NOTÍCIA ANTERIOR
Bancários querem ampliar a greve para agências dos bairros
PRÓXIMA NOTÍCIA
Greve dos bancários fechou 227 agências no ABCD nesta terça-feira
DATA DA PUBLICAÇÃO 14/10/2015 | Economia
Empregados da GM vivem clima de tensão
 Empregados da GM vivem clima de tensão Foto: Denis Maciel/DGABC
Foto: Denis Maciel/DGABC
Tensão e desesperança. Esses são os sentimentos relatados por muitos funcionários da fábrica da General Motors em São Caetano, após a empresa decidir que desde a quinta-feira passada seria encerrado o segundo turno, e seriam colocados mais 1.600 empregados dessa unidade fabril em lay-off (suspensão temporária de contrato), em ambos os casos até março de 2016.

A equipe do Diário foi ontem até o portão 4 da empresa, na Avenida Goiás, e conversou com diversos trabalhadores da produção na saída da fábrica. A preocupação dos que ficaram trabalhando no primeiro turno (agora único e que vai das 6h até as 15h) se explica, já que, além da tristeza pelo afastamento de amigos com quem conviviam, muitos veem como incerta a perspectiva de retomada do mercado automotiva no início de 2016. “Quem ficou, ficou triste pelo amigos que foram embora (suspensos)”, relatou um dos empregados, sem se identificar. “É difícil, porque todo ano é a mesma coisa, só começa depois do Carnaval”, acrescentou. Outro empregado disse que há receios até de quem estava no segundo turno e foi remanejado para trabalhar de manhã.

A expectativa de retomada em janeiro seria importante para que a empresa não demita, já que, além dos que foram deixando em casa agora e só retornam em março, há outros 756 que já estavam suspensos, parte deles (cerca de 260) desde outubro e, os demais, desde maio. Todos voltam à fábrica dia 9 de janeiro, isso se a economia reagir.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, afirmou que se a situação não melhorar no início de 2016, deve ser reaberta negociação com a companhia para se buscar alternativas e tentar evitar que haja cortes. E a revisão nas projeções da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) mostra que a situação não é boa. Em junho, a entidade estimava que as vendas cairiam 20,6% no fechamento do ano e, agora, já espera queda de 27,4%.

Ontem, funcionários na saída da fábrica também relataram rumores de que, em meio às vendas retraídas e estoques altos – há tanto carro nos pátios que até o clube de campo da GM no Riacho Grande está com veículos guardados, segundo o sindicato –, as tradicionais férias coletivas de fim de ano e início do próximo podem ser esticadas e chegar a 45 dias. Entre dezembro de 2014 e janeiro, houve folga de 20 dias, entre as coletivas e day-off (com desconto no banco de horas). A informação, no entanto, não foi confirmada nem pela empresa nem pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano. “Ainda não temos definição sobre o tema”, disse, em nota, a montadora.

NA EXPECTATIVA - Um dos trabalhadores que já estavam em lay-off cita que a expectativa é de apreensão, ainda mais pela falta de informações. “Ninguém avisa quando vai ter assembleia, nos sentimos abandonados”, disse. Ele recebeu telegrama informando da volta ao trabalho em 9 de janeiro e está aguardando para a retomada dos cursos do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), obrigatórios para quem está com o contrato suspenso, daqui a duas semanas.

Por Leone Farias - Diário do Grande ABC
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Economia
25/09/2018 | Operação mira sonegação de R$ 100 mi de grupos cervejeiros e cerca Proibida
25/09/2018 | Greve na Argentina cancela voos no Brasil nesta terça-feira
25/09/2018 | Demanda por GNV aumenta até 350% após alta na gasolina
As mais lidas de Economia
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7719 dias no ar.