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DATA DA PUBLICAÇÃO 16/08/2009 | Turismo
Ecos da revolução pacífica
Quando o assunto é a queda do Muro de Berlim, a cidade de Leipzig desponta como palco de um dos momentos decisivos para a reunificação alemã. Foi lá, mais precisamente na Igreja de São Nicolau, que cerca de 1.200 pessoas fizeram um dos mais marcantes protestos, no dia 4 de setembro de 1989, após as tradicionais orações pela paz. Com faixas e coro de "Queremos Sair", os fiéis manifestaram sua indignação diante das restrições a viagens impostas pelo governo da República Democrática Alemã, e o que era para ser um momento de prece e recolhimento passou a ecoar todas as segundas-feiras como um grito de liberdade que se difundiu entre outros povoados e cidades da Alemanha Oriental.

O movimento ganhou força e, no dia 9 de outubro, a igreja já não reunia apenas um milhar de fiéis, e sim 70 mil alemães clamando por reformas. Diante do alto número de manifestantes, as autoridades não intervieram. Estava dado o pontapé para a Revolução Pacífica que culminaria com a derrubada da muralha um mês depois.

Até hoje o município celebra o 9 de outubro com um festival de luzes em homenagem às demonstrações pacíficas, além de shows musicais e exposições de fotografia. Também é possível lembrar a data com passeios pela Igreja de São Nicolau, pelo Museu da Polícia Secreta (conhecido como Canto Redondo ou Esquina Curva) e pelo Fórum de História Contemporânea.

Mas nem só de protestos vive Leipzig. Ao mesmo tempo em que esbraveja, a cidade também respira arte e música por todos os cantos. E não é para menos: além de ser a terra natal de Richard Wagner, foi lá que Johann Sebastian Bach trabalhou por 27 anos como maestro do coro da Igreja de São Tomé e que Robert Shumann escreveu a sua Sinfonia de Primavera.

Para completar, neste ano a cidade comemora o jubileu do 200º aniversário de Felix Mendelssohn Bartholdy, que gravou seus acordes na história musical de Leipzig como maestro da Orquestra Gewandhaus entre 1835 e 1847.

Vários eventos fazem parte do calendário de homenagens ao músico, com destaque para o Festival Mendelssohn, que começa dia 21 e prossegue até 19 de setembro.

Quem não puder visitar a Alemanha neste período tem como consolo a exposição permanente na Casa de Mendelssohn, única residência privativa do compositor que permanece preservada.

E para os que preferem artes plásticas, duas atrações imperdíveis são o Museu de Arte Fina e o chamado Spinnerei, antigo moinho de algodão, com 15 galerias repletas de obras de artistas contemporâneos.

Outras paradas - Vestígios do momento histórico que culminou na queda do muro podem ser conferidos em passeios por outras localidades próximas de Berlim, a exemplo de Potsdam e Turingia. A primeira serve de ponto de partida para as visitas guiadas do roteiro Caminhos Fronteiriços, Patrimônio Cultural da Humanidade, além de abrigar cartões-postais como o Palácio de Cecilienhof e a Ponte Glienicker.

Já em Turingia, o Hotel Rennsteighöhe Reisenden lembra os tempos da Alemanha comunista proporcionando aos hóspedes a experiência de viver em um bunker do Antigo Ministro de Segurança da RDA. Também vale visitar o Point Alpha, uma das instalações fronteiriças da época da Guerra Fria, convertida em museu para alegria dos turistas que visitam o Leste.

Por Heloísa Cestari - Diário do Grande ABC
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