NOTÍCIA ANTERIOR
No Brasil, 41% da população é contra testes com animais, revela pesquisa
PRÓXIMA NOTÍCIA
Britânicos descobrem anticorpo capaz de neutralizar vírus da dengue
DATA DA PUBLICAÇÃO 16/12/2014 | Saúde e Ciência
Em urgências SUS é melhor opção que convênios médicos
Em urgências SUS é melhor opção que convênios médicos Mesmo com convênio médico, Márcia Velasques prefere usar a UPA Rudge Ramos quando tem alguma emergência médica. Foto: Rodrigo Pinto
Mesmo com convênio médico, Márcia Velasques prefere usar a UPA Rudge Ramos quando tem alguma emergência médica. Foto: Rodrigo Pinto
Usuários garantem que unidades públicas são mais ágeis do que saúde privada

A cada ano, o número de reclamações sobre os convênios médicos tem aumentado. Dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) mostram que 2013 liderou a quantidade de queixas (37.172) no Estado de São Paulo nos últimos cinco anos. Porém, a expectativa é que este ano, o índice ultrapasse. Até novembro, 32 mil reclamações chegaram ao órgão nacional, sendo a maioria sobre cobertura.

Diante de convênios médicos caros e falhos em atendimento, o SUS (Sistema Único de Saúde) tem sido uma opção cada vez mais atraente, principalmente em casos de urgência e emergência, graças aos investimentos dos governos municipais, estadual e federal.

Conforme o coordenador do GT (Grupo de Trabalho) da Saúde do Consórcio Intermunicipal, Homero Nepomuceno Duarte, diversos fatores levam à migração da saúde privada para a pública. Entre eles, está o fato de os convênios estarem saturados de pacientes. “A rede privada amplia a rede, após ter certeza do crescimento”, disse. Outro aspecto citado foi a distância do hospital credenciado para a residência do conveniado.

Duarte, que também é secretário de Saúde de Santo André, afirmou que o município investe 28% (R$ 449 milhões) do orçamento na Pasta. “A demanda impulsiona a readequação e mais melhorias. Vamos nos preparando para os desafios constantes, conforme acontecem”, afirmou.

Exemplo - A professora Márcia Velasques, 48 anos, faz parte deste fenômeno, pois prefere o atendimento da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Rudge Ramos, em São Bernardo, pelo menor tempo de espera, melhor organização, limpeza e atendimento de qualidade.

“Optei pela saúde pública quando percebi que os investimentos do governo federal começaram a chegar ao município. O atendimento no sistema privado está pior: tempo de espera, tempo de consulta, tempo para exames, autorizações e burocracia”, considerou Márcia, que possui plano de saúde empresarial, mas já teve que aguardar quase um mês para conseguir autorização e agendar uma pulsão da tiroide.

A tecnologia utilizada pela UPA também chamou a atenção da professora, que estava acostumada com procedimentos mais burocráticos na saúde particular. “Fiquei impressionada com o equipamento de raio X, não é velho e barulhento, é todo digital. A imagem já vai para a tela do computador do médico. E a cereja do bolo? Você sai com os remédios que vai tomar. Não gasta um tostão”, disse.

Conforme a secretária de Saúde de São Bernardo, Odete Gialdi, a distribuição das nove UPAs e a classificação de risco agilizam o atendimento e facilitam o acesso aos munícipes. “Ainda assim, é importante a discussão de políticas públicas para melhorar mais o serviço de saúde pública.”

Preço dos convênios faz idosos procurarem SUS
Conforme a idade avança, o preço dos convênios médicos também aumenta, se tornando, muitas vezes, impossível de pagar. Conforme apurado pelo ABCD MAIOR, um plano intermediário individual pode ter custo inicial de R$ 300 até os 18 anos. Para 59 anos ou mais, o valor pode passar de R$ 3,5 mil, dependendo da empresa ou tipo de atendimento.

Foi o caso da jornalista Sônia Regina Nabarrete, 61 anos, que não paga convênio há cinco anos. Mesmo com receio de precisar mais de assistência médica por conta da idade, Sônia não teve problemas em utilizar o SUS. “Marcar exame não é muito rápido, mas sai. Na recepção eles priorizam os casos mais sérios e, por isso, demora mais. No convênio, quando precisei de exames, também demorou”, comentou.

Entretanto, a situação é mais complicada quando a necessidade é algum procedimento cirúrgico ou tratamento de alguma doença crônica. Como o aposentado Angelo Frate, 71 anos, que está sem convênio médico há cerca de cinco anos. “No convênio também demora até chegar à primeira consulta, mas tem acompanhamento”, argumentou Glauce Frate, filha do aposentado.

De acordo com a ANS, o valor dos convênios são divididos entre dez faixas etárias e o preço da última faixa pode ser, no máximo, seis vezes maior do que o preço inicial.

Desconto - A Associação dos Metalúrgicos Aposentados oferece aos associados um desconto de 45% do plano para idosos, com base no preço da operadora Santa Amália (baixando a mensalidade para cerca de R$ 400). “Plano de saúde para idoso é difícil até de encontrar quem aceita o cadastro. Quando aceita, é muito acima do orçamento. Aqui nós acompanhamos o uso e o plano não tem carências”, explicou Lúcia de Fátima da Silva Martins, sócia proprietária da ABN, administradora de benefícios. Para solicitar o benefício, basta ser aposentado e associado, e pagar uma taxa de R$ 30.

Por Jessica Marques - ABCD Maior
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Saúde e Ciência
20/09/2018 | Campanha contra sarampo e poliomielite segue na região
19/09/2018 | É melhor dormir com ou sem meias?
19/09/2018 | Forma de andar mostra os vícios de postura
As mais lidas de Saúde e Ciência
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7718 dias no ar.