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DATA DA PUBLICAÇÃO 30/06/2016 | Esportes
Em obras, Rio corre contra o tempo
“O Rio de Janeiro é um grande canteiro de obras”, foi o que disse o taxista Romeu Barreiro pouco depois de eu entrar em seu carro rumo a Deodoro, uma das principais praças dos Jogos Olímpicos em agosto. E não foram necessários muitos quilômetros para que as palavras dele fossem comprovadas. Máquinas, vaivém de caminhões carregados de materiais, operários aos montes – na mesma proporção de obras paralisadas, vale salientar – dentro e fora das instalações que receberão competições, além de muito, muito trânsito. Tudo faz parte dos preparativos finais da Cidade Maravilhosa para sediar a 31ª edição da Olimpíada – de verão, mas que será no inverno brasileiro.

As instalações de Deodoro ficam em uma zona militar do Rio de Janeiro, onde normalmente o silêncio impera a maior parte do tempo. Entretanto, o barulho de serras, martelos, motores e qualquer outra máquina que emita ruído se mistura e dá mostras de que existe uma corrida contra o tempo por ali.

Nada está 100% pronto. Pelo menos no que diz respeito a instalações para torcedores, porque os campos, quadras, pistas e tanques do complexo já foram, inclusive, testados. No quesito acabamento, ainda há muito a se fazer.

Deodoro vai receber competições de rúgbi, hóquei sobre grama, as provas de esgrima e natação do pentatlo moderno, a primeira fase do basquete feminino, BMX, mountain bike, canoagem slalom e hipismo. Algumas das estruturas já existiam por terem recebido o Pan, em 2007, e os Jogos Militares, em 2011, mas também houve muita construção do zero que ainda depende de capricho para não ser alvo de críticas ou descontentamentos de atletas e mídia.

Nem todos os espaços foram visitados ontem, quando o Comitê Rio 2016 recebeu a equipe do Diário. Mas dá para sentir que nos quesitos disposição, confiança e trabalho os funcionários da terra do Carnaval estão nota 10.

CT do Bope e Exército chama atenção

O complexo esportivo de Deodoro é muito grande e localizado dentro de zona militar. Não é surpresa cruzar com homens fardados no interior ou nas cercanias das instalações olímpicas. Mas o que chama a atenção ao lado das estruturas que receberão o BMX, o mountain bike e a canoagem slalom é o centro de treinamento do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) da Polícia Militar do Rio e do Exército para incursão em favelas.

O setor que abriga estas três modalidades esportivas é, sem dúvida, um dos mais belos do complexo e tem como diferencial contar com estrutura que vai permanecer pós-Jogos, inclusive uma parte do tanque de canoagem sendo aberta ao público da comunidade em volta, como opção para se refrescar no forte calor carioca.

Aliás, apesar de a localidade não receber as provas de canoagem de velocidades – serão na Lagoa Rodrigo de Freitas –, ontem a Confederação Brasileira da modalidade convocou a Seleção, que terá o campeão mundial Isaquias Queiroz, Erlon Souza, Ana Paula Vergutz, Gilvan Ribeiro e Edson Silva.

A organização também divulgou os grupos do rúgbi e o time masculino do Brasil ficará em chave complicada, ao lado da tradicional Argentina, Fiji e Estados Unidos. As mulheres terão Canadá, Grã-Bretanha e Japão como adversárias iniciais.

Jornalistas estrangeiros demonstram preocupações

O mundo estará de olho no Rio de Janeiro a partir de 5 de agosto, data da abertura dos Jogos Olímpicos. Ou melhor, o planeta já está observando a maneira como a capital fluminense está se preparando para receber o maior evento esportivo do planeta. E os jornalistas até fazem elogios, sugerem situações, mas não escondem a preocupação com o acabamento das obras.

Ontem, em visita a Deodoro, era evidente o semblante carregado de incerteza dos visitantes. “O Rio é uma cidade preciosa, mas não tinha muita infraestrutura para receber os Jogos Olímpicos. Para Londres, havia estrutura prévia e trabalharam em cima dela. Aqui, tiveram de fazer muitas coisas do zero e isso traz muitas complicações”, avaliou a mexicana Marion Raimers, 31 anos. “Vejo com muita apreensão e como algo montado para a televisão. Não vai deixar muito para os brasileiros”, continuou ela.

“Quero ver como a organização vai resolver esse problema de mobilização”, questiona o colombiano John Miranda, 44, citando a distância entre a Barra e Deodoro – uma hora em via normal, sem trânsito.

Problemas de Jogos passados também rendem confrontos. “Comparam a organização dos Jogos daqui com a situação da Grécia, em 2004. Mas depois da Copa do Mundo deu para ver que é o jeito do brasileiro de fazer as coisas, na última hora. Os brasileiros sabem improvisar, algo que o europeu não sabe”, opinou a francesa Melaine Ferreira, 27.

Por Dérek Bittencourt - Enviado ao Rio de Janeiro / Diário do Grande ABC
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