DATA DA PUBLICAÇÃO 27/11/2011 | Cidade
Empreiteiras emperram UFABC em Mauá, afirma ministro
Para Haddad, terreno será comprado até o fim do ano. Foto: Luciano Vicioni
Fernando Haddad diz que atraso nas obras provoca receio em iniciar a construção de nova unidade
O terreno do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) localizado no Parque São Vicente, em Mauá, será adquirido até dezembro pelo MEC (Ministério da Educação) para a construção de campus da UFABC (Universidade Federal do ABC) no município. Apesar disso, ainda não há previsão de quando as obras terão início. Em entrevista ao ABCD MAIOR, o ministro da Educação, Fernando Haddad, creditou a falta de definição ao atraso das empreiteiras responsáveis pela finalização das unidades de Santo André e São Bernardo.
O campus de Santo André foi o primeiro a ser instalado na Região, com aulas iniciadas em 2006 em imóvel alugado. As atividades foram transferidas para o prédio definitivo em 2008, mas o campus ainda não foi finalizado. Cerca de 80% das obras foram entregues e o restante precisou passar por novo processo de licitação. A estimativa é que esteja completo em 2014. Em São Bernardo, o primeiro prédio definitivo foi entregue neste ano, com previsão de conclusão total das obras para 2013.
“Estamos comprando o terreno e vamos elaborar o projeto arquitetônico do campus em Mauá. Mas não podemos pressionar a universidade para assumir compromisso sem equacionar as duas cidades onde já há atividades acadêmicas. Estamos fazendo uma mediação responsável, entendendo que Mauá tem todo direito a um campus. Assim que a universidade tiver conforto em relação às obras onde já há atividades acadêmicas, poderemos iniciar a construção do novo campus”, garantiu o ministro.
Abandono - Haddad ressalta que o atraso das empreiteiras é o principal empecilho nas negociações relacionadas com a nova unidade. Para o ministro, a grande quantidade de obras em execução do País faz com que muitas empreiteiras abandonem projetos em execução para iniciar outros de maior valor.
“As empreiteiras hoje se dão ao luxo de muitas vezes abandonar um canteiro para pegar uma obra mais rentável. Isso está complicando não só a educação, mas outras obras. Tem havido conflito de interesse entre poder público e a empresa contratada. A legislação precisa ser aperfeiçoada para punir condutas que não são condizentes, sobretudo na educação”, sugeriu o ministro.
Planejamento - Procurada para comentar as declarações de Haddad, a pró-reitora de Planejamento da UFABC, Rosana Denaldi, declarou que a possibilidade de um terceiro campus é defendida pela direção, mas a nova unidade precisa ser bem planejada para oferecer condições adequadas de funcionamento.
“Não é preciso começar a funcionar antes que o campus esteja totalmente concluído, ou seja, em obras. É possível planejar seu funcionamento de forma democrática, discutindo projeto acadêmico e prazos nas instâncias colegiadas e iniciar atividades apenas quando as obras forem concluídas”, ressaltou a docente, frisando que, apesar de o assunto ainda não ter sido deliberado pelo conselho da universidade, a UFABC não pretende iniciar as aulas em local provisório.
O terreno do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) localizado no Parque São Vicente, em Mauá, será adquirido até dezembro pelo MEC (Ministério da Educação) para a construção de campus da UFABC (Universidade Federal do ABC) no município. Apesar disso, ainda não há previsão de quando as obras terão início. Em entrevista ao ABCD MAIOR, o ministro da Educação, Fernando Haddad, creditou a falta de definição ao atraso das empreiteiras responsáveis pela finalização das unidades de Santo André e São Bernardo.
O campus de Santo André foi o primeiro a ser instalado na Região, com aulas iniciadas em 2006 em imóvel alugado. As atividades foram transferidas para o prédio definitivo em 2008, mas o campus ainda não foi finalizado. Cerca de 80% das obras foram entregues e o restante precisou passar por novo processo de licitação. A estimativa é que esteja completo em 2014. Em São Bernardo, o primeiro prédio definitivo foi entregue neste ano, com previsão de conclusão total das obras para 2013.
“Estamos comprando o terreno e vamos elaborar o projeto arquitetônico do campus em Mauá. Mas não podemos pressionar a universidade para assumir compromisso sem equacionar as duas cidades onde já há atividades acadêmicas. Estamos fazendo uma mediação responsável, entendendo que Mauá tem todo direito a um campus. Assim que a universidade tiver conforto em relação às obras onde já há atividades acadêmicas, poderemos iniciar a construção do novo campus”, garantiu o ministro.
Abandono - Haddad ressalta que o atraso das empreiteiras é o principal empecilho nas negociações relacionadas com a nova unidade. Para o ministro, a grande quantidade de obras em execução do País faz com que muitas empreiteiras abandonem projetos em execução para iniciar outros de maior valor.
“As empreiteiras hoje se dão ao luxo de muitas vezes abandonar um canteiro para pegar uma obra mais rentável. Isso está complicando não só a educação, mas outras obras. Tem havido conflito de interesse entre poder público e a empresa contratada. A legislação precisa ser aperfeiçoada para punir condutas que não são condizentes, sobretudo na educação”, sugeriu o ministro.
Planejamento - Procurada para comentar as declarações de Haddad, a pró-reitora de Planejamento da UFABC, Rosana Denaldi, declarou que a possibilidade de um terceiro campus é defendida pela direção, mas a nova unidade precisa ser bem planejada para oferecer condições adequadas de funcionamento.
“Não é preciso começar a funcionar antes que o campus esteja totalmente concluído, ou seja, em obras. É possível planejar seu funcionamento de forma democrática, discutindo projeto acadêmico e prazos nas instâncias colegiadas e iniciar atividades apenas quando as obras forem concluídas”, ressaltou a docente, frisando que, apesar de o assunto ainda não ter sido deliberado pelo conselho da universidade, a UFABC não pretende iniciar as aulas em local provisório.
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