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DATA DA PUBLICAÇÃO 05/05/2013 | Cultura
Dupla faz shows em ruas de SP com máscaras de cavalo e panda
Dupla faz shows em ruas de SP com máscaras de cavalo e panda O Sax in the Beats se apresenta na Avenida Paulista, em São Paulo (Foto: Divulgação/Guilherme Veloso)
O Sax in the Beats se apresenta na Avenida Paulista, em São Paulo (Foto: Divulgação/Guilherme Veloso)
Sax in the Beats mistura fantasias e toca de Buchecha a Red Hot.

'Tentamos sempre imprimir nossa identidade', conta o baterista.


Disputando e até negociando espaço entre os frequentes artistas de rua da Avenida Paulista, em São Paulo, uma dupla faz pedestres paulistanos pararem para ouvir versões instrumentais e performáticas de clássicos como “Fico Assim Sem Você”, do Claudinho e Buchecha; e “Otherside”, do grupo californiano Red Hot Chili Peppers. Com uma pitada de mistério, como um Daft Punk paulistano, e com repertório da MPB ao jazz, a banda Sax in the Beats seria mais um conjunto presente nas festas de 15 anos, não fossem o saxofonista e o baterista personagens vestidos com máscaras de panda e cavalo.

Com identidades nem tão secretas assim, o publicitário Jônatas Paiva, de 24 anos e o músico Nilton Cezar, de 22, usam o tempo livre para fazer apresentações divertidas em São Paulo, chamando a atenção não só pela maioria das músicas que estão na ponta da língua do público, mas também pela irreverência do figurino. O baterista “John”, o rosto por trás do cavalo “Beats” falou por telefone ao G1 e contou sobre o projeto ainda recente, que vem ganhando fãs pelas ruas e redes sociais.

A partir de uma amizade que começou em Minas Gerais por um interesse mútuo por música, John e Nilton iniciaram a parceria com violão e saxofone no início de 2011 mas, visto que a harmonia musical dos instrumentos não era a melhor opção, Paiva trocou as cordas pela percussão, para que chamassem mais atenção na rua - mas essa receita ainda não era o suficiente.

“Começamos a fazer um estilo nosso com as músicas, daí pensamos: ‘como chamar mais atenção das pessoas'? Aí pensamos em usar fantasias”, contou o baterista. Depois de escolhida a cabeça de panda pelo bom acabamento e facilidade para adaptar a peça ao instrumento para o saxofonista, a cabeça de cavalo veio em seguida, porém apenas por uma coincidência. “A ideia inicial era ter dois pandas, mas fomos comprar [a cabeça de panda] e não tinha mais. Aí achamos a máscara de cavalo na internet”, lembrou John.

O próximo passo foi adaptar o nome da banda de forma que fizesse referência aos dois instrumentos, e o resultado veio da mistura do famoso drink "Sex in the Beach" e os termos sax (de saxofone) e beats (batidas, em inglês), que acabaram dando nome aos bichos que integram a banda. “Uma mulher do público batizou a gente de Panda Sax e Cavalo Beats, e aí ficou”, explicou Paiva, que já usa os nomes para identificar os membros da banda em sua página no Facebook.

Presente em palcos improvisados como o parque do Ibirapuera, Viaduto do Chá e a rua 25 de março, mas concentrando as apresentações na Avenida Paulista, a característica marcante do Sax in the Beats é, acima de tudo, a individualidade do grupo, algo garantido e repetido pelo baterista da banda. “Tentamos sempre imprimir nossa identidade, com vários estilos de música para agradar diversos tipos de público. Tem MPB, Pop, Rock, Jazz”, disse John.

Até um trem da CPTM virou espaço de show para a dupla, que gravou um vídeo (veja abaixo) de madrugada, enquanto voltava de uma apresentação em Osasco. A animada improvisação de “Tequila”, clássico de 1958 do grupo “The Champs”, contagiou até o vagão ao lado, enquanto que, na calçada da Paulista, a interação com o público também é frequente.

Entre hits da banda sueca Europe e faixas do Roupa Nova, o cavalo Beats arruma o topete para uma foto com o grupo, enquanto o panda Sax, com a voz propositalmente fina, aponta para o bumbo da bateria, que descansa em um tapete. “Curte a gente lá no Facebook!”, pede Nilton. Em uma apresentação na última terça-feira (30), um silencioso espectador de terno e gravata participou das contribuições deixadas pelo público, e jogou uma nota de R$ 50 no estojo do saxofone de Nilton. “Para uma pessoa ter jogado uma nota de R$ 50 para uma banda que viu na rua, o cara deve ter gostado muito”, comemora John.

Sem planos para chamar outros animais para a banda e respeitando os projetos paralelos de ambos os membros - John trabalha em uma agência de comunicação e faz pós-graduação em marketing enquanto que Nilton alterna entre a banda em São Paulo e trabalhos como músico em casamento em Minas Gerais - , o baterista diz que o Sax in the Beats tem recebido convites para tocar em barzinhos e eventos, mas que “o objetivo principal é a rua”, pegando carona no bizarro meme da máscara de cabeça de cavalo, agora acompanhado de um panda saxofonista.

De acordo com o baterista do grupo, a proxima apresentação do "Sax in the Beats" está marcada para esta sexta-feira (3), e deve acontecer por volta das 17h30 na Avenida Paulista em frente ao Shopping Center 3 ou em frente ao prédio do Banco Central, altura dos números 2060 e 1800, respectivamente. Incertezas de quem tem a rua como palco.

Por Cauê Fabiano - G1, em São Paulo
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