DATA DA PUBLICAÇÃO 14/11/2009 | Esportes
Em 2009, Robinho e Kaká são antítese da seleção brasileira
Na temporada 2009, a seleção brasileira, que hoje, às 15h, faz amistoso com a Inglaterra em Doha, no Qatar, vai muito bem. O mesmo não se aplica a seus dois maiores astros.
Pelos quatro anos em que se estende a era Dunga, nunca Robinho, 25, e Kaká, 27, ambos em longo jejum de gols com a camisa da equipe nacional, pesaram tão pouco na artilharia do Brasil como neste ano.
Juntos, os dois marcaram apenas 6 dos 35 tentos que a seleção soma na temporada, mesmo com ambos tendo participado da maioria dos jogos.
Isso representa somente 17% dos gols da seleção brasileira, ou pouco mais da metade da média da equipe sob o comando de Dunga até 2008 (31%).
Robinho não marcou nas cinco últimas vezes em que jogou pela seleção, e Kaká não balança as redes há sete partidas.
Nos clubes, ambos também não atravessam uma boa fase. Robinho não joga pelo Manchester City há mais de dois meses por causa de uma lesão. Kaká, na sua primeira temporada pelo Real Madrid, acumula atuações apagadas e viu seu time ser eliminado da Copa da Rei por uma equipe da terceira divisão da Espanha.
"As coisas [no Real] não estão acontecendo da forma como eu queria. Mas isso não me preocupa. Sei que vou fazer sucesso no Real Madrid", falou Kaká, que voltou a dizer que o importante na seleção é vencer.
"Primeiro, temos que vencer e, depois, tentar dar espetáculo", falou o meia-atacante.
Robinho só foi ao Qatar para ser examinado pela equipe médica da CBF. "Eles me conhecem, e eu preciso me cuidar", disse ele, para espanto dos jornalistas ingleses, que tiveram suas perguntas ao ex-jogador do Santos traduzidas por Kaká.
O atacante, que fez apenas três gols em 12 jogos no ano pela seleção brasileira, afirma temer a falta de jogos --ontem, no entanto, participou do rachão com bastante vigor e foi um dos artilheiros da "pelada".
"Sei que na seleção brasileira a qualidade é muito grande, a concorrência também. É claro que fico preocupado por estar sem jogar", disse Robinho, que prevê seu retorno aos gramados pelo Manchester City somente daqui a 15 dias.
Como de costume, Robinho foi defendido por Dunga. O treinador voltou a dizer que ele sempre esteve à disposição da seleção. E, para elogiar o jogador por ir ao Qatar mesmo sob censura de seu clube, cutucou o zagueiro Juan, que não foi liberado pela Roma e acabou não viajando com a delegação do Brasil para o Oriente Médio.
"Quem bancou a permanência do Robinho fomos nós, inclusive o próprio Robinho", afirmou o treinador gaúcho.
Sem a mesma ajuda do passado de seus maiores astros, a seleção exalta o jogo coletivo.
"Nosso ponto forte é união. Aprendemos muita coisa com os erros de 2006", afirmou o volante Gilberto Silva, comparando a equipe atual com a recheada de estrelas que fracassou no Mundial da Alemanha.
Logo depois da partida de hoje, a seleção embarca para Mascate. Lá, na próxima terça-feira, fará contra Omã seu último amistoso neste ano.
Antes da convocação final para a Copa da África, Dunga só irá ter depois mais um teste, em março do ano que vem.
BrasilJúlio César; Maicon, Lúcio, Thiago Silva e Michel Bastos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Daniel Alves e Kaká; Nilmar e Luis Fabiano.
Técnico: Dunga
Inglaterra
Green; Wes Brown, Terry, Lescott e Wayne Bridge; Carrick, Milner, Wright-Phillips e Barry; Rooney e Bent.
Técnico: Fabio Capello
Local: Khalifa Stadium, em Doha
Horário: 15h (de Brasília)
Pelos quatro anos em que se estende a era Dunga, nunca Robinho, 25, e Kaká, 27, ambos em longo jejum de gols com a camisa da equipe nacional, pesaram tão pouco na artilharia do Brasil como neste ano.
Juntos, os dois marcaram apenas 6 dos 35 tentos que a seleção soma na temporada, mesmo com ambos tendo participado da maioria dos jogos.
Isso representa somente 17% dos gols da seleção brasileira, ou pouco mais da metade da média da equipe sob o comando de Dunga até 2008 (31%).
Robinho não marcou nas cinco últimas vezes em que jogou pela seleção, e Kaká não balança as redes há sete partidas.
Nos clubes, ambos também não atravessam uma boa fase. Robinho não joga pelo Manchester City há mais de dois meses por causa de uma lesão. Kaká, na sua primeira temporada pelo Real Madrid, acumula atuações apagadas e viu seu time ser eliminado da Copa da Rei por uma equipe da terceira divisão da Espanha.
"As coisas [no Real] não estão acontecendo da forma como eu queria. Mas isso não me preocupa. Sei que vou fazer sucesso no Real Madrid", falou Kaká, que voltou a dizer que o importante na seleção é vencer.
"Primeiro, temos que vencer e, depois, tentar dar espetáculo", falou o meia-atacante.
Robinho só foi ao Qatar para ser examinado pela equipe médica da CBF. "Eles me conhecem, e eu preciso me cuidar", disse ele, para espanto dos jornalistas ingleses, que tiveram suas perguntas ao ex-jogador do Santos traduzidas por Kaká.
O atacante, que fez apenas três gols em 12 jogos no ano pela seleção brasileira, afirma temer a falta de jogos --ontem, no entanto, participou do rachão com bastante vigor e foi um dos artilheiros da "pelada".
"Sei que na seleção brasileira a qualidade é muito grande, a concorrência também. É claro que fico preocupado por estar sem jogar", disse Robinho, que prevê seu retorno aos gramados pelo Manchester City somente daqui a 15 dias.
Como de costume, Robinho foi defendido por Dunga. O treinador voltou a dizer que ele sempre esteve à disposição da seleção. E, para elogiar o jogador por ir ao Qatar mesmo sob censura de seu clube, cutucou o zagueiro Juan, que não foi liberado pela Roma e acabou não viajando com a delegação do Brasil para o Oriente Médio.
"Quem bancou a permanência do Robinho fomos nós, inclusive o próprio Robinho", afirmou o treinador gaúcho.
Sem a mesma ajuda do passado de seus maiores astros, a seleção exalta o jogo coletivo.
"Nosso ponto forte é união. Aprendemos muita coisa com os erros de 2006", afirmou o volante Gilberto Silva, comparando a equipe atual com a recheada de estrelas que fracassou no Mundial da Alemanha.
Logo depois da partida de hoje, a seleção embarca para Mascate. Lá, na próxima terça-feira, fará contra Omã seu último amistoso neste ano.
Antes da convocação final para a Copa da África, Dunga só irá ter depois mais um teste, em março do ano que vem.
BrasilJúlio César; Maicon, Lúcio, Thiago Silva e Michel Bastos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Daniel Alves e Kaká; Nilmar e Luis Fabiano.
Técnico: Dunga
Inglaterra
Green; Wes Brown, Terry, Lescott e Wayne Bridge; Carrick, Milner, Wright-Phillips e Barry; Rooney e Bent.
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Local: Khalifa Stadium, em Doha
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