DATA DA PUBLICAÇÃO 08/03/2009 | Política
Em 12 dias, PMDB sai do paraíso direto para o inferno
Vitaminado pelas urnas e esbanjando força partidária, política e eleitoral, o PMDB precisou de apenas 12 dias para transitar do paraíso ao inferno.
No auge da glória e do regozijo com a conquista do poder na Câmara e no Senado, em 2 de fevereiro, o partido vestia o figurino de noiva cobiçada pelo governo e pela oposição.
Mas depois da entrevista do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) à revista Veja, dizendo que boa parte da legenda "quer mesmo é corrupção", e da frustrada operação para tomar o comando do fundo de pensão Real Grandeza, o PMDB reforçou a marca fisiológica e passou de noiva a Geni - a prostituta "feita para apanhar" da música Geni e o Zepelim, de Chico Buarque.
As explicações para o efeito Jarbas são várias, mas, na avaliação da cúpula dirigente, o governador de São Paulo, José Serra, é o beneficiário da má fama do partido que teria dificultado a vida de seu concorrente no PSDB, o governador Aécio Neves (MG).
Foi na certeza de que Jarbas prestou um serviço a Serra que a cúpula do PMDB mandou um recado ao governador paulista, antes que o senador voltasse à tribuna. No recado, a informação de que Jarbas estava jogando o jogo de Serra.
Os dirigentes peemedebistas acreditam que o recado surtiu efeito porque Jarbas "recuou dos ataques agressivos" que havia desferido contra o partido e suavizou o discurso na semana passada. Observam que o nome da legenda não foi mencionado uma única vez no discurso.
A avaliação geral na cúpula partidária é de que o PMDB cresceu e ficou forte demais, e isso não interessa a ninguém. Nem ao PSDB de Serra, nem ao PT da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e menos ainda aos aliados do PSB, cuja intenção é lançar Ciro Gomes na corrida sucessória.
Tranquilidade - "É natural que um partido com todo esse potencial eleitoral entre na berlinda e vire alvo de críticas e das mais variadas manifestações acusatórias", avalia com tranquilidade o presidente nacional do partido e da Câmara, Michel Temer (SP), certo de que o crescimento da legenda soa como ameaça a outros partidos.
"O PMDB conquistou poder demais, e isso está incomodando muita gente", reforça o líder na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). "Os partidos que estão mais próximos da gente sonham com casamento e veem o PMDB como uma bela noiva. Os mais distantes é que querem nos transformar em Geni", reforça.
Outro problema do PMDB é a volta ao poder, como líder da bancada, do senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Alguns peemedebistas avaliam que ele retornou cedo demais para quem fora obrigado a renunciar à presidência do Senado pouco mais de um ano antes, como única saída para escapar da cassação.
No auge da glória e do regozijo com a conquista do poder na Câmara e no Senado, em 2 de fevereiro, o partido vestia o figurino de noiva cobiçada pelo governo e pela oposição.
Mas depois da entrevista do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) à revista Veja, dizendo que boa parte da legenda "quer mesmo é corrupção", e da frustrada operação para tomar o comando do fundo de pensão Real Grandeza, o PMDB reforçou a marca fisiológica e passou de noiva a Geni - a prostituta "feita para apanhar" da música Geni e o Zepelim, de Chico Buarque.
As explicações para o efeito Jarbas são várias, mas, na avaliação da cúpula dirigente, o governador de São Paulo, José Serra, é o beneficiário da má fama do partido que teria dificultado a vida de seu concorrente no PSDB, o governador Aécio Neves (MG).
Foi na certeza de que Jarbas prestou um serviço a Serra que a cúpula do PMDB mandou um recado ao governador paulista, antes que o senador voltasse à tribuna. No recado, a informação de que Jarbas estava jogando o jogo de Serra.
Os dirigentes peemedebistas acreditam que o recado surtiu efeito porque Jarbas "recuou dos ataques agressivos" que havia desferido contra o partido e suavizou o discurso na semana passada. Observam que o nome da legenda não foi mencionado uma única vez no discurso.
A avaliação geral na cúpula partidária é de que o PMDB cresceu e ficou forte demais, e isso não interessa a ninguém. Nem ao PSDB de Serra, nem ao PT da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e menos ainda aos aliados do PSB, cuja intenção é lançar Ciro Gomes na corrida sucessória.
Tranquilidade - "É natural que um partido com todo esse potencial eleitoral entre na berlinda e vire alvo de críticas e das mais variadas manifestações acusatórias", avalia com tranquilidade o presidente nacional do partido e da Câmara, Michel Temer (SP), certo de que o crescimento da legenda soa como ameaça a outros partidos.
"O PMDB conquistou poder demais, e isso está incomodando muita gente", reforça o líder na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). "Os partidos que estão mais próximos da gente sonham com casamento e veem o PMDB como uma bela noiva. Os mais distantes é que querem nos transformar em Geni", reforça.
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