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DATA DA PUBLICAÇÃO 16/03/2010 | Turismo
Edifícios da capital alemã sinalizam a ruptura com o passado
Não é preciso entender de arquitetura para fazer um prazeroso roteiro pela história alemã observando seus edifícios.

Vale elaborar uma programação pelos principais marcos arquitetônicos de Berlim -como o museu Judaico, de Daniel Libeskind, o Reitchstag, de Norman Foster, e a Torre de TV, construção mais alta da cidade e hoje considerada símbolo da Alemanha reunificada, em Alexanderplatz.

Mas arrisque-se também por pontos não tão populares, como a Kaiser-Wilhelm-Gedächtnis-Kirche, igreja projetada por Franz Heirich Schwechten há cerca de 120 anos. Bombardeada na Segunda Guerra (1939 -1945), foi reconstruída nos anos 50 pelo arquiteto berlinense Egon Eiermann (1904-1970).

Em Tiegarten, na parte ocidental de Berlim, o visitante faz ainda uma viagem a obras de arquitetos como o brasileiro Oscar Niemeyer, 102, o dinamarquês Arne Jacobsen (1902 -1971) e o franco-suíço Le Corbusier (1887-1965).

Diferentes
A reconstrução da Berlim devastada no pós-guerra aconteceu de maneira diferenciada do lado ocidental e do lado oriental. Seja qual for seu roteiro, não deixe de decifrar a cidade neste contexto arquitetônico.

Do lado ocidental, muitos monumentos foram reconstruídos, mais ou menos na forma original. No oriental, os edifícios destruídos foram substituídos por construções de arquitetura stalinista, de inspiração moderna, mas pobre de soluções e algo monótona.

Para Pedro Paulo Funari, do departamento de história da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), a diferença se explica pelo fato de o governo da Alemanha ocidental ter optado por preservar os antigos edifícios da cidade, enquanto o da parte oriental, comunista e mais industrial, optava por construções monumentais e modernistas, características dominantes da época em que Joseph Stalin foi o ditador soviético -fase que vai de 1929 até a sua morte, em 1953.

"Não é difícil identificar a parte oriental de Berlim. Há muitos edifícios populares. São aqueles prédios baixinhos, retangulares, quase não encontrados na parte ocidental."

Tendência

O professor atenta para o trabalho realizado desde a unificação alemã, há cerca de 20 anos, nos prédios antigos.

Para ele, o que ocorreu não foi uma restauração, mas uma mudança arquitetônica que visava jogar um olhar mais sobre o futuro do que sobre o passado.

Como exemplos, cita o Parlamento e o Museu Judaico. "O Parlamento visitado hoje não tem nada a ver com o Parlamento antigo [referindo-se principalmente à cupula de vidro de Norman Foster]. Inclusive na parte interna, esse prédio é bem moderno", diz.

Para ele, algo parecido acontece com o Museu Judaico, que representa o passado com uma arquitetura pós-moderna, mostrando os judeus como partícipes da história da Alemanha. "Você entra ali e se depara mais com a contribuição dos judeus para a história e a cultura alemãs do que com uma história de destruição", diz Funari.

Por Priscila Pastre-Rossi - Folha de São Paulo
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