DATA DA PUBLICAÇÃO 11/10/2007 | Política
Em Mauá, Leonel Damo troca um secretário a cada 41 dias
Secretário de Mauá na gestão do prefeito Leonel Damo (PV) tem vida curta. Desde que o chefe do Executivo assumiu – em 6 de dezembro de 2005, após um ano de disputa jurídica com o petista Márcio Chaves –, já foram 15 mudanças no primeiro escalão.
A 16ª será hoje de manhã, quando o vereador Paulo Bio (PMDB) assumirá a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Social. Isso significa uma troca de secretário a cada 41 dias. É como se praticamente todo o secretariado – são 17 Pastas – tivesse sido alterado em 22 meses de gestão.
A maioria das mudanças ocorreu após o ingresso no governo do atual superintendente da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) e articulador político de Damo, Francisco Carneiro, o Chiquinho do Zaíra (PSB), em outubro do ano passado. As alterações foram necessárias para acomodar os aliados políticos de Chiquinho, que também trocaram a oposição pela base do governo.
Damo não entende ser exagerado o número de trocas em menos de dois anos de gestão. “Para melhorar a administração, pode mudar até 100 vezes.” Depois, admite que as mudanças tiveram caráter político. “Nem sempre são razões técnicas. A gente precisa ter amparo político para poder trabalhar.”
E o recorde de mudanças em Mauá deve aumentar. Por conta da eleição municipal, pelo menos nove secretários devem deixar as pastas até abril, já que serão candidatos a vereador. “Se for necessário, vamos fazer mais trocas na hora certa.”
Educação e Assistência Social estão entre as "intocáveis"
Das 17 secretarias, nove ainda estão ‘intocáveis’. Entre elas, Administração, Assistência Social, Habitação, Obras e Serviços Urbanos. Os secretários empossados por Damo em dezembro de 2005 ainda permanecem no cargo.
Para Silvia Regina Grecco, da Assistência Social, a estabilidade facilita a execucação de um plano de ação. “Quando não dá para fazer um planejamento a médio e longo prazos fica difícil alcançar os resultados. O ideal é que as pessoas possam encerrar seus projetos.” Irmã do vereador Edgar Grecco (PDT), Silvia diz que gostaria de continuar no comando da pasta. “Se depender de mim, fico até o último dia do governo Damo.”
A secretária de Educação, Ângela Donatiello Lopes, concorda. “O fato do prefeito não ter mexido com a secretaria é, talvez, por conta do trabalho que temos desenvolvido. Essa estabilidade dá um respaldo para desenvolver projetos”, disse Ângela, que é mulher do vereador Manoel Lopes (DEM).
“Acho muito ruim quando há qualquer tipo de mudança. É inevitável que haja ruptura do trabalho quando outro secretário assume.”
Sama e Desenvolvimento foram as que mais mudaram
Os comandos da Sama e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Social foram os recordistas de mudanças na gestão de Damo. Foram quatro titulares em cada desde dezembro de 2005.
O vereador Cincinato Freire (PSDC) foi o recordista em permanência à frente de uma pasta. Em dezembro, o parlamentar comandou a Secretaria da Saúde por apenas 20 dias. Ele deixou o cargo após ver seu nome envolvido no escândalo do PCC (Primeiro Comando da Capital) em Mauá.
O presidente da Câmara, Alberto Betão Pereira Justino (PSB), também teve passagem-relâmpago no primeiro escalão de Damo. O socialista ficou 21 dias à frente da Sama e retornou ao Legislativo em dezembro para se candidatar à presidência da Casa.
Betão admite que sua temporada na autarqua foi por questão política. “Foi estratégico. Tínhamos que mostrar que o Chiquinho estava vindo para o governo com poderes. Mas reconheço que não deu para executar nenhum projeto. Nem mesmo cheguei a conhecer todos os funcionários da Sama”, disse o vereador.
Saúde, Governo, Finanças e Esportes já trocaram de secretários duas vezes cada.
A 16ª será hoje de manhã, quando o vereador Paulo Bio (PMDB) assumirá a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Social. Isso significa uma troca de secretário a cada 41 dias. É como se praticamente todo o secretariado – são 17 Pastas – tivesse sido alterado em 22 meses de gestão.
A maioria das mudanças ocorreu após o ingresso no governo do atual superintendente da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) e articulador político de Damo, Francisco Carneiro, o Chiquinho do Zaíra (PSB), em outubro do ano passado. As alterações foram necessárias para acomodar os aliados políticos de Chiquinho, que também trocaram a oposição pela base do governo.
Damo não entende ser exagerado o número de trocas em menos de dois anos de gestão. “Para melhorar a administração, pode mudar até 100 vezes.” Depois, admite que as mudanças tiveram caráter político. “Nem sempre são razões técnicas. A gente precisa ter amparo político para poder trabalhar.”
E o recorde de mudanças em Mauá deve aumentar. Por conta da eleição municipal, pelo menos nove secretários devem deixar as pastas até abril, já que serão candidatos a vereador. “Se for necessário, vamos fazer mais trocas na hora certa.”
Educação e Assistência Social estão entre as "intocáveis"
Das 17 secretarias, nove ainda estão ‘intocáveis’. Entre elas, Administração, Assistência Social, Habitação, Obras e Serviços Urbanos. Os secretários empossados por Damo em dezembro de 2005 ainda permanecem no cargo.
Para Silvia Regina Grecco, da Assistência Social, a estabilidade facilita a execucação de um plano de ação. “Quando não dá para fazer um planejamento a médio e longo prazos fica difícil alcançar os resultados. O ideal é que as pessoas possam encerrar seus projetos.” Irmã do vereador Edgar Grecco (PDT), Silvia diz que gostaria de continuar no comando da pasta. “Se depender de mim, fico até o último dia do governo Damo.”
A secretária de Educação, Ângela Donatiello Lopes, concorda. “O fato do prefeito não ter mexido com a secretaria é, talvez, por conta do trabalho que temos desenvolvido. Essa estabilidade dá um respaldo para desenvolver projetos”, disse Ângela, que é mulher do vereador Manoel Lopes (DEM).
“Acho muito ruim quando há qualquer tipo de mudança. É inevitável que haja ruptura do trabalho quando outro secretário assume.”
Sama e Desenvolvimento foram as que mais mudaram
Os comandos da Sama e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Social foram os recordistas de mudanças na gestão de Damo. Foram quatro titulares em cada desde dezembro de 2005.
O vereador Cincinato Freire (PSDC) foi o recordista em permanência à frente de uma pasta. Em dezembro, o parlamentar comandou a Secretaria da Saúde por apenas 20 dias. Ele deixou o cargo após ver seu nome envolvido no escândalo do PCC (Primeiro Comando da Capital) em Mauá.
O presidente da Câmara, Alberto Betão Pereira Justino (PSB), também teve passagem-relâmpago no primeiro escalão de Damo. O socialista ficou 21 dias à frente da Sama e retornou ao Legislativo em dezembro para se candidatar à presidência da Casa.
Betão admite que sua temporada na autarqua foi por questão política. “Foi estratégico. Tínhamos que mostrar que o Chiquinho estava vindo para o governo com poderes. Mas reconheço que não deu para executar nenhum projeto. Nem mesmo cheguei a conhecer todos os funcionários da Sama”, disse o vereador.
Saúde, Governo, Finanças e Esportes já trocaram de secretários duas vezes cada.
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