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DATA DA PUBLICAÇÃO 17/03/2016 | Cidade
Em Mauá falta água, mas Alckmin diz que crise acabou
Em Mauá falta água, mas Alckmin diz que crise acabou Por causa da constante falta de água em Mauá, Soneide, 50 anos, que morou até os 40 no Ceará, pensa em voltar para a terra natal: 'Lá a gente tinha água a hora que queria'. Foto: Rodrigo Pinto
Por causa da constante falta de água em Mauá, Soneide, 50 anos, que morou até os 40 no Ceará, pensa em voltar para a terra natal: 'Lá a gente tinha água a hora que queria'. Foto: Rodrigo Pinto
Bairros mais altos são os que mais sofrem; cidade foi primeira do ABCD a ter corte no abastecimento

“Pode até ser que a seca tenha acabado, mas só lá onde vive o governador. Pois aqui a água só aparece de madrugada.” É só de madrugada mesmo que Soneide Rodrigues da Silva, 50 anos, consegue lavar roupa, louça e até tomar banho. A dona de casa é moradora do Parque das Américas, em Mauá, primeira cidade do ABCD a ser empurrada para o racionamento. Ao contrário do que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) tem afirmado sobre o fim da crise hídrica no Estado, no município, a falta de água está longe de acabar.

Por isso, não é à toa que Soneide, que viveu até os 40 na cidade natal, em Carnaubal, a 270 quilômetros de Fortaleza, pensa em voltar para o Ceará. “Lá a gente tinha água a hora que queria. Abrir torneira aqui é pra sentir vento. Eu quero é voltar, pois pagar para ficar sem água não dá”, reclamou a dona de casa. Mauá depende totalmente da Sabesp (Companhia de Saneamento de São Paulo) para encher os três reservatórios municipais. Já o gerenciamento do nível desses sistemas e a distribuição da água são de responsabilidade da Sama (Saneamento Básico de Mauá).

Desde 2014 a companhia gerenciada por Alckmin decretou a diminuição da quantidade de água para diversas cidades, principalmente Mauá. Os moradores tiveram de se adaptar, desde então, com dias seguidos de racionamento. Os lugares que mais sofrem são os bairros altos, como é o caso do Parque das Américas.

A Sama explica: “A Sabesp, além de ter reduzido o fornecimento em quase 40% desde a crise hídrica, fecha os registros todas as vezes que o nível atinge cerca de 30% da capacidade dos nossos reservatórios. Isso impede que os técnicos da Sama mantenham o volume necessário para aplicar o revezamento e minimizar a situação de bairros mais elevados, que passam dias sem receber água nas torneiras, tendo que ser abastecidos por caminhões-pipa.”

Dessa forma, além de usar menos que o mínimo de água, muitos lares de Mauá passaram a armazenar o recurso ou mesmo comprar mais caixas-d’água. “E mesmo com a caixa, tem dia que a gente só vai ter água na torneira depois da meia-noite. É ruim isso. Acumula roupa, vasilha suja. É desrespeitoso”, comentou o entregador Carlos André dos Santos, 34 anos. Há oito anos ele vive em Mauá. “Nunca vi a situação ficar assim. Como ando bastante pela cidade, sei que tem bairros em que a água chega mais rápido. Mas para a gente que mora no alto demora bastante”, criticou.

Nesta semana, a Sabesp informou que aumentou o volume enviado para os reservatórios de Mauá. A Sama critica e afirma, porém, que ainda não é possível operar com a quantidade disponibilizada pela empresa estadual. “Sobre o abastecimento em Mauá, a Sabesp informa que, com o fim da crise hídrica, tem ampliado gradativamente o envio de água para todos os clientes. Em Mauá, a água fornecida passou de 950 l/s para 980 l/s, um aumento de 3,2%. Vale ressaltar que o município é responsável pela distribuição dessa água, que é suficiente para a demanda”, garantiu a empresa de Alckmin.

Por Renan Fonseca - ABCD Maior
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