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DATA DA PUBLICAÇÃO 26/04/2016 | Política
Em crise, governo Grana paga R$ 4,8 mi a serviço de ciclofaixa
 Em crise, governo Grana paga R$ 4,8 mi a serviço de ciclofaixa Foto:  Marina Brandão/DGABC
Foto: Marina Brandão/DGABC
Apesar do período de crise nas finanças, o governo do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), pagou o valor de R$ 4,878 milhões em apenas um ano e quatro meses à World Center Comércio Importação e Exportação Ltda, empresa responsável pela operação da ciclofaixa de lazer na cidade. A administração petista firmou o contrato com a companhia no início de 2015, dentro da vigência de 12 meses. O termo foi renovado em janeiro do atual exercício, com mudanças na proposta, sob a quantia de até R$ 3,3 milhões no ano, dependendo da quantidade de eventos durante o mês.

Série de fornecedores do Paço tem recebido pagamentos com atraso médio que varia de cinco a oito meses. O montante envolvido no contrato com a World Center, no entanto, é quitado praticamente em dia. Somente no ano passado, segundo o Portal da Transparência da Prefeitura, a gestão depositou R$ 3,732 milhões dos cofres públicos à empresa. Neste segundo exercício de prestação de serviço, a companhia já obteve R$ 1,145 milhão do erário, embora o governo defenda que o custo da operação diminuiu com a redução do percurso da ciclofaixa. Mais R$ 2,014 milhões foram empenhados para o restante do ano.

Os recursos oriundos para quitação dos débitos provêm do fundo municipal de trânsito, que é abastecido por dinheiro de infrações no setor. A verba pode ser utilizada, por exemplo, para pagamento da folha de profissionais da área, gestão operacional, sinalização, campanha de conscientização e ciclovias.

Mesmo com o corte de valores, o gasto previsto com a operação ainda é considerado alto. Em 2015, a quantia contratada era de até R$ 5 milhões. A Prefeitura falava em alcançar financiamento privado para manutenção da atividade. Por outro lado, apesar de algumas negociações, o investimento particular não se efetivou no município, ao contrário do que ocorreu na cidade de São Paulo, comandada pelo prefeito Fernando Haddad (PT), onde parte do projeto é custeado pela empresa Bradesco Seguros.

O contrato assinado pela gestão petista está sendo tocado pela Secretaria de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos. O MP (Ministério Público) investiga denúncia de que o acordo apresenta indícios de prejuízo aos cofres por conta dos preços do aluguel de equipamentos para a realização do serviço, como cones e viaturas. Na peça, impetrada no ano passado, a acusação aponta superfaturamento dos valores inseridos no convênio. O material entregue à Promotoria questiona a forma do contrato, expertise da World Center e a quantia cobrada pela empresa.

A World Center é empresa situada em São Caetano, que possui no quadro societário Aida Salomão Tannuri e Jorge Eduardo Tannuri. Até 2005, advogado e político Sérgio Tannuri (PRB) fazia parte da direção. Ligado ao deputado federal Celso Russomanno (PRB), Sérgio é vice-presidente da executiva municipal do partido.

Procurada por volta das 16h, a Prefeitura não se posicionou sobre o assunto.

Por Fabio Martins - Diário do Grande ABC
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