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DATA DA PUBLICAÇÃO 05/04/2016 | Política
Em São Bernardo, Lula discursa a metalúrgicos em meio a panelaço
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou ontem para metalúrgicos do Grande ABC debaixo de panelaço. Durante ato pró-democracia e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), realizado em frente à sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo, moradores de prédios do entorno protestaram batendo panelas e gritando palavras de ordem contra o ex-presidente.

O evento foi convocado pelo sindicato, que formou politicamente o ex-presidente e que sempre realizou comícios pró-Lula naquela região. O ato de ontem formalizou o lançamento da ‘Frente ABC contra o golpe’, coletivo que reúne entidades sindicais contrárias ao impeachment.

Antes de Lula subir no caminhão de som, por volta das 19h30, o protesto de bate panelas feito por moradores de prédios contra o governo e o PT era ouvido. Durante todo o ato, os gritos de “olê, olê, olá, Lula, Lula” e de “não vai ter golpe” duelavam com o som do panelaço. Por esse motivo, lideranças que anteciparam Lula no discurso esbravejavam ao microfone. Militantes, funcionários comissionados e sindicalistas balançavam bandeiras do PT, do Brasil, da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e acenderam sinalizadores vermelhos.

Em sua fala, Lula voltou a defender a democracia e o mandato de Dilma, frisando que a presidente não cometeu crime de responsabilidade. O ex-presidente reutilizou a alfinetada contra o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB). “Não tenho nada contra o Temer. Só digo uma coisa: se ele quiser ser presidente (da República), dispute eleição. Esse negócio de encurtar o caminho (para o poder) não dá certo”, enfatizou Lula, tirando aplausos da militância. No sábado, em ato pró-governo em Fortaleza, no Ceará, o petista criticou Temer por ser professor de Direito e saber que “o que estão fazendo (com Dilma) é golpe”.

Lula também indicou que, uma vez ministro-chefe da Casa Civil – o STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu sua nomeação e deve decidir sobre isso nesta semana –, deverá interferir na política econômica do governo. Desde o início do segundo mandato de Dilma, o ajuste fiscal e as medidas de austeridade promovidas por Dilma têm sido duramente criticados por movimentos sociais e por partidos de esquerda, inviabilizando a unidade na defesa da presidente. “É preciso dar uma mexida na política econômica. A gente tem de entender que, na nossa casa, quando a nossa mãe faz uma comida e erra no tempero, a gente não joga ela fora, a gente ajuda a mãe a cozinhar melhor”, comparou o ex-presidente.

Lula estava ladeado de lideranças petistas do Grande ABC, como os prefeitos do partido na região Carlos Grana (Santo André), Luiz Marinho (São Bernardo) e Donisete Braga (Mauá), além dos deputados estaduais Teonílio Barba, Ana do Carmo, Luiz Fernando Teixeira e Luiz Turco. Vereadores petistas da região também estavam no palanque. Aos chefes dos Executivos da sigla, o ex-presidente pediu mobilização durante o andamento do processo de impeachment, na Câmara dos Deputados.

Segundo os organizadores, o ato reuniu 5.000 pessoas. A PM (Polícia Militar) estimou o público entre 1.300 e 1.500 participantes.

Por Júnior Carvalho - Diário do Grande ABC
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