NOTÍCIA ANTERIOR
Atrasado vai pagar multa mínima de R$ 165,74
PRÓXIMA NOTÍCIA
Terminais da Cielo oferecem parcelamento
DATA DA PUBLICAÇÃO 02/05/2012 | Economia
Eletricista, carpinteira e pedreira: são as trabalhadoras
Eletricista, carpinteira e pedreira: são as trabalhadoras   As mulheres disputam postos tradicionalmente masculinos. Foto de Amanda Perobelli
As mulheres disputam postos tradicionalmente masculinos. Foto de Amanda Perobelli
No Dia do Trabalhador, elas comemoram a conquista de postos tradicionalmente masculinos

A participação das mulheres em áreas profissionais historicamente ocupadas pelos homens cresce a cada dia. Os cursos oferecidos por instituições educacionais e prefeituras para as áreas de construção civil, motorista e porteiro têm grande número de profissionais femininas. No Dia do Trabalhador, elas também comemoram a quebra de barreiras e afirmam que ainda é necessário vencer o preconceito para conseguir exercer a função.

Vanda Nunes está concluindo o curso de elétrica e, assim como muitas colegas, está em busca de uma colocação no mercado. “Troquei o alicate de unha por um especial para instalação elétrica. Estou em busca de uma vaga, mas geralmente o mercado dispõe apenas para o público masculino”, disse Vanda.

Desempregada há alguns meses, Vanda, que também é professora de português, aos 47 anos, se encantou com a área após tomar conhecimento na formatura do curso das mulheres pedreiras. Solteira e moradora de São Bernardo, ela se inscreveu no curso de elétrica e já faz planos para a nova profissão. “Estou ansiosa para ter o primeiro cliente. O setor está aquecido e tem muito serviço, basta alguém abrir a porta que mostro competência. Já penso em fazer outros cursos para ampliar ainda mais as chances nessa área”, afirmou.

Em todos os centros públicos de emprego da Região há toda semana dezenas de vagas para essas áreas, mas a exigência quase sempre é para trabalhadores do sexo masculino. Os responsáveis pelos centros dialogam com os empregadores para inserir o público feminino com formação nas áreas solicitadas. “É uma questão cultural e com o tempo está mudando. Muitos empregadores afirmam não ter estrutura para contratar mulheres, como banheiros, e os que próprios funcionários não estão preparados para dividir o ambiente de trabalho com elas”, explicou o secretário de Desenvolvimento Econômico de São Caetano, Celso Amâncio.

Grupo de mulheres
Mas, com empenho e dedicação, algumas já fazem a diferença e se destacam entre os colegas de trabalho quando conseguem uma oportunidade. “Elas têm maior grau de escolaridade, geralmente são atenciosas, cuidadosas e caprichosas. São econômicas no uso do material, têm compromisso com o trabalho e raramente faltam. Buscamos quebrar estes paradigmas com os empregadores. Em alguns casos já obtivemos sucesso e, ao invés de uma, contrataram um grupo de mulheres pedreiras”, disse o responsável pelo Centro Público de Trabalho e Renda de São Bernardo, Nilson Tadashi.

Apesar de ainda serem poucas vagas no mercado, alguns dados revelam que elas estão conseguindo oportunidades. Em Diadema, de janeiro a março de 2012, por meio da central de empregos da Prefeitura, 42 mulheres conseguiram trabalho em funções masculinas como carpinteiro, mecânico de refrigeração e ajudante de motorista. Ribeirão Pires apresentou na semana passada 15 vagas na área da construção civil para elas.

Cresce número de adesão em cursos
O número de mulheres em cursos como o de elétrica no Centro de Treinamento Profissional Madre Celina Polci, em São Bernardo, aumenta a cada nova turma.

Os colegas de classe, a princípio, estranham as vozes finas e o jeito delicado, mas logo se acostumam e percebem que a competição por uma vaga no mercado de trabalho será ainda mais acirrada.

Nos cursos livres de pintura, alvenaria, eletricista e informática participam atualmente 81 homens e 31 mulheres.

De acordo com a diretora do Centro, Cristina Lopes, a expectativa é que elas se especializem cada vez mais nestas áreas. “O Brasil tem como exemplo diversas mulheres em cargos de liderança, como a presidente da República e da Petrobras, e a mulher cada vez mais percebe que pode exercer a função que desejar. Elas são tão habilidosas e competentes quanto os homens”, disse Cristina.

Os projetos de instalação na turma de Vanda ganharam um toque especial. Com canetas coloridas, elas mostram aos homens que é mais fácil verificar a demanda de fios. “Eles estranharam o colorido, mas muitos já aderiram à ideia e perceberam que terão boas concorrentes na luta por uma vaga de emprego”, disse a professora Luciana Aparecida da Silva Gomes.

Os municípios oferecem diversos cursos de capacitação e profissionalizantes em diversas áreas como construção civil. As vagas e especificações estão à disposição nos centros públicos de emprego.

Por Michelly Cyrillo - ABCD Maior
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Economia
25/09/2018 | Operação mira sonegação de R$ 100 mi de grupos cervejeiros e cerca Proibida
25/09/2018 | Greve na Argentina cancela voos no Brasil nesta terça-feira
25/09/2018 | Demanda por GNV aumenta até 350% após alta na gasolina
As mais lidas de Economia
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7689 dias no ar.