DATA DA PUBLICAÇÃO 17/10/2012 | Economia
Empresa demite 400 em obra da Petrobras na Região
Obra deveria estar concluída em setembro deste ano, mas ainda está no início. Foto: Amanda Perobelli
Tenace Engenharia deixou estação de bombeamento de gás inacabada no km 48,5 da Anchieta
Cerca de 400 funcionários da construção civil, terceirizados pela Petrobras em São Bernardo, foram demitidos nesta segunda-feira (15/10). A Tenace Engenharia e Consultoria, empresa prestadora de serviço para a estatal, não pagou dois meses de salários, não concedeu os benefícios e nem concluiu as obras no km 48,5 da via Anchieta.
A Tenace foi contratada pela Petrobras para realizar a construção e montagem eletromecânica das obras de edificação da estação de bombeamento de gás de São Bernardo e ampliação no terminal de Cubatão. Fazia parte do contrato a prestação de serviços para o Projeto 1 PDD (Plano Diretor de Dutos) SP Petróleo para a Recap (Refinaria de Capuava) e GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) para Recap/Utigás, no Estado de São Paulo. A empresa é especializada na prestação de serviços técnicos de engenharia, atua em diversos segmentos da construção e tem sede na Bahia. O prazo previsto de conclusão era de 13 meses, de julho de 2011 a setembro de 2012.
As obras estão bem no início, apesar do prazo do contrato já ter acabado. Os trabalhadores afirmaram que os problemas começaram em julho. “Não tínhamos ferramentas e materiais para trabalhar, e então o serviço foi atrasando. Não recebemos os salários de agosto e setembro. Como a empresa não tinha como pagar, estamos em casa desde agosto, só recebendo promessas de pagamentos e de retomada do serviço e dos benefícios como transporte e ticket refeição”, afirmou o armador Luiz Vicente Silva, 30 anos.
Mais problemas - Cláudio Bernardo da Silva, secretário geral do Sintracon (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de São Bernardo e Diadema), afirmou que está acompanhando os problemas e buscando soluções com a empresa.
“Negociamos diversas vezes com os representantes da empresa, e as promessas deles não foram cumpridas. Diziam que estavam com problemas internos e que logo resolveriam. Agora, fazemos as homologações dos trabalhadores e oferecemos apoio jurídico”, explicou o sindicalista.
Os trabalhadores afirmaram que diversos fornecedores da Tenace também foram prejudicados pela falta de pagamento. A empresa é responsável por obras em outros estados.
Trabalhadores em Camaçari, na Bahia; São José dos Campos, Interior de São Paulo, e em Manaus, no Amazonas, fizeram greve no início de setembro pelos mesmos problemas. A Petrobras informou que não irá se pronunciar e a Tenace também não deu informações a respeito do assunto até o fechamento desta edição.
Trabalhadores param Pollone em São Bernardo
Os trabalhadores da autopeças Arnaldo Pollone, no Bairro Planalto, em São Bernardo, estão de braços cruzados há uma semana e acampados desde sexta-feira (12/11) em frente à fábrica. Os motivos são demissões, falta de pagamento de benefícios e melhorias nas condições de trabalho. Nesta terça-feira (16/10), representantes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC participarão de uma reunião com os diretores da empresa para buscar soluções e retomar a produção.
O diretor do sindicato, Nelsi Rodrigues, o Morcegão, explicou que a empresa passa por dificuldades financeiras há cinco anos. “Está com atrasos no recolhimento do FGTS e não repassa à Previdência o desconto do INSS. Além das cem demissões em dezembro de 2011sem o pagamento dos direitos trabalhistas.”
A greve começou no dia 8 por falta de negociação da campanha salarial deste ano, em que os trabalhadores reivindicavam o reajuste de 8%. A empresa solicitou o julgamento do dissídio coletivo para resolver a questão e aceitou na primeira reunião de conciliação o valor, mas os funcionários resolveram manter a greve para discutir sobre os benefícios atrasados e irregulares. “A reunião de conciliação foi quinta-feira (11/10) e ficou decidido de o sindicato apresentar uma nova proposta sobre essas questões na terça-feira (16) e assim evitar o julgamento. Mas o problema é que no dia 12 (sexta) os trabalhadores que moram próximo à empresa perceberam uma movimentação de retirada de maquinários ”, afirmou Morcegão.
“Percebemos que iriam retirar as máquinas e avisamos a todos. Desde o dia 12 estamos acampados em frente à fábrica, nos revezando para impedir que retirem qualquer equipamento. No sábado (13/10), a empresa demitiu 31 funcionários por telegrama. Tememos que a empresa decrete falência”, afirmou o operador de pontiadeira Flávio Rodrigo Prado, 30 anos.
