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DATA DA PUBLICAÇÃO 09/01/2018 | Setecidades
Em Santo André, mercado que já foi tradição se perde a cada ano
Em Santo André, mercado que já foi tradição se perde a cada ano Comércio na Vila Vilma, ícone pela variedade de serviços na década de 1970, amarga abandono. Foto: Celso Luiz/DGABC
Comércio na Vila Vilma, ícone pela variedade de serviços na década de 1970, amarga abandono. Foto: Celso Luiz/DGABC
Amplo imóvel que só não pode ser classificado como ‘fantasma’ porque há alguns poucos comércios sobreviventes. Assim é o Mercado Municipal de Santo André, localizado na Avenida Santos Dumont, 371, Vila Vilma. O que já foi referência na cidade nas décadas de 1970 e 1980 pela variedade de serviços, agora, a cada ano que passa, é tomado pelo abandono.

De junho de 2015, quando o Diário publicou reportagem sobre a precariedade do local, praticamente nenhuma transformação positiva ocorreu. Apesar de ter a palavra ‘municipal’ no nome, o mercado não é de responsabilidade da Prefeitura andreense, mas sim de grupo de empresários com razão social Condomínio de Prédio Mercado Municipal de Santo André.

À época da reportagem do Diário, um dos principais problemas era a situação crítica dos banheiros, que não ofereciam condições mínimas para atender ao público e quem trabalha nas instalações. Agora, a estrutura sanitária oferece condições de uso, sendo essa a única mudança ocorrida de lá para cá.

No restante do ambiente, tudo igual: fachada pichada, vidros quebrados, telhado em péssimas condições. A maior parte dos 240 boxes instalados está fechada. Na sexta-feira, quando a equipe do Diário esteve no local, estavam abertos apenas um comércio de venda de bebidas; outro de frutas e legumes; um bar; um escritório gráfico e uma barbearia. Os comerciantes não quiseram conversar com a equipe de reportagem, alegando que não possuem autorização da administração para falarem sobre o local.

Outra parte dos boxes segue sendo utilizada como depósito de mercadorias e os espaços desocupados estão à disposição para serem alugados, a preços que vão de R$ 400 até R$ 1.000.

NOSTALGIA

Com tão pouco a oferecer, a clientela do local é basicamente mantida pelo vínculo de amizade com os comerciantes que lá estão. “Tenho amigos aqui, então sempre que posso venho tomar minha cerveja e cortar o cabelo”, fala o aposentado Mauro Devecchia, 66 anos, morador de Mauá. Sozinho, no balcão do bar e em meio ao silêncio que toma conta do espaço, é com tristeza que ele vê o cenário. “Gosto daqui. É um lugar histórico, de tradição. Tenho dó de ver isso deteriorando”, desabafa.

Para um frequentador que preferiu não se identificar, não há interesse de investimento por parte dos responsáveis pelo local. “A maioria tem comércio fora daqui e usa os boxes só para depósito de mercadorias, então vão querer investir em revitalização para o quê?”, indaga.

Um cliente da barbearia, que também preferiu não se identificar, era freguês assíduo do mercado nos tempos áureos. “Conheci em 1973. Tinha de tudo para comprar, não faltava nada. Fazíamos todas as compras aqui, mas aí a concorrência foi chegando, foram sendo abertos supermercados. Aqui foi caindo o movimento até chegar como está agora”, fala. “Bem que eu gostaria que voltasse àquele tempo, mas é difícil”, lamenta.

A administradora do mercado, conhecida por Lucia, está de férias. O Diário tentou contato com ela para questionar sobre a possibilidade de revitalização do local, mas a representante declarou que tirou “uns dias para descansar”.

Por Vanessa de Oliveira - Diário do Grande ABC
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