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DATA DA PUBLICAÇÃO 23/12/2014 | Turismo
Dupla faz volta ao mundo temática provando vinhos em 92 países
Franceses pretendem visitar todos os países produtores de vinho do mundo.

Ideia é fazer inventário global da bebida; eles acabam de passar pelo Brasil.


Dois franceses estão dando a volta ao mundo com um objetivo tão ambicioso quanto invejável: visitar todos os países produtores de vinho do planeta -- e, é claro, provar a bebida em todos esses lugares.

Jean-Baptiste Ancelot, de 29 anos, e Ludovic Pollet, de 27, partiram em janeiro de 2014 para a jornada de três anos por 92 países, na qual devem visitar 1.500 vinícolas e provar mais de 15 mil vinhos diferentes. O projeto foi batizado de Wine Explorers (exploradores do vinho) e já passou por 23 países. O primeiro ano de viagem foi encerrado no Brasil, de onde acabam de partir, após passar três semanas.

A ideia deles é fazer um “inventário” global do vinho e lançar livros sobre o tema quando tiverem completado todos os destinos. Enquanto isso, narram a viagem em tempo real em sua página no Facebook e em um blog.

Com mestrado em administração do mercado de vinhos, Jean-Baptiste trabalhou por alguns anos como diretor de exportações de vinícolas na França, em Zurique, Hong Kong e Nova York. Quando planejava a viagem, decidiu chamar Ludovic, que é fotógrafo e câmera, e com quem tinha amigos em comum. “Eu não queria mais uma pessoa especializada em vinhos. Queria alguém sensível, que representasse o lado do consumidor. São dois pontos de vista que se complementam”, conta.

Eles viajam, em média, durante três meses seguidos dentro de um mesmo continente. Depois voltam para a França por 15 dias, para tirar os vistos e planejar o necessário para a fase seguinte da viagem.

Vinhos brasileiros
No itinerário, os "exploradores" incluíram tanto países com fama consagrada na área – como Itália, África do Sul e sua terra natal, a França – quanto outros considerados “exóticos”, como Etiópia e Namíbia. O Brasil se inclui neste segundo grupo. “Na Europa, quando pensamos no Brasil, pensamos em futebol, em samba, mas não se fala de vinho”, diz Jean-Baptiste.

Por aqui, os dois franceses passaram um tempo na Serra Gaúcha, especialmente no Vale dos Vinhedos, visitando vinícolas e participando de degustações.

Dizem que ficaram surpresos com o que encontraram. “Vimos que há toda uma indústria vinícola e provamos alguns vinhos de alta qualidade. Não só espumantes [pelos quais o Brasil é mais conhecido], mas provamos alguns tintos 'top' também”, afirma.

Para ele, o solo brasileiro tem um potencial que lembra o do norte da Itália. Sua ideia é voltar ao Brasil dentro de alguns anos, para acompanhar o desenvolvimento do mercado. "Queremos encontrar de novo as pessoas, ver como o vinho brasileiro evoluiu. Acho que tem muito potencial", diz.

19 vinhos em uma manhã
A preferência dos dois é por se hospedarem em casas de pessoas locais ou nas próprias vinícolas. Além de visitar esses locais de cultivo e de participar de degustações em restaurantes e espaços especializados, eles gostam de conversar com sommeliers e outros especialistas para entender melhor o universo de vinho em cada lugar.

Mas dizem que a rotina não é só beber vinho e visitar lugares bonitos. “Cada dia é uma aventura. Tem vez que não sabemos onde vamos dormir. E lembre-se de que cada um carrega mais de 40 kg de bagagem. Viajamos de forma bem intensa”, afirma Jean-Baptiste.
Não bebemos vinho todo dia. Quando você ama algo, não deve fazer diariamente, ou deixa de ser uma paixão e vira uma obrigação"
Jean-Baptiste Ancelot

Eles já chegaram a provar 19 vinhos diferentes em apenas uma manhã – foi na África do Sul, em uma degustação que começou às 8h. Na maioria das vezes, aliás, eles não engolem a bebida, mas cospem depois de tomá-la.

“Não bebemos vinho todo dia. Quando você ama algo, não deve fazer diariamente, ou deixa de ser uma paixão e vira uma obrigação”, diz.

Eles também afirmam que que adoram uma cerveja gelada de vez em quando e que têm “boas memórias de caipirinhas de maracujá e caju”.

O projeto tem alguns patrocinadores ligados ao mundo do vinho, que custeiam cerca de um terço da jornada. De tempos em tempos, os dois procuram novos parceiros para custear o restante da viagem. Mas eles garantem que vão finalizá-la de qualquer maneira. “Somos os primeiros a fazermos esse inventário global de todos os países produtores de vinho. E estamos falando de uma bebida que une as pessoas no mundo todo. Quando estou desanimado, penso nisso. É o que me dá energia para continuar”, diz Jean-Baptiste.

Por Flávia Mantovani - G1, em São Paulo
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