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DATA DA PUBLICAÇÃO 12/06/2011 | Setecidades
Empresa de ônibus que colidiu com trem opera com permissão precária
O ônibus que derrapou e caiu do viaduto da rua Felipe Camarão, em São Caetano, nesta quinta-feira (09/06), pertence à empresa Interbus Transporte Urbano e Interurbano Ltda., que é uma das 18 permissionárias do ABCD que operam sob contrato de permissão precária, não atendendo à exigência constitucional que prevê processo de licitação. No acidente, 14 pessoas ficaram feridas.

De acordo com o presidente da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), Joaquim Lopes, os contratos mais antigos entre as empresas da Região e o governo do Estado datam da década de 1970. Os mais novos são de 1986.

Para regularizar a situação do transporte coletivo no ABCD, a EMTU publicou licitações por quatro vezes nos últimos anos, mas os empresários não mostraram interesse em participar. “Tenho uma sentença do MP (Ministério Público) e do governo do Estado de que essa licitação deve sair, mas já houve a publicação e não tivemos procura”, afirmou Lopes.

O processo licitatório permitirá que a EMTU estabeleça direitos e deveres para as empresas de ônibus. “Conseguiremos cobrar idade média da frota, investimentos em tecnologia e acessibilidade”, salientou o presidente da EMTU.

Até o ano passado, a Interbus era de propriedade do empresário Ronan Maria Pinto. Atualmente, o dono da empresa de ônibus é João Setti Braga.

O ABCD MAIOR tentou contato com a Interbus por três vezes na tarde desta quinta-feira, mas foi informada que não havia ninguém da empresa para comentar o assunto.

O acidente - O ônibus da viação Interbus caiu por volta das 9h30 do viaduto na rua Felipe Camarão, em São Caetano, sobre os trilhos da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), entre as estações São Caetano e Utinga. Assim que o coletivo rompeu a mureta de contenção e despencou, um trem da linha 10 Turquesa (Luz - Rio Grande da Serra) bateu na parte dianteira do ônibus intermunicipal 101, linha São Caetano-Ipiranga.

Ao todo, 13 das 14 pessoas que ficaram feridas foram levadas ao Hospital Albert Sabin, em São Caetano. Não houve feridos dentro do trem que transportava 700 passageiros. A composição ferroviária apenas sofreu estragos na parte frontal. Já o ônibus ficou destruído.

A motorista do ônibus, Lilian de Souza Freitas – hospitalizada no Mário Covas, em Santo André, com leve trauma de crânio e contusão torácica – dirigia um ônibus em condições adequadas, de acordo com a EMTU. O veículo despencou com o lado esquerdo voltado para o chão e a locomotiva se chocou com a parte da frente do ônibus. Na hora do acidente chovia. O viaduto, de paralelepípedos e molhado, pode ter contribuído para o acidente.

Para o comandante do policiamento do ABCD, coronel Roberval Ferreira França, a motorista “perdeu o controle na via de acesso do viaduto”. O coronel confirmou que a batida só não foi pior porque havia obras ferroviárias em um trecho anterior. “O maquinista já vinha em velocidade abaixo do normal.”
O gerente de operações da CPTM, Francisco Pierrini, informou que o maquinista acionou o processo de emergência, que diminui gradativamente a parada da composição.

Durante a tarde, nove pacientes já haviam tido alta. Gabriela Belvis e Tiago de Paula foram para a UTI com fratura na costela e suspeita de trauma raquimedular, respectivamente. No início da noite, Tiago deixou a UTI. Sírio de Souza sofreu traumatismo craniano leve. Marcia Vicentino teve luxação de quadril e foi encaminhada à Beneficência Portuguesa. Carolina Guimarães foi transferida para a UTI do Maria Braido.

Remoção - Uma locomotiva foi utilizada para desobstruir a área do acidente às 11h30. Bombeiros tiveram de utilizar pás para retirar o barro em volta dos veículos para fazer a remoção. No final da manhã, o trem foi puxado para trás para que o ônibus também pudesse ser retirado.

Dois helicópteros Águia, 20 viaturas policiais e 20 carros do Corpo de Bombeiros foram mobilizados na operação. O capitão Eduardo Trigo da Silva, do Corpo de Bombeiros, informou que o ônibus da Interbus saiu do ponto final, em São Caetano, às 9h20. “A motorista dirigiu por quase 1,5 km.”

Correria - Os passageiros do trem foram os primeiros a prestar atendimento às vitimas do ônibus. “Cheguei a sentir o impacto no primeiro vagão. Houve muito desespero por parte de alguns passageiros e começamos a verificar se havia muitos feridos”, relatou o motorista Eduardo Alves da Silva.

De acordo com o passageiro, em um primeiro momento houve a desconfiança de que se tratava de um atentado.

Em nota, a EMTU/SP – gerenciadora do sistema de transporte metropolitano por ônibus – declarou que “está apurando as responsabilidades junto à empresa permissionária e acompanhará com rigor a assistência às vítimas”. A empresa informou que o veículo envolvido pertence à Interbus Transporte Urbano e Interurbano Ltda., tem 5,5 anos de uso e a última inspeção, com validade de um ano, foi feita em 25 de fevereiro de 2011.

Por Caio Luiz e Vladimir Ribeiro - ABCD Maior
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