sigilo bancário quebrado por determinação da Justiça.

A Technis entrou em operação em 1999 e possui Armando Furlan Júnior, cunhado de Baiano, dentro do quadro societário. Nenhum funcionário trabalha na sala comercial do edifício Menato, situada no Centro. Pelo contrário. No espaço, funciona outra empresa: Locanety Locações e Serviços, sendo mencionada somente como escritório virtual. Porteiro do prédio relatou que “nunca viu a presença de nenhum dos representantes da Technis”. “Sei que o dono apareceu nos jornais por conta da Lava Jato, mas por aqui ele não apareceu”, disse, ao considerar que a firma pode ter sido aberta no município devido à baixa alíquota de ISS (Imposto sobre Serviços).

No mesmo lugar em Ribeirão, de acordo com a Junta Comercial, atuaria também a Manas Gestão em Negócios Ltda, ligada a Baiano, com atividade semelhante à Technis. A proximidade é familiar, assim como ocorre em outras ações do empresário, envolvendo a irmã e a mãe, usadas, segundo o Ministério Público Federal, como laranjas em acordos. Isso porque Furlan Júnior aparece de sócio na empresa ao lado de Gustavo Falcão Soares, irmão do lobista, que entrou com R$ 19,4 mil de participação.

O Banco Central encontrou R$ 2 milhões nas contas da empresa. A firma, citada em espécie de offshore, é uma das conexões da Lava Jato para apurar as movimentações de dinheiro no Exterior. A empreiteira Andrade Gutierrez, nas informações que prestou à Receita Federal, alegou ter contratado a companhia para suposta prestação de serviços no valor total de R$ 3,164 milhões. “A quebra judicial de sigilo confirmou a transferência de pelo menos R$ 1,187 milhão em 2007 da Andrade Gutierrez para a Technis, restando obscuro o modo de repasse do remanescente”, justificou o juiz federal Sérgio Moro, ao pedir a prisão de executivos da construtora.

Para a força-tarefa da PF, a utilização da Technis por Baiano “para a lavagem de recursos oriundos, imediatamente da Andrade Gutierrez e mediatamente da Petrobras, é clara”. Manifesta ainda a incapacidade operacional da empresa do lobista para prestar os serviços na ordem apresentada.

Os advogados de Baiano não foram localizados para comentar o assunto.

Por Fabio Martins - Diário do Grande ABC
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