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DATA DA PUBLICAÇÃO 19/08/2011 | Saúde e Ciência
Empresa chinesa lança outra ''pulseira do equilíbrio'' no Brasil
Uma nova "pulseira do equilíbrio" deve ser lançada no Brasil a partir de setembro.

Só que a promessa terapêutica, desta vez, não vem de um holograma bioquântico, como nos célebres braceletes da empresa Power Balance, mas de uma liga de metal que libera íons negativos.

O "conceito" da nova iBalance é o seguinte: o ar poluído da cidade deixa o corpo carregado de íons positivos, provocando um desequilíbrio no metabolismo. Segundo a Oregon Scientific, que criou o produto, a faixa de metal da pulseira neutraliza o excesso desse tipo de íon, trazendo como benefícios menos fadiga e até um sono melhor.

A empresa, que produz equipamentos eletrônicos como laptops infantis e monitores cardíacos, tem sede na China, mas a pulseira foi desenvolvida no Japão.
O certificado de eficácia também vem desse país, emitido por uma entidade chamada Associação Japonesa de Pesquisa e Aplicação de Íons.
"Durante a fabricação, a pulseira recebe uma carga de íons negativos, que são absorvidos pela pele", diz Carolina Sacramento, gerente de negócios da Oregon no Brasil.

Para Leandro Tessler, professor de física da Unicamp, essa explicação não tem base científica.

"Não sei de nenhum estudo sério que aponte que o excesso de íons positivos causa desequilíbrio no metabolismo", afirma.

Segundo Tessler, uma liga metálica não pode liberar íons se não for alimentada por eletricidade. "Ainda que gerasse íons negativos, resta saber como eles entrariam na circulação", diz.

Proibição

A empresa afirma que não fará propaganda dos benefícios terapêuticos da pulseira, nem mesmo em anúncios nas embalagens.

"Temos a certificação do Japão, mas ainda assim deixamos claro que não é de uso terapêutico, é para auxiliar", diz Sacramento.

A representante da empresa afirma que essa medida foi tomada para atender a regulamentação da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), que proíbe a publicidade de efeitos terapêuticos não comprovados.

Em setembro de 2010, após ter sido informada por reportagem da Folha, a Vigilância proibiu que as marcas de pulseiras Power Balance (americana) e Life Extreme (a genérica brasileira) anunciassem em seus sites propriedades atribuídas aos produtos como "ativação da circulação sanguínea" e "maior equilíbrio corporal".

Por Guilherme Genestreti - Folha Online, São Paulo
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