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DATA DA PUBLICAÇÃO 07/06/2010 | Esportes
Em '''cenário'' perfeito para causar boa impressão, Brasil pega Tanzânia no último jogo antes da Copa
Meia Kaká terá um teste para saber suas condições físicas para a Copa O cenário está montado em Dar Es Salaam, e o adversário da seleção brasileira é perfeito para ser o último antes da estreia na Copa da África do Sul. No luxuoso estádio Nacional Benjamin Mkapa, Dunga terá pela frente a Tanzânia às 12h desta segunda-feira (7), um time ocupa a 108ª posição do ranking da Fifa e é dirigido pelo brasileiro Márcio Máximo.

A seleção africana jogou neste domingo (6) e perdeu para Ruanda por 1 a 0. A partida foi oficial, valeu pelas eliminatórias da Copa Africana de Nações. E foi em Kgali, capital de Ruanda. Exatamente um dia depois, o Brasil pela frente. O jogo é ideal para o time de Dunga golear e ganhar moral para a disputa do Mundial. Lúcio, capitão e porta-voz de Dunga prega seriedade para a partida.

- Precisamos ganhar bem da Tanzânia, jogar com seriedade e mostrar a força com que a seleção vai disputar a Copa do Mundo.

A partida servirá como o último teste de verdade para Kaká. O meia não conseguiu nem treinar e muito menos jogar bem desde que foi liberado da lesão na coxa esquerda. Os resquícios da pubalgia ainda travam seus movimentos. Ele diz estar recuperado, Dunga também jura que não há problema algum com ele. Só que as palavras perderam significado nos coletivos e mesmo no amistoso contra o Zimbábue. Kaká atuou com a mesma desenvoltura que lhe garantiu vaias e perseguições da imprensa espanhola. Travado, lento como no Real Madrid, ele se mostrou até agora muito abaixo do restante do time brasileiro. O técnico confia no jogador.

- O Kaká está se soltando aos poucos. Vai chegar muito bem na Copa do Mundo. Ele está bem melhor.

Ele quer fazer que sua palavra baste, mas quem acompanha diariamente os treinos em Johannesburgo vê algo muito diferente. Kaká segue na mesma toada. No último coletivo foi anulado com toda a facilidade por Josué.

Como ele é o elo de ligação entre o meio-campo e o ataque, as consequências foram 135 minutos, ou seja, três coletivos de 45 minutos, sem os titulares conseguirem marcar um gol nos reservas. Mesmo na partida contra o Zimbábue, o time teve de se virar sem ele para fazer os 3 a 0.

Dunga tem dado muito mais atenção a Julio Baptista do que no início da preparação. Ele está vendo que há enormes riscos de precisar apelar para o jogador se Kaká não reagir e no elenco não há outro meia talentoso. Paulo Henrique Ganso, Ronaldinho Gaúcho e mesmo Alex ficaram de fora da convocação para a Copa.

Outro jogador que precisa ganhar confiança é Luís Fabiano. O principal atacante brasileiro ainda está fora de ritmo depois da sua contratura na coxa esquerda, e não teve forças para se livrar da dependência das bolas que deveriam chegar dos pés de Kaká. E deixa evidente nos treinos que ainda tem dificuldades de movimentação e falta de iniciativa para escapar da marcação. Não está tão mal quanto o meia do Real Madrid, mas também está em um nível abaixo dos demais jogadores brasileiros.

Julio César não se recuperou da contusão nas costas. A comissão técnica afirma que ele estará bem até a estreia contra a Coreia do Norte, no dia 15, mas há dúvidas, porque neste domingo ele não conseguiu nem treinar em Johannesburgo. Gomes será o titular.

A estratégia que Dunga tentará adotar será a mesma contra a Coreia do Norte. O Brasil vai tentar marcar sob pressão a saída de bola da Tanzânia. A ordem é sufocar desde o início da partida e buscar a goleada, e talvez a seleção tenha a sua missão facilitada pelo natural cansaço de um time que jogou menos de 24 horas antes, e também pela qualidade muito superior dos jogadores brasileiros individualmente.

Além da cansativa viagem que consumiu quatro horas de Johannesburgo até Dar Es Sallam, um significativo detalhe: o calor. Na ensolarada Tanzânia, a temperatura na hora da partida, 18h no horário local, deverá chegar aos 26 graus Celsius. Na África do Sul, a seleção treina e vai jogar a Copa com uma média de 17 graus. Nada disso importa, porque o amistoso vale R$ 4,64 milhões (US$ 2,5 milhões) para os cofres da CBF. O maravilhoso estádio custou R$ 100 milhões e foi construído com o dinheiro do governo chinês, que está investindo pesado na Tanzânia, um dos países mais pobres do mundo. Os ingressos cobrados vão de R$ 47 a R$ 335, o mais caro da história do país.

Os jogadores da Tanzânia têm média 23 anos. Eles ganham por volta de R$ 930 para atuar nos clubes locais. O time titular, que perdeu para Ruanda, deverá começar jogando nesta segunda-feira. O trabalho do brasileiro Márcio Máximo não tem agradado e ele deverá ser dispensado logo após o amistoso.

Melhor cenário para a seleção de Dunga não há.

Tanzânia (provável): Mwarami; Shadrack, Harubi, Kevin e Mwaizika; Abdulahim, Henry Joseph, Kig e Nizzar; Migosi e Ngassa.
Técnico: Márcio Máximo.

Brasil: Gomes; Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano e Kaká; Robinho e Luís Fabiano.
Técnico: Dunga.

Árbitro: Mohammed Sseggonga (UGA)

Por Cosme Rímoli - R7, em Dar Es Salaam
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