DATA DA PUBLICAÇÃO 20/09/2016 | Informática
Empresa cria ''Orwl'', o computador que autodestrói seus dados
Computador Orwel com chaveiro que bloqueia e desbloqueia o sistema. (Foto: Divulgação/Design Shift)
A Design Shift, uma empresa especializada na criação de produtos com design e funções inovadoras, atingiu a meta de 25 mil dólares (cerca de R$ 80 mil) na campanha de financiamento coletivo para construir o "Orwl", um computador focado na segurança física do hardware e destrói as informações armazenadas caso detecte um invasor.
O computador tem duas diferenças principais em relação a sistemas comuns. A primeira é um rádio de comunicação NFC e Bluetooth que permite que o computador seja bloqueado e desbloqueado com um chaveiro ativado por proximidade. Com isso, o computador é automaticamente bloqueado quando o dono se afasta da máquina.
A segunda diferença é um mecanismo de proteção física que destrói a chave que criptografa os conteúdos armazenados na unidade de estado sólido (SSD). Qualquer tentativa de abrir a máquina fará com essa chave seja apagada, resultando, na prática, na eliminação de todos os dados, já que não é possível fazer a leitura deles sem essa chave. Seria preciso um enorme esforço computacional - décadas ou séculos em um supercomputador - para gerar novamente uma chave idêntica que pudesse ler os arquivos.Computador Orwl
A máquina tem um formato compacto e utiliza o mesmo tipo de hardware presente em notebooks ultrafinos de ponta, a linha "Core M" da Intel. Esses processadores sacrificam desempenho para consumir menos energia e produzir menos calor, dispensando o uso de ventoinhas. Com isso, o sistema também é silencioso.
A configuração básica, com o Core M3, 120 GB de armazenamento em SSD e 8 GB de RAM custa US$ 699 (cerca de R$ 2.300, na conversão direta e sem impostos). Uma versão mais avançada, feita de vidro, com 480 GB de armazenamento e Core M7 sai por US$ 1.250 (cerca de R$ 4.000) e o Windows pode ser instalado por mais US$ 50.
A proteção física fica a cargo de um microcontrolador alimentado por uma bateria cuja função é detectar qualquer tentativa de intrusão nos componentes. Segundo a Design Shift, a bateria pode manter esse chip ligado por até seis meses sem necessitar de recarga.
O nome do sistema, "Orwl", deriva de George Orwell, pseudônimo do escritor Eric Arthur Blair. Em seu romance "1984", Orwell retrata uma distopia em que a vida das pessoas está sob constante vigilância. O adjetivo "orwelliano" é usado com certa frequência na língua inglesa para descrever políticas ou tecnologias que violem a privacidade das pessoas. O "Orwl", portanto, seria um sistema para se proteger dessas violações.
O computador tem duas diferenças principais em relação a sistemas comuns. A primeira é um rádio de comunicação NFC e Bluetooth que permite que o computador seja bloqueado e desbloqueado com um chaveiro ativado por proximidade. Com isso, o computador é automaticamente bloqueado quando o dono se afasta da máquina.
A segunda diferença é um mecanismo de proteção física que destrói a chave que criptografa os conteúdos armazenados na unidade de estado sólido (SSD). Qualquer tentativa de abrir a máquina fará com essa chave seja apagada, resultando, na prática, na eliminação de todos os dados, já que não é possível fazer a leitura deles sem essa chave. Seria preciso um enorme esforço computacional - décadas ou séculos em um supercomputador - para gerar novamente uma chave idêntica que pudesse ler os arquivos.Computador Orwl
A máquina tem um formato compacto e utiliza o mesmo tipo de hardware presente em notebooks ultrafinos de ponta, a linha "Core M" da Intel. Esses processadores sacrificam desempenho para consumir menos energia e produzir menos calor, dispensando o uso de ventoinhas. Com isso, o sistema também é silencioso.
A configuração básica, com o Core M3, 120 GB de armazenamento em SSD e 8 GB de RAM custa US$ 699 (cerca de R$ 2.300, na conversão direta e sem impostos). Uma versão mais avançada, feita de vidro, com 480 GB de armazenamento e Core M7 sai por US$ 1.250 (cerca de R$ 4.000) e o Windows pode ser instalado por mais US$ 50.
A proteção física fica a cargo de um microcontrolador alimentado por uma bateria cuja função é detectar qualquer tentativa de intrusão nos componentes. Segundo a Design Shift, a bateria pode manter esse chip ligado por até seis meses sem necessitar de recarga.
O nome do sistema, "Orwl", deriva de George Orwell, pseudônimo do escritor Eric Arthur Blair. Em seu romance "1984", Orwell retrata uma distopia em que a vida das pessoas está sob constante vigilância. O adjetivo "orwelliano" é usado com certa frequência na língua inglesa para descrever políticas ou tecnologias que violem a privacidade das pessoas. O "Orwl", portanto, seria um sistema para se proteger dessas violações.
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