Cerca de 400 funcionários da construção civil, terceirizados pela Petrobras em São Bernardo, foram demitidos nesta segunda-feira (15/10). A Tenace Engenharia e Consultoria, empresa prestadora de serviço para a estatal, não pagou dois meses de salários, não concedeu os benefícios e nem concluiu as obras no km 48,5 da via Anchieta.
A Tenace foi contratada pela Petrobras para realizar a construção e montagem eletromecânica das obras de edificação da estação de bombeamento de gás de São Bernardo e ampliação no terminal de Cubatão. Fazia parte do contrato a prestação de serviços para o Projeto 1 PDD (Plano Diretor de Dutos) SP Petróleo para a Recap (Refinaria de Capuava) e GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) para Recap/Utigás, no Estado de São Paulo. A empresa é especializada na prestação de serviços técnicos de engenharia, atua em diversos segmentos da construção e tem sede na Bahia. O prazo previsto de conclusão era de 13 meses, de julho de 2011 a setembro de 2012.
As obras estão bem no início, apesar do prazo do contrato já ter acabado. Os trabalhadores afirmaram que os problemas começaram em julho. “Não tínhamos ferramentas e materiais para trabalhar, e então o serviço foi atrasando. Não recebemos os salários de agosto e setembro. Como a empresa não tinha como pagar, estamos em casa desde agosto, só recebendo promessas de pagamentos e de retomada do serviço e dos benefícios como transporte e ticket refeição”, afirmou o armador Luiz Vicente Silva, 30 anos.
Mais problemas - Cláudio Bernardo da Silva, secretário geral do Sintracon (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de São Bernardo e Diadema), afirmou que está acompanhando os problemas e buscando soluções com a empresa.
“Negociamos diversas vezes com os representantes da empresa, e as promessas deles não foram cumpridas. Diziam que estavam com problemas internos e que logo resolveriam. Agora, fazemos as homologações dos trabalhadores e oferecemos apoio jurídico”, explicou o sindicalista.
Os trabalhadores afirmaram que diversos fornecedores da Tenace também foram prejudicados pela falta de pagamento. A empresa é responsável por obras em outros estados.
Trabalhadores em Camaçari, na Bahia; São José dos Campos, Interior de São Paulo, e em Manaus, no Amazonas, fizeram greve no início de setembro pelos mesmos problemas. A Petrobras informou que não irá se pronunciar e a Tenace também não deu informações a respeito do assunto até o fechamento desta edição.
Trabalhadores param Pollone em São Bernardo
Os trabalhadores da autopeças Arnaldo Pollone, no Bairro Planalto, em São Bernardo, estão de braços cruzados há uma semana e acampados desde sexta-feira (12/11) em frente à fábrica. Os motivos são demissões, falta de pagamento de benefícios e melhorias nas condições de trabalho. Nesta terça-feira (16/10), representantes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC participarão de uma reunião com os diretores da empresa para buscar soluções e retomar a produção.
O diretor do sindicato, Nelsi Rodrigues, o Morcegão, explicou que a empresa passa por dificuldades financeiras há cinco anos. “Está com atrasos no recolhimento do FGTS e não repassa à Previdência o desconto do INSS. Além das cem demissões em dezembro de 2011sem o pagamento dos direitos trabalhistas.”
A greve começou no dia 8 por falta de negociação da campanha salarial deste ano, em que os trabalhadores reivindicavam o reajuste de 8%. A empresa solicitou o julgamento do dissídio coletivo para resolver a questão e aceitou na primeira reunião de conciliação o valor, mas os funcionários resolveram manter a greve para discutir sobre os benefícios atrasados e irregulares. “A reunião de conciliação foi quinta-feira (11/10) e ficou decidido de o sindicato apresentar uma nova proposta sobre essas questões na terça-feira (16) e assim evitar o julgamento. Mas o problema é que no dia 12 (sexta) os trabalhadores que moram próximo à empresa perceberam uma movimentação de retirada de maquinários ”, afirmou Morcegão.
“Percebemos que iriam retirar as máquinas e avisamos a todos. Desde o dia 12 estamos acampados em frente à fábrica, nos revezando para impedir que retirem qualquer equipamento. No sábado (13/10), a empresa demitiu 31 funcionários por telegrama. Tememos que a empresa decrete falência”, afirmou o operador de pontiadeira Flávio Rodrigo Prado, 30 anos.
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